Amor De Infância

Capítulo Vinte e Seis - Eu Devo Estar Sonhando


Ronald nunca acreditou nas coisas que contam sobre as sogras.

Talvez nunca seja um exagero... Pelo menos desde que começou a sair com Hermione.

Mary Jane Granger era um amor de pessoa! Tratava Rony mais como um filho que como o namorado de sua única filha. Ela o fazia sentir-se em família, fazendo-o rir com piadas e histórias para que a estadia com a mãe de sua namorada não fosse embaraçosa ou chata.

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Com Mary não havia problema algum.

Por outro lado, Peter, o futuro sogro, a coisa era demasiadamente diferente.

Para começar, Hermione era filha única e garota. Por mais que seus pais não passassem tanto tempo em sua companhia na infância, a castanha era considerada a garotinha do papai, a princesinha, aquela que nunca cresceria. Contudo, ela cresceu! Ela cresceu e se tornou uma linda mulher. Uma mulher que se envolvera com dois homens. O primeiro, Vitor Krum, uma rapaz que aparentava ser um bom jovem, mas depois se mostrara alguém agressivo. O outro, Rony, que, na verdade, sempre fora o escolhido. Alguém que preenchera seu coração.

Peter até podia entender isso, mas ele não entendia. Para ele Hermione seria uma criança para sempre, com quem ele poderia dizer algo e ela ir obedecer sem contestar, mas ela não era mais uma criança e para ele era difícil aceitar essa nova realidade. Uma realidade em que havia outro homem em sua vida, um homem que a beija, lhe fazia feliz (e outras coisas que ele não gostava de pensar), um homem que casaria com ela...

Ela não era mais sua menininha...

– Vocês tem certeza de que não querem mais um pedaço de bolo? - Mary insistia uma segunda vez. Ela era como aquela avó que vive tentando fazer você comer alegando que você está franzino demais. Não muito diferente de Molly Weasley.

– Não obrigada Mary! - Rony respondeu enquanto Hermione negava com a cabeça. - Está muito bom, mas não! - o ruivo tinha consciência de que comeria o bolo inteiro se aceitasse mais um pedaço.

Rony e Hermione tinham ido fazer uma visita aos pais da castanha. Acabaram almoçando por lá e agora tentavam manter uma conversa sustentável na sala. Mary estava sentada entre os dois no sofá maior, de três lugares, e Peter em sua confortável poltrona onde ninguém ousava sentar lendo o jornal. Sua atenção não estava totalmente focada nas notícias impressas no noticiário, seus olhos apenas passavam pelas linhas, mas nada captavam. Seus ouvidos, esses sim, estavam totais e completos voltados para a conversa.

– Mas então queridos, quando vocês vão marcar a data do casório? - ninguém percebeu, mas Peter segurou seu jornal com mais força do que deveria.

Hermione trocou um olhar significativo com Rony. Desde que ele a pedira em casamento não havia conversado sobre esse assunto diretamente. Mencionavam um casamento, mas não uma data específica para ele acontecer.

– Bem... - a castanha começou procurando as palavras mais sensatas a proferir. - Nós estamos vendo isso... Mas achamos que o melhor é esperar amanha, porque Harry e Gina vão anunciar a data do casamento deles, então a gente pensa em uma data que não coincida com a deles! - era o melhor a dizer.

Rony ficou um tanto atônito com a rapidez na qual sua noiva pensara em uma resposta, ele achava não ser capaz de raciocinar tão rápido.

– Isso mesmo! Amanha iremos decidimos. - ele acrescentou.

– Espero que sim! - Mary gargalhou. - E também espero que depois de casados os meus netos não demorem a chegar!

Mais uma vez ninguém notou, Peter semicerrou os olhos, seus ouvidos mais alertas que nunca. Aquela conversa estava ficando um tanto estranha para ele.

– Creio que os dois já estejam até treinando! - ela gargalhou mais fortemente.

– Mãe! - Hermione a repreendeu. Suas bochechas, que já estavam coradas, adquiriram um tom mais avermelhado, se possível. Rony disfarçava o riso.

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– Ah, que isso Mione, eu te conheço melhor do que você imagina!

Talvez aquilo fosse demais para Peter, tanto que ele levantou-se bruscamente de sua poltrona, levando o jornal consigo a passos duros que ecoaram por toda a casa.

Hermione ficou abalada, Rony estranhou e Mary permaneceu da mesma forma.

Só tornaram a vê-lo na hora de ir embora, quase sete horas da noite daquele sábado. Peter parecia inabalável quando se despediu da filha e futuro genro.

...

Ela e sua mania de colocar os pés para cima enquanto estavam no carro. Rony dirigia em direção ao mercado, precisavam comprar algumas coisas, ou melhor, Hermione compraria algumas coisas enquanto Rony esperaria no carro.

– Sua mãe é uma figura! - Rony declarou em um momento no percurso.

– Ah, claro, falando essas coisas na frente do papai. Ele saiu daquela forma por causa dela.

– Mas até que algumas coisas serviram para nós conversarmos. - Rony disse sem tirar os olhos um minuto da estrada.

– Podemos conversar sobre quando chegarmos a casa?

– Claro, temos uma vida toda, não é? - ele lhe lançou um sorriso canto de boca.

Talvez eles tivessem uma vida toda... Talvez não...

Rony decidiu que não aguentaria ficar esperando no carro e acompanhou Hermione pelos corredores do mercado. Quando estavam no caixa, passando as coisas...

– Ah, Ron, eu me esqueci de pegar pipoca. Você pode pegar para mim?

– A gente sobrevive sem pipoca.

– Tem certeza? Nós sempre comemos pipoca aos sábados!

– Tudo bem, eu já volto!

Um pouco depois de Rony sair, Hermione desequilibrou o pacote de pão integral que teria ido de encontro ao chão se não fossem mãos habilidosas que captaram o pacote de pão na hora certa. Ela até achou que pudesse ser Rony, mas aquelas não eram suas mãos, e ela as conhecia muito bem.

– Opa! - o estranho disse lhe entregando os pães e sorrindo.

– Obrigada. - ela sorriu de volta por educação.

Até que ele não era feio. Praticamente da altura de Hermione, ou seja, bem mais baixo que Rony, cabelos escuros e curtos e olhos cinzentos. Bonito, mas não fazia o seu tipo, preferia homens ruivos que atendiam pelo nome de Rony.

– Por nada, mais cuidado da próxima vez.

Não que Hermione fosse expert em perceber quando alguém estava dando em cima dela, mas teve a ligeira impressão de que o homem estava flertando com ela...

– Boa noite, CPF na nota? - a atendente perguntou gentilmente.

– Não obrigada!

– Sozinha por aqui? - será que ele não percebia que não ia rolar química alguma?

Hermione virou-se lentamente na direção do estranho disposta a dar uma boa resposta. Certo que o cara não podia adivinhar que ela tinha namorado, mas que não forçasse a barra.

– Na verdade... - ela não precisou ir muito longe, Rony voltou com a pipoca na mão.

– Trouxe dois pacotes! - o ruivo disse. - Demorei porque mudaram pipoca e derivados de milho de lugar. - ele passou ignorando o rapaz desconhecido e abraçou Hermione pelas costas lhe beijando a bochecha.

Hermione não se deu a trabalho de olhar o ignoto, de alguma forma sabia que ele não mais iria dirigir a palavra a ela.

...

Ao despertar aquele domingo, Rony tateou o espaço ao seu lado na cama não encontrando o que desejava.

Será que nem em um domingo a garota era capaz de se levantar tarde da manha?

Típico de Hermione.

O ruivo deu uma passada rápida no banheiro e sem trocar de roupa foi em direção à cozinha. Sempre acordava demasiadamente faminto, sem contar que o café da manha era a sua refeição preferida.

Lá estava Hermione, sentada no sofá, com as pernas cruzadas, de roupão, lendo algum livro.

Hermione e livro, duas palavras que cabiam perfeitamente em uma frase afirmativa.

– Que livro você está lendo? - ele perguntou tendo noção de que nem ao sequer dia lhe dera. Hermione estava tão concentrada nas páginas amareladas do livro que levou um pequeno susto com a voz do noivo.

– Ah, bom dia querido, eu dormi bem, que bom que perguntou. - ela falou irônica levantando o olhar para mirá-lo. - Teve uma boa noite de sono?

Rony a encarou de forma divertida.

– Mione! Dormiu bem? Noite tranquila? Estou com fome!

– Me conte uma novidade até então. - disse fixando os olhos no livro. - É Querido John¹, daquele filme com o... Ah, Channing Tatum. - ele percebeu quando ela hesitou e suas bochechas adquiriram um leve tom rosado. Por quê? - Pelo o que estou lendo, fizeram cagada com o filme. Cara, a Savannah é morena!

– Savannah?

– É, a garota principal.

– Principal ou não, o nome dela me lembra da África... Savana.

Hermione riu levemente. Rony gostava daquele som.

– Enfim, você tem que comer. Não queremos nos atrasar para visitar seus pais, não é?

– Aham...

– Sabe, eu acho que você devia ler... Eu adoro a mensagem que tanto o filme quanto o livro passa. Você quer ver quem você feliz, não importa se isto vai custar a sua própria felicidade...

Harry e Gina, depois de muito conversarem, finalmente anunciariam uma data para seu casamento. Todas as pessoas próximas a eles estavam ansiosas para saber. Os dois estavam enrolando há anos esse momento. E no fundo era ideal que convivessem juntos, aprendendo a se tolerar sob o mesmo teto.

– Então crianças, digam logo! - Molly se referia a Harry e Gina.

Quase todos os Weasleys - e futuras Weasleys (namoradas) - estavam presentes: Gui e Fleur, sua esposa, Fred e George com Angelina e Catie, Rony e Hermione e Harry e Gina.

Tiveram um almoço agradável, colocando a conversa do tempo em que não viram em dia. Mas a pergunta que não queria calar pairava no ar. Até Fred e George pareciam ansiosos (provavelmente para saber quanto tempo teriam para torturar o homem de olhos verde esmeralda).

– Bom - Harry conteve um riso diante a expectativa de todos. - Gina e eu conversamos muito, pensando em muitas possibilidades. E chegamos a conclusão de que Janeiro seria perfeito, mais precisamente dia 12.

– Não é tão perto e nem tão longe! - a ruiva disse tentando conter a emoção. - E é claro que todos estão convidados. Especialmente nossos padrinhos. - acrescentou olhando diretamente para Rony e Hermione do outro lado da mesa. Eles se entreolharam enquanto Rony procurava sua mão debaixo da mesa.

– Estaremos lá, com certeza!

~Mais tarde ainda naquele dia~

– Que tal... Homens contra mulheres? - Harry sugeriu.

Já passava das nove quando o jogo finalmente tinha acabado. Harry e Gina faziam companhia aos amigos no apartamento deles. Após anunciarem a data do casamento passaram mais algumas horas na presença dos familiares, resolvendo-se por curtir os amigos.

– Vocês são patéticos, qual é? - Gina comentou rindo sendo acompanhada por Hermione. - Estava tão na cara!

– Eu que o diga...

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Eles jogaram "Imagem & Ação" boa parte da noite, homens contra mulheres, como Harry propusera. Eles perderam feio, acertando uma imagem das 15 do jogo.

– Culpa do Harry!

– Minha? Culpa minha? Foi você quem não adivinhou os desenhos.

– Cara, você desenha muito mal...

– Eu adoraria ficar para discutir de quem foi a culpa, mas temos que trabalhar amanha! - Gina olhara o relógio, já passava das dez. - Hoje foi muito legal, obrigada.

Os dois se foram deixando Rony e Hermione sozinhos. Rony caminhou de volta ao sofá (eles tinham se levantado para se despedir dos amigos) cruzando os dedos atrás da cabeça. Hermione permaneceu em pé e o avaliava.

– Em que está pensando? - ela questionou.

– Nada de mais. - ele deu de ombros dando a entender que era algo insignificante. - O que acha de uma revanche? Só nós dois?

– Em que tipo de revanche está pensando? - ela se encaminhou em sua direção, sentando-se de frente para Rony, em seu colo, com cada uma das pernas flexionada ao lado do corpo dele.

Eles se entendiam, eles se completavam. Rony sabia que Hermione não precisava pensar muito para saber que pensamentos libidinosos rondavam sua cabeça.

Então Rony cruzou os dedos nas costas de Hermione, logo acima do quadril, e pressionou os lábios contra os dela.

...

Rony despertou de supetão.

Mais uma Segunda-Feira, ninguém merecia... Dia de voltar ao trabalho... Ah, só um instante, ele finalmente tinha concluído seu trabalho e entregado dentro do prazo. Tinha recebido três dias de folga por conta de tal feito.

Hermione dormia praticamente por cima dele, com o rosto virado para o de Rony, seus cabelos lhe faziam cócegas no rosto e torso. Sua expressão era totalmente serena...

Ele deveria voltar a dormir, tinha a manha toda para isso. Podia ficar observando sua namorada dormir, tinha o tempo que quisesse para isso. Mas seus olhos desviaram para o despertador na mesa de cabeceira da cama e ele teve que se obrigar a acordá-la. Eram quase nove e meia da manha, sendo que normalmente eles acordavam oito para que desse tempo de se arrumar, tomar café da manha e enfrentar o trânsito para chegar a seus respectivos trabalhos às nove e meia.

– Mione. - ele a chamou bem próximo ao seu ouvido. - Você tem que levantar, está atrasada.

Ela simplesmente girou na cama ficando de costas para o ruivo.

– Vamos Hermione, olha a hora, você está super atrasada.

Rony não saberia dizer se a palavra atrasada surtiu o efeito esperado, mas Hermione levantou-se depressa demais, tonteando um pouco. Olhou o relógio-despertador e desatou a ir em direção ao banheiro fechando a porta bruscamente.

– Calma mocinha! - Rony se esparramou pela cama abrindo os braços.

Tempos depois ela saiu do banheiro com uma escova de dente entre os cujo ditos. Andou até o armário. Rony pensou tê-la escutado praguejando.

– Atrasada! - retornou ao banheiro e quando voltou estava sem a escova. - E você, não vai se arrumar?

– Não mesmo! Eu disse que me deram folga.

– Ah, nunca vou chegar a tempo! - ela balbuciou. - Sua culpa. - ela disse sem encará-lo. - Domingo vai ser decretado o dia de: Não dar corda para o Rony. Deixá-lo flertando sozinho. Não cair em sua lábia!

Rony simplesmente riu, mas não se sentia plenamente feliz. Algo o atormentava, um sentimento, um pressentimento ruim.

Rony a deixou no trabalho e combinaram de almoçar juntos. Qual foi a última vez que eles almoçaram juntos durante a semana, sem contar aniversário, folga e feriado? Mas a sensação de um pressentimento ruim não deixava Rony, ele sentia que algo aconteceria... Gostaria de prever o futuro somente para poder evitar os acontecimentos seguintes.

Ele esperou no lugar combinado, um restaurante de fácil acesso que ficava em frente à rua, mais precisamente, em frente à faixa de pedestre. Rony sentou-se em uma mesa rente a janela para que pudesse observar o movimento da rua.

Viu Hermione chegando. Ela estava do outro lado da pista pronta para atravessar a rua na faixa de pedestre. Rony saiu do restaurante e foi esperá-la do lado de fora. Era um alívio muito grande para ele vê-la novamente devido ao pressentimento que não o largava. Hermione lhe sorriu assim que o avistou. Vinha atravessando a rua quando parou de repente após um estrondo se fazer ouvir. Rony correu até ela bem a tempo de ampará-la. Hermione teria caído ao chão se não fosse ele.

Rony não entendeu de imediato o que estava acontecendo. Em um instante estavam sorrindo e no outro no meio da rua sob o asfalto quente! Outra vez aquele estrondo e a sensação de queimação em seu cotovelo direito. Afinal, o que estava acontecendo?

As pessoas começaram a cercá-los. Algumas impressionadas, outras horrorizadas e ainda as que apontavam para um lugar um tanto distante.

Na direção apontada três homens tentavam conter um quarto que a todo custo queria se desvencilhar de seus braços. Ele já tinha visto aquele sujeito, tinha certeza... Mas onde? Então veio a lembrança...

"[...]

– É a irmã dele! – respondeu Hermione a muda pergunta de Rony ao clicar na foto do rapaz.

Estava em uma praia com uma moça sorridente, de cabelos negros e covinhas. Como o perfil de Krum não era privado ou protegido, Rony aproveitou para espiar as outras fotos.

– O que você viu nele? - questionou passando por várias fotos onde o moreno estava em frente ao espelho sem camisa, mostrando o abdome malhado.

– Ele era legal comigo... No início de tudo. E beleza não é fundamental... [...]"

O que Vitor Krum estava fazendo ali daquela forma? Descobriria depois... Outras coisas eram mais importantes no momento, como, por exemplo, a poça de sangue que se formava no chão.

– Hermione... - sua voz fraquejou. Sua cabeça estava sangrando e o ombro do ruivo também. O que estava acontecendo. - Hermione, não feche os olhos! - ele pediu, mas ela não obedeceu. - Hermione, não feche os olhos! - pediu mais alto na intenção dela abri-los por susto ou algo assim. Funcionou!

– Rony... Não se esqueça de que eu te amo... - como um sussurro e seus olhos tornaram a se fechar.

– Não, Hermione! - ele trouxe o corpo inerte em direção ao seu e só então percebeu o que tinha acontecido com seu braço. - Meu Deus do céu, alguém chame uma ambulância! - sua voz se tornou trêmula e apavorada. Ainda conseguia sentir o coração de Hermione bater contra o seu peito, mas não sabia por quanto tempo duraria e nem queria pensar no que aconteceria quando não o sentisse mais.

– Acalme-se rapaz, a ambulância já está a caminho. - uma senhora o informou.

Tanta coisa podia acontecer entre "a ambulância já está a caminho".

A partir dai Rony não se recorda de muita coisa. A ambulância chegou, levou aos dois ao hospital. Rony queria acompanhar Hermione, não deixá-la só, mas em um determinado momento duas mãos o barraram em um porta.

– Sinto muito senhor, mas não pode passar daqui. Alguém vai vir cuidar do seu braço.

Quem se importava com o seu braço? Ele não, só queria ficar com Hermione!