Eu tacava flechas sem parar e meu irmão tentava ataca-lo, porém era inútil, pois ele desviava de tudo. Percy se aproximou de mim e disse:

- A benção de Afrodite.

- O que? – perguntei confusa.

- Se eu tiver certo, você pode fazer que nem a Piper e induzi-lo.

- E se não estiver certo?

- Bom, não custa tentar – e sem opções foi isso que eu fiz.

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- Crio? – chamei sua atenção.

Eu podia ouvir algo diferente em minha voz. Quase como ficava a voz de Piper. Olhei para o titã na minha frente e para a minha surpresa seus olhos estavam distante.

- Sim?

- Que tal você ir nadar comigo e com meu irmão?

- Tudo bem.

Nós três fomos até a água e nos jogamos. Assim que eu me senti mais forte, senti o encantamento “acabando” e na mesma hora tive a confirmação.

- Como vim parar aqui? – perguntou ele claramente confuso.

Aproveitando sua distração momentânea, o ataquei e Percy também. Quando Crio tentou fugir, as correntes marítimas o prenderam para que meu irmão o derrotasse.

- Você tem que ir para onde? – perguntou Percy.

- Túnel Holland – falei percebendo meu atraso.

- Não estamos longe. Vá pelo mar, é o mais seguro no momento.

Fazendo o que ele disse eu fui “nadando” até ficar bem próxima ao túnel, pulando assim que estava perto. Assim que cheguei a superfície vi que a batalha ali estava bem apertada. Nico e Hades lutavam lado a lado, na frente de todos. Hefesto e os semideuses filhos de Apolo estavam atrás deles. Corri e fiquei entre Nico e Hades.

- Perdi muita coisa? – perguntei começando a atacar.

- Que nada – respondeu Hades em seu tom brincalhão de sempre – a festa ainda nem começou.

Nós atacamos e nos defendemos. Sempre que algo dava errado para o nosso lado, Hades convocava soldados mortos para nos ajudar. Depois de duas horas de batalha, quase nenhum monstro restava e como consequência estavam todos cansados demais.

Quando restaram apenas 15 monstros (sim, eu contei!) eu me joguei no chão, cansada o suficiente para dormir ali mesmo. Eu tinha alguns cortes e hematomas, mas em geral, estava bem.

- Alie, amor, tudo bem? – perguntou meu namorado preocupado.

- Sim, só cansada demais – falei observando o céu – e você?

- Ótimo – disse ele rindo e oferecendo sua mão para mim.

Assim que eu levantei Nico selou nossos lábios. Não sei por quanto tempo ficamos ali, mas Will chamou nossa atenção.

- É melhor nós irmos, estão todos cansados, devemos aproveitar enquanto eles deram uma “trégua”.

Voltamos para o prédio e de longe já pude ver que a maioria já tinha voltado. Procurei por meu irmão e o encontrei conversando com Travis.

- Eu tava te procurando – disse Percy preocupado – se machucou? Caiu quantas vezes?

- Até que ela não caiu muito. Só umas cinco vezes – contou o anjo do meu namorado, dei um tapa em sua cabeça e ele reclamou – amor, você é pequena mais é forte, cuidado.

Fui obrigada a rir e dei um selinho nele.

- Quem não voltou ainda? – perguntei.

- Becca e Jason – respondeu Travis – nós estávamos afim de ir ajuda-los, mas Atena disse para ficarmos aqui.

- Alguém viu Jully e a Nikki? – eu não tinha visto elas em lugar nenhum – e Drake?

- A Nikki se machucou e Jully está fazendo companhia a ela. Drake está tendo uma “dr” com Thalia – Travis sorriu maliciosamente na ultima parte.

- “Dr”? Como assim?

- É, olha lá – apontou para um canto em que Drake parecia argumentar com Thalia.

Fui me aproximando deles com medo de que a filha de Zeus transformasse meu melhor amigo em pó.

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- Você acha que Travis e Alicia se importam em namorar pessoas que ficaram mais de 70 anos presas em um hotel? Você acha que eu me importaria em namorar você só porque é uns anos mais velha que eu? – Drake falava para ela.

- Thalia – me intrometi – sinto por me meter, mas eu o amo e quero vê-lo feliz. Você sabe que o maior problema aqui não é a diferença de idade, certo?

- Eu sou uma caçadora, não posso me envolver com garotos – era impressão minha ou ela parecia triste com isso?

- Minha mãe abandonou as caçadoras para ficar com meu pai – vi Becca voltando – Bem, preciso ir.

Corri para Becca e a abracei. Ela tinha apenas alguns cortes, tudo bem superficial.

- Porque demorou tanto? – perguntei.

- Estávamos fazendo uma “lista” de quem perdemos até agora – percebi sua expressão triste e os olhos um pouco vermelhos.

- Foram muitos? – perguntei com lágrimas nos olhos.

- Passamos o número para Atena. Ela disse que falaria com todos mais tarde.

Assenti e nós duas fomos atrás de Jully e Nikki, que estavam conversando com Connor. Nikki tinha apenas um braço enfaixado, mas dizia estar ótima. Não demorou muito e a deusa da sabedoria chamou nossa atenção.

- Bem – começou ela – nós conseguimos matar a Medusa e dois titãs, sem contar os inúmeros monstros, mas infelizmente perdemos 12 semideuses. Eles morreram como heróis, defendendo o que acreditavam ser o certo. Agora, aproveitem o tempo que temos e descansem, temos muito mais pela frente.

Senti alguém segurando minha mão e sorri para Nico.

- Vem pequena – disse ele beijando minha mão – precisamos dormir um pouco.

Ele sentou apoiado na parade e eu deitei entre suas pernas apoiando minha cabeça em seu peito. Não demorou muito e eu estava sonhando.

“– Quantos? – e pela primeira vez, Reia deixou sua raiva transparecer.

- Dois, uma grande tropa e a Medusa.

- E quantos foram transformados em pedra? – perguntou a titânide.

- Na verdade, minha senhora, nenhum, ela foi a prioridade. Aquela filha de Atena e a menina de Poseidon a decapitaram. Senhora, iremos atacar agora?

- Não, irei visitar as minhas adoráveis netinhas e fazer minha ultima proposta a elas. “

Ouvi alguém me chamando e abri os olhos. Olhei para Nico e vi a preocupação em seus olhos.

- O que aconteceu? – perguntei curiosa.

- Reia quer conversar com você, Thalia e Jully.