Capitulo anterior.

Elas ficaram abraçadas comigo por muito tempo. Assim que me largaram, olhei para Nico. Ele sorriu e se aproximou, me abraçou e disse:

– Parabéns, meu amor – e ele me beijou.

Eu me esqueci de tudo como sempre, ainda mais que tínhamos companhia. Ouvi alguém pigarreando e vi que era meu pai.

– Vocês estão atrasados.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Ahn, desculpa. Tchau mãe.

Peguei minha mochila e nos todos fomos para a escola. Conseguimos chegar a tempo. Me sentei na cadeira de sempre, hoje ia ter aula com o Percy, ele era ótimo professor.

- Bom dia – disse ele entrando.

- Bom dia Sr. Jackson – falaram todos juntos. Olhei para Becca e Nikki (as únicas que estavam na mesma série que eu) elas estavam rindo, era engraçado chamar Percy assim.

- Na aula passada começamos a estudar sobre os Deuses Olimpianos, certo? – confirmou ele.

- Sim – eu disse – e também sobre os deuses menores.

- Certo, são doze deuses olimpianos. Alguém pode me dizer o nome de cada um deles?

Eu levantei minha mão, a única a levantar a mão.

- Zeus, Hera, Poseidon, Hades, Atena, Ares, Deméter, Apolo, Ártemis, Hefesto, Afrodite, Hermes e Dionísio e Hestia.

- Você disse treze, oh inteligente – disse Brianna, digamos que nós nos odiávamos.

- Sim, quando o lugar o lugar a Dionísio, passou a ser treze, que era um número indesejável e Hestia desistiu de seu lugar, mas ela continua sendo uma olimpiana.

- Está certo – disse Percy – Hestia é a deusa dos laços familiares e simboliza o fogo...

Antes que ele pudesse continuar, a porta da nossa sala foi aberta e a secretaria do colégio entrou.

- Sr. Jackson – ela sorriu de forma doce – desculpe interromper sua aula, mas o pai de Alicia Blofis está ai e quer falar com ela.

- Paul? – perguntou Percy confuso.

- Não. Ele diz que se chama Poseidon e deseja falar com a filha dele – vi a cara de Percy e muitos começaram a sussurrar, me levantei e segui a secretaria.

Quando cheguei na sala da diretora, vi meu pai sentando em um sofá. Achei aquela cena engraçada, afinal, nunca esperaria isso.

- Alicia – disse ele sorrindo.

- Oi, pai.

- Espero não ter interrompi nenhuma aula importante.

- Nada, estou aprendendo sobre os deuses olimpianos.

- Um assunto muito importante, imagino – ele sorriu e se aproximou – bem, vim aqui lhe desejar feliz aniversario e lhe dar um presente.

Ele tirou um embrulho do bolso e me entregou. Abri e vi um bracelete lindo, ele era de bronze. Bronze celestial.

- Foi Hefesto que fez. O melhor escudo que possa imaginar. A qualquer sinal de perigo ele, digamos se aciona sozinho. Preciso ir agora, minha filha, a batalha com Oceanus está indo bem, mas não posso me demorar. Cuide-se e feliz aniversário.

Dei um abraço em meu pai, coloquei meu bracelete e voltei para a sala. Percy estava entregando os trabalhos. Escolhi fazer sobre Poseidon. O meu trabalho foi o melhor da sala e ele aproveitou essa desculpa para conseguir conversar comigo.

- O que ele queria? - perguntou ele.

- Me entregar um presente. Eles perceberam a coincidência?

- Brianna fez questão de manifestar isso para a turma inteira – falou meu irmão.

- O que você disse?

- Disse que era uma homenagem aos deuses, nossos avós acreditavam muito nisso.

- Eles acreditaram?

- Sim. Agora vai sentar Srta. Blofis. Parabéns pelo seu trabalho – falou quando Brianna se aproximou para ouvir o que estávamos conversando.

As aulas se passaram rapidamente. Jully, Nico e Drake estavam no último ano. Já era a hora do intervalo e Nico veio como fazia todo dia, me esperar na porta da sala. Assim que eu saí, ele me beijou.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

- Vão para um quarto, por favor – Brianna estava passando e fez questão de deixar um comentário.

- Sabe, acho que ela está muito seca.

- Alicia – repreendeu Nico.

Tarde demais. Ela estava passando na frente de um bebedouro quando o mesmo explodiu. E o mais engraçado para os mortais, é que ela foi a única que se molhou. Todos começaram a rir, eu e Becca estávamos chorando de tanto rir.

Ela olhou na nossa direção e saiu correndo. Nico acabou rindo. Jully logo chegou.

- Finalmente Alicia! – disse ela.

- O que você quer dizer? – perguntou Nikki.

- Eu vi que Alicia ia fazer isso faz tempo, não via a hora de isso acontecer – comentou ela – gostasse do bracelete?

- Amei você viu isso?

- Sim, vai ser útil... – ela parou de falar de repente, não fui a única que percebeu isso.

- Vai ser útil para que? – perguntou Nikki.

- Ora, vai ser útil – e eu sabia que ela estava escondendo algo, mas resolvi ignorar e ela logo mudou de assunto – o que vamos fazer hoje?

- Eu vou ir para casa – falei mordendo os lábios.

- Não vai não – disse Nikki autoritária – Já falamos com Sally e vamos ir para sua casa depois da aula e vamos comemorar.

- Comemorar? – perguntei franzindo a testa.

- Não é todo dia que fazemos 16 anos – sussurrou Nico.

Aquilo era um complô contra mim. Vencida, decidi aceitar. Quando a aula acabou fui para casa com meu pai e Percy. Chegando em casa fui ajudar a mãe a arrumar as coisas, afinal, daqui a pouco eles estariam aqui. Tudo ficou pronto e eu fui tomar banho e me arrumar.

Ouvi a campainha tocando e fui atender a porta. Nada me prepararia para aquela visita. Na porta estava parada a mulher que estava em todos os meus “sonhos” fazia oito meses. Reia.

- Minha neta – disse ela sorrindo.

- O que? – foi assim que eu percebi que meu irmão estrava atrás de mim.

- Meus netinhos não vão me convidar para entrar?

- Não você! – afirmou Percy.

- Ah, por favor, meu anjo, eu vim aqui apenas para propor um acordo.

- Que acordo? – perguntei sem hesitar.

- Vamos entrar para conversar com mais calma – ela disse já no hall.

Assim que ela se sentou a campainha tocou de novo e eu fui atender. Era Nico.

- Você está linda – ele falou assim que entrou.

- Temos visitas – decidi ir direto ao ponto.

Ele a viu e segurou minhas mãos.

- Nico, querido, se junte a nós – começou ela – Saibam que eu não aprovo o relacionamento de vocês, mas mudando de assunto, como está a escola?

- O que? Vai dar uma de avó querida e depois nos matar? – perguntou Nico.

- Pelo visto você puxou seu pai. Eu vim aqui justamente para evitar meus familiares machucados.

- Desculpe – começou meu irmão – você vai começar uma batalha e quer evitar “que seus parentes se machuquem”?

- A proposta que vim fazer a Alicia é justamente essa.

- Qual é a proposta? – perguntei sem conter minha curiosidade.

- É bem simples. Lembre-se que você é a única que pode evitar essa batalha.

- Continue – pedi.

- As profecias do Oraculo de Delfos passam primeiros aos deuses, titãs e titânides. Há alguns anos foi feita uma profecia sobre uma garota de olhos verdes como o mar, protegida e abençoada pelos deuses que tinha o poder de mudar o Olimpo.

Senti meu sangue gelar. Eu não podia acreditar no que tinha acabado de ouvir.

- Então essa batalha é para... – comecei.

- Te matar ou aprisionar, o que vier primeiro – terminou ela.

- Sabemos que isso não vai acontecer – disse Percy decidido.

- Não sabemos querido. O acordo que eu tenho para fazer para você é, como eu já disse, simples. Você se entrega e ninguém se machuca, caso o contrario todos que você amam serão mortos na sua frente.

- Ela não aceita – Nico respondeu por mim.

- Preferia ouvir isso dela, meu anjo.

Eu não sabia o que dizer. Ela apenas prometera não machucar ninguém e todos sabiam que não era essa a intenção dela. Liquidar, acabar, matar, isso era o que ela queria. Tomei a minha decisão mesmo sabendo que era errada.

- Alie? – Percy parecia preocupado – não vai aceitar, vai?

- Não – respondi olhando para Reia e pude sentir o alivio dos dois.

- Então você prefere assistir todos que você ama morrendo? Realmente, eu subestimei você.

Falando isso ela se retirou e logo meu celular tocou.

- Oi?

- Vai acontecer logo – era a voz de Jully.

- O que, Ju? – perguntei confusa.

- A batalha – disse ela e eu gelei.

- Ok, você podem chamar os outros e vir para cá? Eu falo com Quíron – ela concordou e eu desliguei.

- O que aconteceu? – Nico perguntou.

- Pelo que parece vovó não perde tempo – comentei – alguém tem um dracma?