Ulquiorra Feels

Prólogo


Tinha se passado muito tempo desde que a parte mais tensa e inacreditável de sua vida havia acabado. Orihime sabia que Ichigo continuava na Soul Society mesmo depois da Batalha de Inverno, mas sua parte havia chegado ao fim.

Abriu a porta de sua casa e colocou sua mochila em cima do sofá. Caminhou automaticamente até seu quarto, como fazia toda dia, e se jogou de costas na cama, encarando o teto com os olhos cansados.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Hoje fora o último dia do último ano do ensino médio. Não era mais uma colegial, porém sua faculdade de gastronomia não lhe animava mais.

A questão era que ela queria a vida de lutar contra Hollows de volta. De uma certa forma, isso lhe fazia sentir-se útil e viva. Sem mencionar a saudade que sentia de Kurosaki-kun, Rukia-san, Rangiku-san... Todos na escola haviam se esquecido deles, e isso era ainda pior.

Um nome lhe veio à cabeça ao pensar em saudades.

Balançou-a levemente, não queria voltar a pensar nele.

Ulquiorra fizera parte da pior parte da sua vida; quando ficou presa em Las Noches. Mas ela não conseguia odiá-lo, ainda mais depois de tudo aquilo que ele havia dito a ela antes de morrer.

Não.

Ela não tinha medo dele.

Tinha um sentimento estranho crescendo dentro de seu peito a cada dia, sentimento que ela sabia o que era, mas ainda achava traição admiti-lo. Imagina, depois de tudo aquilo que Ichigo e os outros fizeram para salvá-la, Orihime disser que sente falta de Ulquiorra?

Em breve seria Natal e não estava nada feliz em passá-lo sozinha. Tatsuki-chan e Sado-kun já estavam viajando. Passaria também todas as férias sozinha, já que Kurosaki-kun não iria voltar para casa no Natal, segundo Yuzu. Bem, poderia até chamar Ishida-kun para sair um dia desses.

A cortina balançou com a rajada de vento que entrou de repente.

A cidade estaria livre de shinigamis e Quincys durante as férias todas.

Fechou os olhos e respirou fundo. Talvez ficar sozinha fosse o melhor. Estava acostumada, até, não seria tão ruim.

Orihime sentiu a cama cedendo a outro peso e percebeu que a luz da lâmpada bem acima de seus olhos havia sido tampada.

Abriu os olhos e viu duas órbitas verdes reluzentes brilhando m sua direção.

Sentiu seu coração dar duas batidas em falso ao reconhecer a expressão melancólica acima de sua cabeça. Ele a encarava como se não tivesse passado nem um segundo que estava ali.

-Você está bem, mulher?