Narcissa

narcissa


Ali, ela era a mais bela. Seus cabelos bem penteados, seus lábios avermelhados, seu pescoço alvo e seus olhos delicados eram os mais belos. Bela, adorável moça dentro do espelho que a encarava, que arrumava os seus cabelos e que ajeitava o colar de pérolas. Bonita, delicada jovem que a olhava com tamanha admiração.

Ninguém mais a olharia daquela maneira, só ela veria tamanha beleza. Se demorava-se tanto para arrumar-se, a razão era si mesma. Se gostava de se dedicar tanto à fazer-se apresentável, a razão eram os seus olhos. Eram os seus olhos os quais iriam mais apreciar a sua figura e, logo, ela se arrumava para si mesma, pois, por mais que os outros a vissem como uma mulher bonita, ninguém mais a veria com a sua visão, com a visão na qual ela era a pessoa mais bela que já pisara naquele mundo.

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Arrogância, narcisismo, prepotência, egocentrismo... Seja lá do que chamavam aquilo, mas ela não se importava. Ela sabia apreciar uma coisa bonita e o que ela via no espelho era, sem a menor sombra de dúvida, beleza pura. E, a cada dia que se passava, ela apenas se esforçava ainda mais para aumentar, mais e mais, tal beleza.

Afinal, não é crime algum gostar de coisas belas.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.