O Sol já não existia mais, e eu não sabia se ele iria voltar a vê-lo algum dia. Provavelmente não. E a escuridão era tão intensa que começou a engolir o pequeno garoto. A sensação era de estar sendo imprensado no nada. De estar sendo esmagado pelo invisível. Isso é possível? E de pouco em pouco, a escuridão o levou para uma caverna, mais escura ainda, no meio do nada. O garoto, esbaforido, tentou se levantar, inutilmente. Um barulho alto. Se aproximando. O terror foi maior, e o garoto se apoiou em uma tocha e se levantou. Tocha. Porque ele não pensara naquilo antes? O garotinho pegou a tocha e começou a ‘esfregar’ na perna, na esperança que ela se acendesse. Esperança. Essa palavra ainda tem significado? 20 minutos. 25. Nada.

A tocha cai no chão com um baque. E o fogo se acende, a chama flamejante, alta e forte, como se tivesse vida própria. Como se houvesse um ser dentro do fogo e...

A chama se apagou. O garoto recuou assustado, e antes que algo mais aterrorizante pudesse acontecer, o garoto sentiu algo molhado caindo na sua perna. Uma pequena gota, mas não era de água.

E antes que o garoto pudesse raciocinar e impedir, novamente, ele estava morrendo afogado em seu próprio sangue.