Ele É Um Gato! Literalmente...

O casamento VAI dar errado... Parte 1


Duas semanas passaram voando. Também, pudera; Era época de provas na escola e depois das aulas ajudávamos Helena com os preparativos do casamento. A cerimônia seria no dia dez, à noite. Como eu já havia prometido, iria dar o convite para Kujo. Ele pareceu gostar da idéia de ser padrinho e tudo mais, nunca vou entender esse cara...

Já era o tão prometido dia. Eu já estava indo para o salão, quando alguém me chamou.

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‒ Já vai?—Perguntou Kujo

‒ Tenho que ir, né? Por quê?

‒ Queria saber se você podia me ajudar com isso...—Ele apontou para as orelhas. AH MEU DEUS, as orelhas! Já estava me desesperando e andando de um lado pro outro, quando Kujo segurou meu braço—Calmo ok? Tem grampos aí?

‒ Tenho, vou lá pegar—Eu avancei na prateleira do meu banheiro e peguei o pacote de grampos. Kujo o pegou da minha mão e abriu o pacote, depois enfiou a cara no espelho e começou a colocar mil e um grampos na cabeça.

Ele ficou ao menos uns cinco minutos arrumando, pondo e tirando os prendedores, e depois de arrumar mais um se virou para mim. Quem o olhasse não conseguiria ver as orelhas. Simplesmente GENIAL.

‒ Crise resolvida. —Disse ele, triunfante. —Vai logo pro salão, senão a noiva vai te matar.

Depois de babar, quero dizer! Observar-lo sem orelhinhas me virei e saí correndo para o salão da mãe da Isa. Correndo por que, você deve estar se perguntando. Por que ele estava tão lindo que devo ter ficado vermelha.

Chegando lá me deparei com um bando de meninas gritando e brincando. Quando elas me viram só faltou subirem no meu colo, de tão desesperadas que vieram. Depois de uns dez minutos em cima de mim, Isa e Camila saíram de sei-lá-onde e me puxaram para uma outra parte do salão.

As duas me jogaram numa poltrona e me olharam bem, como se procurassem algo para fazer comigo. Elas me pegaram pelos pulsos e me puxaram para uma banheira, quando fui ver já estava nua e já estava coberta pela água fria.

‒ Está muito fria! Mas por que recebo esse tratamento?

‒ Recebe pois é uma das madrinhas.—Respondeu Camila, sorrindo

‒ E a água está fria por que se atrasou!—Completou Isabella

Outras duas moças começaram à me lavar e esfregar os meus cabelos. Uma delas pegou o meu pulso e olhou desconfiada para o olho de Hórus que desenhara lá mais cedo.

‒ O que é isso?—Perguntaram Camila e Isabella em uníssono.

‒ É pra proteção, e sorte.—Disse, envergonhada.

‒ Vai precisar de sorte?!—Elas retrucaram, nem pude falar que tinha um mal pressentimento.

Depois de me lavarem, elas me deram um vestido branco simples e me puxaram para a penteadeira, logo meu cabelo já estava seco e as minhas amigas começaram à penteá-lo e puxá-lo.

‒ Vai ficar linda com ele preso!—Começou Isa— Em uma trança!

‒ Meio solto!—Rebateu Camila, as duas começaram a discutir calorosamente e puxavam cada vez mais meu cabelo. Me soltei dela e tentei sair de fininho. Nada feito, as duas ao verem minha tentativa de fuga, me puxaram para a penteadeira de novo e chamaram as duas moças do banho.

As garotas começaram a me maquiar, tagarelando alto sobre o contraste de sombras e da cor do meu blush. Mas quanta baboseira, homens são tão privilegiados! É só pôr o terno e ir na festa!

Depois de passarem um monte de coisas na minha cara, e de deram um ataque de pó de arroz, deixando o ambiente cheio de brilho, e também quase me sufocando. Olhei feio para minhas amigas e para as moças do salão. Elas riram.

‒ Não olhe para nós. Olhe para si mesma.

Olhei no espelho, meu Deus, o que elas fizeram comigo?

Minhas maçãs do rosto pareciam afiadas e angulares, os olhos negros ainda mais profundos, devido ao lápis de olho preto, e também misteriosos. Meus lábios estavam quase sumidos naquela brincadeira, pintados de uma leve cor pêssego e levemente brilhantes.

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Eu estava bonita.

Olhei para elas meio sem jeito e elas fizeram uma mesura. Depois me puxaram para trás do trocador e começaram à procurar meu vestido no guarda-roupa.

‒ Achei!—Exclamou Isa— Posso ver?—Ela me olhou com aquele olhar pidão.

‒ Não pode. Me dá logo isso e vai lá ver a Helena. Já são 19 horas, a cerimônia começa às oito e quinze, não podemos nos atrasar.

‒ Calma, só falta nós duas colocarmos o vestido. Já estamos maquiadas, e vamos arrumar nossos cabelos.—Camila me “tranqüilizou”

Elas se retiraram e me deixaram só, atrás do trocador. Tirei o vestido branco delas e abri o pano que cobria meu vestido. Ah, acho que elas vão querer me matar.

Enquanto o vestido delas era, bem é melhor fazer uma lista...:

Da Isabella, roxo escuro, traspassado, ela ia usar uma Melissa de dez centímetros brilhante também.

Da Camila, um vestido vermelho escuro tomara que caia, e sapatos de salto da mesma cor.

Júlia ia usar um verde-água comum e um sapato de oito centímetros, amarelos. (?!)

Mariana ia usar “coral” que para mim é um vestido laranja de um ombro só, e sapatos de de oito centímetros pretos.

Resumindo, cores vibrantes e alegres e o meu vestido, era bem diferente do delas. Coloquei-o e me olhei no espelho. Era a roupa perfeita.

O meu vestido era azul escuro e sem mangas, nos ombros havia uma delicada renda da mesma cor do tecido e a barra também. Depois de ouvir muitas súplicas de minhas amigas, usei um sapato de cinco centímetros preto com verniz.

Acabei de me olhar no espelho e caminhei até a penteadeira, fiz eu mesma um coque simples e elegante, com os prendedores pretos que tinham ali. Por fim, peguei a pulseira prateada dos símbolos do Zodíaco, que minha mãe me dera; e coloquei os brincos de argola prateados também.

Fui para a parte principal do salão e olhei para as moças lá, todas arrumadas e bem vestidas; quando cheguei foi a mesma reação de antes, só faltou subirem no meus colo.

‒ Você tá muito séria!—Gritou Mariana, brava

‒ Calem a boca todas vocês!—Uma voz fininha se expos, lá no fundo. Helena aparecera rapidamente.

Ela estava linda, o vestido bem simples, sem mangas e solto dos seios para baixo, os sapatos brancos de uns quinze centímetros e o cabelo cacheado solto, por cima da cabeça tinha uma tiara com véu.

As meninas que antes estavam em cima de mim correram para ir atrás de Helena, elas ensebaram uns cinco minutos de elogios e deixaram eu me expressar.

‒Você tá linda. Linda até demais para aquele molusco mentecápito.

Todas deram uma risadinha e as madrinhas foram pra o carro da noiva, Indo em diração à igreja.