Ele É Um Gato! Literalmente...
Um Sábado Muito Pirado! parte 1
Os raios de sol entraram novamente pela janela, mostrando um novo dia. Estava bem quente. Quente até demais.
Eu detesto ser de um país tropical; se ele fosse abençõado por Deus, não seria tão quente assim, nem teria uma política tão corrupta. E digo mais, se fosse bonito por natureza, não haveria a miséria que tem atualmente.
Detesto ainda mais ser de São Paulo. Tá, pode ser até a maior metrópole do Brasil, mas é muito poluida, sem contar que só tem dois tipos de temperatura por aqui: o Frio da Antártida, ou o Calor do Inferno.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Hoje, amanheceu como o Calor do Inferno.
Portanto, dormi só de calcinha e uma camiseta folgadona por cima. Nem ligo, não tem ninguém que vai me ver mesmo.
Estava virada na direção da porta, de frente com ela, na verdade. E senti novamente algo roçando nas minhas costas. Ah é, o Kujo-Koban. Como era algo muito maior que um gato, já percebi que era Kujo. E como disse antes, eu me virei para pedir que ele se desencostasse de mim, devido ao calor.
Má ideia.
Eu me virei, e ví a visão do paraíso e do inferno na terra. Kujo estava deitado dormindo tranquilamente, mas estava só de cueca. Deixando seu másculo corpo a mostra. Não posso negar, sou humana, e aquela visão, me fez ficar rubra, com certeza!
Aaaa Céus, o que está havendo comigo?!
Depois de babar, quero dizer! Observar o seu estado me aproximei de seu rosto para ver se ele acordava.
‒ Kujo. Kujooo.—Eu balançei levemente ele—Acorda seu filho-duma-cadela, você vai acabar matando nós dois e...
Minha porta abriu num estrondo, e uma figura feliz apareceu no batente.
‒ Bom-dia minha filha!—minha mãe gritou, tentando cobrir o futuro barulho da porta batendo na parede.
Eu posso dizer, em minha defesa, que o que fiz foi por instinto.
Eu empurrei Kujo pra fora da cama, bem na hora do estrondo da porta na parede. Virei para minha mãe e a enxotei para fora do quarto. E me voltei para o que havia sobrado do garoto-gato.
‒ Kujo, dá pra me explicar o porque você está só de cueca?
‒ Calor minha filha, CALOR!
‒ Não me importa, se vista logo e se esconda no banheiro.
Me virei e desci para a cozinha, tomei meu café com leite na velocidade de um raio e subi de novo, para arrumar o quarto e me preparar para sair.
Afinal, já eram... dez horas?!?!
E eu tenho de sair às 11:30?!
Meu Deus, tenho de ir logo!
Quando entrei no meu quarto, vi que havia uma grande pretuberância na minha cama. Me aproximei e cutuquei o montinho debaixo dos lençóis. Depois puxei para ver o que era.
‒ Koban, é você!—Eu exclamei ao ver o montinho de pelo preto todo arrumado na minha cama.
Bem, o Garfild que não é!
‒ O que tá fazendo aí?
Pergunta besta! O que mais posso estar fazendo numa cama? Dormindo ué!
‒ Sai já daí!
Eu não! Aqui tá fresquinho e gostoso, ainda mais que eu quase morri do coração hoje.
‒ Eu tenho de fazer a cama!—começei a gritar, perdendo a paciência
Porque? Tá faltando alguma pé desse móvel?
‒ Chispa, bicho peludo!
Nã-nã!
Peguei-o no colo e joguei no meio do cômodo, mas quando voltei, ele já estava de volta.
‒ Como é que você passou por mim ser eu te ver?
Foi no momento que você piscou.
‒ Ah não! Sai daí!
E se eu não quiser?
Eu avancei novamente no montinho de pelo para obriga-lo a sair, mas quando eu pulei na cama, ele desviou de mim.
Esqueceu que nós gatos temos uma agilidade fora do comum?
Eu puxei o lençol para fora da cama, fazendo que ele caisse no chão.
‒ Fica aí até eu acabar de arrumar!—Começei à esticar o lençól, a pende-lo e aundo me dei conta, havia novamente algo debaixo dele. Puxei novamente o lençól e me aproximei dele com o meu caderno de aspiral:
‒ SAI, JÁ!
Quem foi ao ar, perdeu o lugar.
‒ Já disse que aí não é lugar pra você!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Quem foi ao vento, perdeu o assento. Quem foi ao nada, perdeu a almofada! E eu sei ainda mais..
Peguei novamente ele no colo e soltei no chão.
‒ É melhor ficar aí, senão...—Eu mostrei o caderno de aspiral—Vou terminar essa bendita cama!
Quando joguei o pano na cama, ainda tinha uma pretuberância no colchão. E o meu sangue ferveu igual àgua de macarrão. Juntei as pontas e fiz uma sacola. Quando eu estava fora do meu quarto abri a sacola e joguei Koban longe.
Agora só estava faltando o endredom. Quando eu fui coloca-lo na minha cama, Koban estava lá, se encafofando no meu lençol esticadinho. Eu avancei nele novamente e começamos à brigar pela cama, puxando o endredom, desarrumando não só a cama como quase o quarto inteiro. Depois de uns cinco minutos de luta sanguinolenta, como bárbaros caimos exautos na cama.
‒ Trégua?—eu sugeri
Trégua.—Koban concordou.
Eu deixei a cama naquele estado deplorável e fui direto ao banheiro. Para me arrumar, tinha que ser rápida, afinal já eram...
Onze horas!!
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