Ele É Um Gato! Literalmente...

Aniversário do meu Garoto-Gato preferido.


Acordei bem cedinho. Era dia de escola, uma quinta feira.

Me espreguicei e olhei bem para o Kujo, que dormia tranquilamente na minha cama. Me aproximei bem, e afaguei seus cabelos.

‒ Amor...—Eu cheguei com o rosto perto do dele, e beijei seu ombro nu. Depois peguei a garrafinha de água no meu criado-mudo e abri, virando-a deliciosamente em seu rosto— Acorda logo, seu inútil!

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Kujo se assustou. E acordou num salto. Ele me olhou furioso e voltou a dormir

‒ Vamos, homem!—eu chacoalhei seu corpo— Vamos levantar! Hoje é dia de semana! E tá chegando o fim de semana, então acorda!—Ele puxou o lençol para cima da cabeça e eu me levantei, ficando em pé, em cima da cama. Depois pulei em cima dele.

‒ACORDA!

‒ DÁ PRA PARAR?!—ele gritou—Me dá um tempo, hoje é o meu dia!

Seu dia? Que dia é hoje? Olhei no calendário do celular e vi que era 25/10. Dia vinte e cinco de Outubro... O que esse dia tem de especial?

Minha cabeça oca deu um estalo, como se a minha consciência tivesse jogado um balde de água fria em mim.

HOJE É NIVER DO KUJO!

‒ Meu amor...—Eu disse toda docinha, igual caramelo {N/A: TÔ TIRANDO ONDA DE CAMARO AMARELO! ^^). Tá, parei><}—Hoje é o seu dia!—E me joguei em cima dele, dando-lhe um abraço beeem apertadinho.—Feliz niver, bebê, muitos anos de vida!

‒ Valeu,—Ele disse se debatendo e tentando se livrar do meu abraço—Mas aí, Eliza, talvez um dia eu precise do meu corpo para alguma coisa, então não me mata de tanto amor, tá?

‒ Bobinho!—Eu me soltei dele e dei um sorrisão— Quer o que de aniversário?

‒ Hum...—Ele pareceu pensativo e depois deu uma boa olhada em mim - Quero você.

‒ DEIXA DE SER TROXA!—Eu dei um soco bem dado em seu braço— Estou falando sério.

‒ Sei lá. —Ele disse e se virou para o outro lado para dormir

Meu Deus dê-me paciência ou uma arma irrastreável.

Deixei-o deitado e fui para a cozinha. Preparei torradas, um suco de laranja com mexerica, uma caneca com café, bolachas de chocolate e um pedaço de brownie que estava esquecido por aí. Arrumei tudo numa bandeja e levei para o meu quarto.

‒ Kujooo! Olha só o que eu...--Parei na metade da frase, pois ele estava praticamente roncando de novo. Desta vez, peguei um copo de água bem gelada e molhei o dedo indicador, depois enfiei o dedo na orelha dele.

‒ DÁ PRA PARAR?!

‒ NÃO. Olha o que eu fiz, idiota!

Ele olhou para a bandeja e começou a devorá-la como um troglodita.

‒ Tava ~hum~ Muito ~hum~Bom!—ele disse de boca cheia.

‒ Eu vou me arrumar, ok?—E corri pro banheiro. Me aprontei rapidamente e desci para tomar o meu café.

Chegando na escola, ainda estava aérea, pensando no que dar para o Kujo de aniversário, Até que alguém cortou meus devaneios.

‒ Fala Manola!—Isa apareceu e me olhou bem—O que foi?

‒ Isa, hoje é niver do Kujo!

Bem, aí foi um escarcéu. A Isa deu um berro: “CUMÉ, NIVER DO KUJO??”, e atraiu a atenção do resto das minhas amigas para cima de mim.

‒ Como você sabe?—Júlia indagou

‒ Descobri hoje de manhã. —E dei de ombros— O que podemos fazer para ele?

‒ Que tal, —Camila sugeriu— Fizéssemos uma festa hoje à noite para ele!

Todas concordamos e começou.

‒ Minha casa é um ovo, de tão pequena. —Mariana se prontificou à falar.

‒ Deveras para a minha .—Camila comentou.

‒ Se eu levar gente em casa, meus pais me esfaqueiam. —Helena estremeceu.

‒ Os meus também... --Eu me lamentei.

‒ Deixa com a gente!—Isa e Júlia exclamaram. —Liz arranje os convidados e o bolo; Helena, a música e a louça, de preferência de plástico; Camila os comes; Mari os bebes; e Nós arrumamos a decoração!

Bem, o resto do dia passou correndo, no intervalo das aulas eu liguei para o Hector, que ligou para o Benten, que avisou o Pedro, Guilherme, Nando e o Kon. Nossa isso pareceu um episódio de novela, de tanta reviravolta!

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Quando saímos da escola, corri para casa e enfiei a cara dentro.

‒ Mãeeeee!—Eu gritei, e não obtive resposta—Kujoooooooooo!

‒ EU! FALA MULHER LOUCA!

‒ Que tipo de bolo você gosta?

‒ DE CHOCOLATE, TIPO MOUSE!

Saí correndo para a padaria e comprei o melhor bolo mouse, que tinha lá. Depois voei até a casa da Isa e da Júlia e deixei o bolo com elas.

‒ Posso olhar como tá..

‒ NEM PENSE!—Isa se colocou na minha frente.—É surpresa. Que horas vocês vem?

‒ Marquei com a galera às sete, e falei o teu endereço.

Ela soltou um “hnm...” E me deixou falando sozinha.

O resto da tarde passou voando também, eu fiz as minhas lições e quando deu umas seis horas, fui tomar um banho. Lavei a cabeça, tudo certinho. Depois olhei para o meu quarto, onde Kujo folheava um livro meu.

‒ Vai tomar banho.—Eu falei.

‒ O QUÉ QUE EU FIZ?!

‒ Não cara. Vai tomar um banho, literalmente. Vai logo.—Ele entrou no banheiro e em poucos minutos ouvi o barulho do chuveiro ligando e a voz masculina dele a cantarolar uma música.

Aí fiz algo que eu não devia.

Minha curiosidade é extrema, e minha paixão e tesão pelo Kujo também. Então, coloquei a mão na maçaneta da porta do banheiro e abri um vão. E vi a mais bela visão que já tinha visto na minha breve vida.

O banheiro estava cheio de “fumaça”, não deixando eu ter uma grande visão de lá dentro, e Kujo... AH, KUJO... Ele estava completamente nu, e de costas, deixando-me ver só a visão de seus lindos músculos e da sua bunda maravilhosa...

Ai, como sou pervertida.

Bem, eu estava olhando a visão do paraíso tão pervertidamente que não notei que soltei um leve suspiro. E Kujo se virou. E deu um berro. E eu dei um berro. E ele escorregou e se segurou no Box. Depois eu tentei ir embora, mas minha toalha tinha enroscado na gaveta da pia. E ele abriu o Box e jogou uma garrafa de shampoo na minha cara, que eu não sei como não fiquei com um galo.

‒ SAI DAQUI Ô PERVA!

Eu me retirei e me troquei rapidinho. Coloquei o meu melhor vestido, um branco com renda preta, e sapatinhas pretas. Depois de trocada, Kujo saiu do banheiro com um bico enorme.

‒ Se troca.—Eu ordenei. E ele se trocou de costas para mim, colocando a jaqueta couro por último.

Depois eu coloquei o boné em sua cabeça e o puxei para fora de casa. NO meio do caminho, eu consegui colocar uma faixa para cobrir seus olhos e chegamos na casa da Isa, finalmente.

Entramos e quando fechamos a porta e soltei a faixa, a luz ligou mostrando a casa decorada, os salgadinhos e docinhos e toda aquela galera.

Estava todo mundo muito bem arrumado, e com um belo sorrisão na cara.

‒ Feliz aniversário cara!—Benten, Kon, Pedro, Guilherme, Nando e Hector se penduraram nele, o alugando por uns dez minutos (cada um, viu?).

Minhas amigas deram um abraço nele, com uma cara de medinho enquanto olhavam para mim. É isso mesmo, propriedade privada da Eliza, manolada!

Eu o sentei na ponta da mesa e dei uma passada de olho na decoração. Estava tudo com balões de todas as cores, e um cartaz escrito: “Feliz aniversário Kujo! Muitas felicidades e anos de vida!”

Meu, que festão!

O som começou a rolar e todos começaram a dançar. Eu puxei Kujo para que dançasse comigo, e funcionou! Começamos a dançar loucamente, quase colados um no outro, estava tudo indo muito bem. Ao lado, Pedro e Guilherme tentavam seduzir minhas amigas, inutilmente; enquanto Kon atraia todas para seus braços; Nando estava concentrado comendo salgados e Benten tinha virado um garrafa de sake goela abaixo junto com a Isa, que já estava começando a ficar alta.

Não deu muito tempo e a porta se abriu. E os pais de Isa e Júlia chegaram e deram um belo de um berro.

‒ Mainha, Painho.__Isa se jogou nos braços da Cris—Essa festa é pro namo da Liz...--ela falou mole.

‒ Bebida, numa festa?!

‒ Somos maoires!—Kon, Benten, e Hector deram um sorrisinho.

A mãe das anfitriãs nos expulsou de sua casa e nós nos separamos, Hector voltando pra sua casa, os meninos voltando para o litoral, e as minhas amigas voltando para casa.

Eu caminhei até a minha casa e entrei, meus pais ainda não tinham chegado. Isso significa que não teno que dar satisfações para ninguém. Subindo a escada, acompanhada de Kujo me virei para ele e indaguei:

‒ Sério Kujo, o que você quer de aniversário?

‒ Já disse.—Ele me olhou com seus lindos olhos— Você.

Meu coração palpitou rapidamente e mandei-o subir até o meu quarto, e que me esperasse lá.

Não acreditava que faria isso. Seria um bom presente, mas...

Mas ainda não é o momento certo.

Eu olhei para o quarto das compras e busquei duas coisas que não pensei que usaria tão cedo: A lingerie preta nova. Troquei-me e olhei para a porta do meu quarto onde a pessoa que eu amava estava me esperando. E abri-a sem medo.

Tá, só com um pouquinho de medo.

Abri a porta e olhei bem para ali dentro, quando vi, havia um montinho de pelo deitado na minha cama.

Aff, foi tudo por água a baixo.

Peguei minhas roupas e entrei no quarto, o Kujo-Koban me olhou de soslaio.

O que houve?

‒ Esqueçe, era só besteira minha.—Eu entrei no banheiro— O que você quer mesmo de aniversário?

Pode ser uma lata de atum. Ele disse se espreguiçando.

Ótimo. Sendo trocada por uma lata de atum. Que ironia.