Eva caminhava até mim incerta, olhando para baixo mantinha a expressão triste, agachou-se ao meu lado e encarou-me nos olhos.

- Você esta bem? - fiz que sim com a cabeça. - que bom...

- O que vai acontecer agora? - perguntei receoso.

- Não sei, eles virão atrás de mim, posso sentir isso. - fios de lagrimas caiam sem ser impedidas. - acho que ja tomei uma decisão, aqui só estou trazendo complicações.

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- Não! - gritei sem perceber, deixando ela surpresa. - Quer dizer, você não pode me deixar! - Ahn? - quer dizer, não vai adiantar fugir eles vão continuar indo atrás de você, Eva...

- Vocês estão bem? - a professora se aproximava de nós dois com alguns alunos a seguindo, ambos com ferimentos leves. - já liguei para a policia, vão trazer ambulâncias para o resto dos alunos com ferimentos graves, os unicos que estão de pé somos nós.

- Ah...Sim. - Natsu...

A imagem de seu corpo sendo mastigado invadiu minha mente, por que ele? Poderia ser qualquer um, menos o meu amigo.

Minutos se passaram e ambulâncias invadiram o patio e estacionamento da escola junto de viaturas da policia, fizeram algumas perguntas para mim e para os alunos que estavam "bem", parecia que com aquele tumulto ninguem descobriu a verdade sobre a Eva, só fiquei feliz por isso...

- Sério Vivian? Esse esforço todo para dar em nada? - dizia Sebastian calmamente, mas a raiva estava clara em seus olhos puro sangue.

- Você estava nos observando, não estava? Então com certeza você viu que ela poderia ter me matado aquela hora, Sebastian!

- Não importa! Era melhor você ter morrido, você é uma imprestavel. Vou ter que cuidar dos alunos que sobreviveram, a escola não importa, mas o sigilo de nossa existencia é o mais importante e se isso por acaso sair do controle pela boca da humanidade, eu lhe prometo,Vivian, que eu mesmo vou te matar.

A dama de preto o fitava com suplica, não podia contrariar Sebastian, qualquer coisa que ele falasse naquele mundo era a Lei. Qualquer coisa que pedia a Vivian, ela o obedecia sem questionar, pois ele foi e sempre será o seu unico amor.

Onahara e Eva caminhavam quietos até a casa, quando chegaram foram para a cozinha, Eva sentou-se a mesa enquanto o rapaz foi preparar um chá para os dois.

- Onahara...Eu. - ela apertava as mãos olhando as manchas e os machucados que saiam devagar.

- O que? - ele sentou-se a sua frente com dois copos, ele parecia normal, sem qualquer expressão.

- Sinto muito! Eu, não consegui proteger ninguem, nem mesmo a Yuka! - gritava enquanto as lágrimas corriam. - Porque estou desse jeito, Onahara? Desde que eu lhe observo algo aumentou dentro mim, já não sei quem sou... Meu desejo é ter uma vida normal ao seu lado! Mas porque eu não posso, porque eu tinha que ser essa coisa, esse monstro?

- Eva...

- A única coisa que você consegue falar é Eva? - ela sorriu, mas as lágrimas continuavam. - não sabe como eu pedi, supliquei para ouvir sua voz. Quando eu estava presa eu tinha pesadelos com você, você estava em meus braços sorrindo e cheio de sangue... Como um monstro pode amar! Eu fui mantida presa em um mundo sem sons, um mundo fabricado, então porque ainda acredito nesse amor desgastado?

- Ei criancinha. - Onahara sorriu, um dos seus primeiros sorrisos verdadeiros, chamando a atenção de Eva, ela parou de chorar.

Ele levantou e foi até o seu lado estendendo a mão para que ela segurasse.

- Vem, vamos visitar uma pessoa.

A garota não disse nada, apenas segurou sua mão e os dois sairam, Onahara pegou sua bicileta e pediu para que Eva sentasse atrás dele.

Quando chegaram no tal lugar ele deixou a bicicleta jogada no chão e entraram seguindo uma pequena trilha, o rapaz segurava a mão de Eva e na outra carregava uma pequena flor branca, assim que pararam enfrente ao túmulo, Onahara fez questão de dar as boas vindas.

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- Olá mãe, já faz uns dias que não nos vemos, né? - tirou a mesma flor mucha de um vaso que estava ali e colocou a nova que segurava. - Hoje trouxe uma amiga.

- Hm...Olá senhora Miyamoto, me chamo Eva, apenas Eva...É um prazer.

Onahara sentou-se no chão e cochiou algumas coisas deixando a garota em pé curiosa.

- Então, você tem que falar para essa chorona que as coisas não são faceis, mesmo que demore uma eternidade, no fim, sempre virão coisas boas e pessoas que podem te ajudar.

- Vocês sempre mantem segredo?

- Bem, quase sempre.

- Obrigada pelo conselho senhora Miyamoto, vou tentar não chorar mais.

Os "três" ficaram conversando até escurecer, Onahara e Eva voltaram, naquele instante com o vento soprando num longo suspiro, Eva se sentia calma, segurando a cintura do garoto enquanto pedalava, parecia que nada havia acontecido, apenas um pensamento vago, pois nenhum dos dois havia esquecido o sofrimento, havia apenas amenizado.