Reflexos Oblíquos

27.Espelho d'água (desilusão/existencial)



A chuva cai lá fora, pesada

torrencial, dos meus olhos.

As árvores me observam e não me consolam,

me olham com o canto dos olhos

com os braços levantados para o alto.



Me sento de costas para o caminho,

me enredo, enrolo, embolo em mim mesma.

Deito na areia e olho o céu dentro de mim,

tantas estrelas e sóis brilhando à luz do dia,

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tantas flores de pétalas verde brotando no mar,

tantas portas se abrindo nas sequóias do campo,

tudo o que posso ver, mas dissipa tão logo decido tocar.



Reflexo atrevido como a chuva que quero esconder

incômodo quanto o frio por baixo da pele

me obriga a me encolher até sumir

e sou uma carcaça sem alma de costas para a floresta

oca que se desfaz aos poucos conforme o vento se faz mais forte...


(10/02/2006)