POV LILY

─ Agora vamos para o plano B. ─ disse com os olhos brilhando de malicia.

─ Plano B, Lily? ─ perguntou Alvo, com uma expressão preocupada. ─ Olha, o plano B. não envolve embebedar, drogar ou enfeitiçar os dois, envolve?

─ Claro que não. ─ falei, e o alivio inundou seu rosto. ─ É muito melhor do que isso. ─ sorri maliciosamente.

─ Do que você está falando?

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

─ Bom, é simples. Ontem eu mandei uma coruja para a vovó Molly, perguntando se nós, eu, você, James não poderíamos passar o natal no Chalé das conchas, sabe, a casa do tio Gui, junto com Hugo, Rose, Domi, Roxi, tio Jorge, Tia Angelina, Fred II, Victoire e Teddy.

─ Mas por quê? Aonde vão estar nossos pais e tio Ron e tia Mione? ─ perguntou Alvo confuso.

─ Bom, eles vão para a Romênia, ajudar tio Carlinhos com uns metidos a feiticeiros malfeitores, e já vão ficar lá para o natal, queriam que nós fôssemos junto, mas...

─ Ah Lily, por quê? Tio Carlinhos cuida de dragões... Eu quero ir. ─ choramingou Alvo.

─ Não Alvo, nós vamos ficar no Chalé das conchas, para poder por o plano em ação.

─ Mas como ficar no Chalé das conchas vai ajudar? ─ perguntou ele arqueando uma sobrancelha.

─ Simples. Você vai convencer Scorpius a ir também.

─ Sem chance Lily, ele sempre passa o natal com a família, ele nunca vai aceitar.

─ A Alvo, você vai fazer isso por mim, não vai? ─ perguntei piscando angelicalmente ─ Vocês são melhores amigos, eu sei que você consegue...

─ Tudo bem, tudo bem... Eu vou tentar.

─ Ah, eu te amo irmãozinho. ─ falei dando um abraço de sufocar.

─ Eu disse que ia tentar, Lily.

POV ROSE.

Aquela de longe foi a pior festa do século, pelo menos para mim. Passei uma noite horrível, numa cama horrível e agora cada músculo do meu corpo está gritando em protesto, se eu pudesse passava o dia todo na minha cama, mas, eu ainda tenho aula, e o horário de almoço já está acabando, então é melhor eu descer.

Sai da torre da Grifinória, já de banho tomado e com as vestes da escola. O que não tinha mudado era o meu rosto, amassado e com grandes bolsas embaixo dos olhos. Estava andando distraidamente para a minha aula de poções ─ que por um castigo de Deus é com a Sonserina ─ quando trombo com alguém.

─ Oh, desculpe. ─ disse sem olhar.

─ Passou uma boa noite, Weasley? ─ perguntou a voz debochada que eu tanto odiava.

─ Rompeu o voto de silencio, Malfoy? ─ perguntei agora encarando-o.

Não deu tempo para ele responder a pergunta, por que nesse momento alguém se aproximou.

─ Vamos para a nossa aula, amor? ─ disse a voz sedosa e enjoativa de Alice Peterson, que se pendurava no pescoço de Scorpius. Ele corou.

─ Nossa Malfoy, com a Peterson? Até que a Mary Peace era bonita, mas isso... ─ falei lançando a ela todo o desprezo que consegui reunir num olhar.

─ Cala a sua boca agora! Mestiça das veias imundas. ─ falou ela, com aquela voz irritante.

─ Olha Alice, acho que não tem necessidade de falar assim... ─ começou Malfoy.

An? Para o mundo que eu quero descer. Malfoy me defendendo?

─ Você vai defender... ela? ─ falou Alice me medindo dos pés a cabeça.

─ Não, eu só... ─ ele parecia inacreditavelmente sem jeito.

─ Olha eu realmente não to afim de ser motivo de DR, de um casalzinho ridículo ─ falei interrompendo-o ─ então vou para a minha aula. au revoir ─ falei dando as costas.

Entrei na sala com a mesma secura na garganta de quando vira Malfoy com Mary Peace, mas dessa vez era pior, por que eu não odiava Mary Peace... Pelo menos não até aquele momento...

Me sentei ao lado de Roxi, como de costume, e fiquei a aula toda lançando olhares à mesa de Scorpius e Alice. Ela sempre se jogando para cima dele, e quando o professor virava as costas, roubava-lhe beijos.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

─ Com ciúmes, Rose? ─ sussurrou Roxi, divertida, ao meu ouvido.

─ Até parece... ─ falei voltando a minha atenção para o professor.

xx-xx

Novembro chegou, trazendo muito frio, eu não falava com Will a quase dois meses, desde a nossa conversa na torre de Astronomia, tudo bem que eu o entendia, mas nada justificava o fato dele agir daquela maneira e falar aquelas coisas para mim, justo eu que sempre o ajudei e estive ao seu lado.

Eu já havia perdoado os meus primos pelo episodio “festa do James”, mas ainda tinha uma coisa que estava mexendo comigo. E ela tinha nome e sobrenome. Scorpius Malfoy. Ele continuava a se agarrar com a Peterson por ai, mas ficava inacreditavelmente sem jeito quando eu os via juntos, o por que eu ainda não sei.

Ontem recebi uma coruja de minha mãe, falando que eu teria que passar o natal na casa de Tio Gui, com os meus primos, pois ela, papai, tio Harry e tia Gina iriam para a Romênia, cuidar de alguns bruxos, metidos a malfeitores. Bom, essa não foi uma noticia muito animadora, eu adorava os natais na toca, com toda a família. Mas tentei me animar, iríamos para o Chalé das conchas, iríamos para a praia, e apesar de ser inverno, não deixava de ser praia.

Estava no corredor de feitiços, numa tarde fria de quarta-feira quando sinto alguém tocar meu ombro.

─ Rose, posso falar com você? ─ era Will.

─ Não tenho nada para falar com você, Corner. ─ falei friamente.

─ Rose, me desculpa por aquele dia, mas eu simplesmente não consigo mais te ignorar.

─ Me ignorar? Me ignorar? ─ falei sem acreditar. ─ Eu é que estou te ignorando. Depois de tudo, depois de tantos anos juntos, depois de todas as brigas que eu comprei por você, depois de todas as lagrimas que eu derrubei no seu colo, você vem me comparar ao Malfoy? Desculpe, mas eu não aceito as suas desculpas, já chorei demais por você, Will.

─ Eu também sofri por você Rose, e não foi pouco. ─ disse ele, frio.

─ Mas a única diferença é que a culpa nunca foi minha, eu nunca te feri com palavras, eu nunca falei coisas na intenção de te machucar.

─ Rose...

─ Nem mais uma palavra. ─ disse, e virei as costas.

POV SCORPIUS.

Estava sentado no salão comunal da Sonserina, pensando. Alvo me atormentara tanto, mais tanto para eu ir passar o natal com a família dele, que eu acabei cedendo, enviei uma coruja para minha mãe, ela não ficou nada feliz. ─ “Você já passa o ano todo com seus amigos, Scorpius, agora nem no natal vem mais para a casa? Eu simplesmente não posso acreditar, eu ou seu pai lhe fizemos algo?” ─ Bom, pelo menos uma coisa era boa, eu iria me livrar de Alice por duas semanas inteirinhas, o que não aconteceria se eu estivesse em casa, pois meus pais a adoravam e ela vivia lá. Falando nela.

─ Oi meu bebe. ─ disse a voz enjoativa se sentando ao meu lado e me abraçando.

Me desvencilhei dos seus braços.

─ O que foi, bebe? ─ perguntou ela.

─ Nada Alice, só quero tomar um ar... Er, depois eu volto. ─ disse saindo do salão comunal.

A verdade é que eu não gosto nada da Alice, mas toda vez que eu tento dar um fora nela, ela simplesmente se faz de desentendida ou começa a chorar e no outro dia está lá, com a mesma ladainha de sempre. Isso está começando a me irritar pra valer.