Eu E Severus
Dia atípico
POV Severus
– Ora Severus, nunca imaginei que quisesse algum dia participar de uma reunião de amigos de uma forma tão intima. – falou Dumbledore.
A cena era totalmente...inacreditável. Tanto que não encontrei minha língua.
Havia sapos de chocolate, feijões de todos os sabores e outros tipos de doces aos montes espalhados pela sala. Havia também algumas garrafas vazias e uma pela metade, provavelmente de Whisky de fogo e cerveja amanteigada. Lilith vestia somente uma grande camisa e estava sentada fazendo tranças no cabelo de Dumbledore. Este...
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Dumbledore estava vestindo um pijama de flanela rosa com corações em lilás e pintava as unhas de uma mulher com longos cabelos negros.
– Oh! Você deve ser meu genro! – disse a tal mulher.
– Mãe! – exclamou Lilith.
A mulher levantou e veio em minha direção, estendendo as mãos.
– Lilith, minha filha, é por isso que você não me apresentou seu namorado...um homem tão bonito! – E ela me abraçou.
Não consegui retribuir, dado ao meu estado de choque.
– Hã... – balbuciei.
– Tudo bem querido. – disse a mulher dando tapinhas em meu ombro. – Geralmente os homens não encontram palavras quando estou perto. Meu nome é Helena Devon, mãe de Lilith.
– Prazer, sra. Devon. – consegui pronunciar e olhei para Lilith.
– Querida Helena, talvez agora seja uma boa hora para me mostrar o lago perto daqui. – disse Dumbledore, levantando e jogando as tranças para trás.
– Mas é claro Dumbledore. Acho que os dois pombinhos querem privacidade. – disse Helena, rindo.
Então os dois se foram e Lilith continuou sentada me olhando.
Ela pegou um feijão e comeu.
– Hum, acerola. – falou com a boca cheia.
Andei até o meio da sala, até ficar de frente a ela.
– Pensei que fosse ter um encontro com o panaca.
– Pensei que você não se importava. – ela rebateu.
Não respondi. Lilith levantou do chão e colocou as mãos na cintura.
– Você achou mesmo que eu ia trocar o meu morcegão das masmorras por ele? Ele pode ter salvado muita gente e feito muita coisa, mas ele nunca vai conseguir ser o meu comensal bipolar.
Não falei, nem argumentei. Apenas a empurrei até batermos numa parede e a beijei.
Pov Lilith
Acho que uma das melhores sensações do mundo é estar numa cama aconchegante, debaixo de um edredom. Com um travesseiro bem macio. E recebendo cafuné.
– Lilith...
– Hum.
– Vamos, acorde...
– Pra quê?
– Preciso levantar...
– Então vai.
– Você está em cima de mim.
Resolvo abrir um olho e percebo que realmente estou em cima do Sev-macio-como-cama.
– Bom dia... – digo, ainda com a voz arrastada.
– Bom dia dorminhoca. Por que está me olhando com essa cara feia?
– Cara feia que te conquistou, docinho. Na verdade estou tentando me lembrar do sonho que tive...Sonhei que tinha 5 pessoas morando aqui comigo.
– Vai abrir uma hospedagem?
– Tinham dois bruxos...e três trouxas, eu acho. Os trouxas estavam reclamando sobre alguma coisa...
Ficamos nos olhando por 2 segundos até eu fechar os olhos.
– Lilith, não dorme de novo! – ele exclamou, parando o cafuné.
– Huuuum. – argumentei.
– Eu preciso voltar para a escola.
– Huum hum Huhuhum. – argumentei novamente.
– É sábado sim, mas tem jogo de quadribol. Alguém vai notar se eu faltar ao jogo do meu time.
– Huhum.
– Lilith...
– Aaaah Snape! – resmunguei. – Você nunca passa o dia comigo. Hoje é sábado, fica um pouquinho só...por favor.
– Tudo bem.
– Por favor Sevizinho lindo tchutchuco...
– Já falei que fico.
– ... Da mamãe Lilith, o melhor morcegão...
– Lilith, eu já falei...
–... De todas as masmorras do mundo, o...
Então ele enviou uma meia na minha boca.
– Argh! Severus, ela tava suja! – gritei.
– Só assim para você parar de falar!
Dei língua pra ele.
– O que vamos fazer hoje? – perguntei, feliz.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– O que acha de passarmos o dia na cama? – Sev safadinho perguntou.
– Acho uma ótima ideia mas...to com fome.
– Novidade.
– O que acha de fazermos um picnic?
– Picnic! Uma ótima ideia! – Disse minha mãe entrnado no quarto.
– Mãe! – gritei, cobrindo eu e Sev. – Privacidade, por favor!
– Olha mais que cena linda! Alvo, vem aqui ver... em breve terei muitos netinhos!
Dumbledore colocou a cabeça para dentro do quarto. Seu cabelo estava estranhamento cor de rosa.
– Bom dia meus queridos. Ouvi alguém falar em picnic?
– Alvo! – Disse Severus, pegando a varinha – de onde ele tirou ela? – e fechando a porta. – Velho caduco...
– Sem noção minha mãe... – disse eu coçando os olhos.
***
O tempo estava realmente bonito. Olhei em volta, para o meu jardim vazio. Em breve vários tipos de plantas estarão nascendo ali.
– Querida, onde tem um grande pano para forrar o chão? – perguntou minha mãe.
– Não faço ideia mãe.
– Como você acha que será uma boa mãe, Lilith? Não tem nada dentro desta casa a não ser todos esses caldeirões que ficam soltando fumaça o dia todo...Assim nem Severus vai te querer!
– Fique tranquila, sra. Devon. – disse Severus, me abraçando por trás. – Eu só estou com ela pelas poções.
– Oh Merlin dos pombos terroristas! – exclamou uma voz e pude ver Rose no portão de minha casa. – Isso foi muito mais romântico do que toda a minha noite!
Corri para ela e a abracei.
– Rose! Me conta tuuuuudo amiga! Como foi a noite com Lockhart?
***
–Quem olha, nem imagina, sabe. – disse Rose, comendo um pouco de pudim.
Estávamos todos sentados a beira do lago. Tinhamos vários pratos a nossa volta, com uma enorme jarra de suco de abóbora que nunca acabava. Eu estava sentada ao lado de Severus – que parecia um tanto desconfortável por estar à luz do dia, afinal, morcegos gostam da noite.
– Primeiro, ele tomou um susto quando viu que não era você no ponto de encontro. – Rose continuou. – Mas acho que o meu charme e minha beleza acabou convencendo ele a continuar a noite comigo, é claro. E eu que pensei que ele fosse tudo aquilo que ouvi falar...claro, ele é muito bonito. Mas você acredita, professor Dumbledore, que ele falou a noite inteira e mal deixou eu abrir a boca?
– Não diga! – o velhinho exclamou, com a boca cheia de bolo de chocolate.
Não deixar Rose conseguir falar? Isso é uma baita novidade.
– Sim! Por fim, ele me levou para dançar e até que ele se saiu bem. Depois, fomos pra cama.
– Merlin, que menina rápida! – exclamou minha mãe!
– E rapidez deveria ser o sobrenome dele! – Rose estava realmente brava. – Não durou nem cinco minutos! E ainda teve a cara de pau de perguntar se foi bom pra mim.
Severus se engasgou com o suco de abóbora e começou a gargalhar. Todos rimos muito, principalmente depois de escutarmos Dumbledore dizer “Então nem vale a pena eu tentar algo.” E assim a manhã passou alegremente, todos falando mal da performance de LockHart, principalmente Severus que se mostrou bem comunicativo.
E estávamos nesse clima bonito quando uma coruja pousou ao lado de tio Dumby. Ele pegou a carta e dispensou a coruja.
– Oh céus. – disse tio Dumby e ficamos alertas.
– O que aconteceu, Alvo? – perguntou Sev.
– Falando em LockHart...Minerva diz na carta que Harry sofreu um acidente no jogo de quadribol, e o professor tentou remendar os ossos do braço do menino...e agora ele está sem nenhum.
– ele é um idiota. – resmungou Severus. Não sei porque contratou ele.
– Alguém tinha que assumir o posto. – Suspirou Severus. Acho que já é hora de voltar para a escola. – disse Dumbledore, suspirando. Ele pegou a varinha e, dramaticamente, apontou para o cabelo, desfazendo as tranças e a cor rosa de seus cabelos. – Foi muito bom passar esses momentos agradáveis com vocês, a sua casa é realmente linda Lilith. Mas agora, voltemos aos afazeres do dia.
– Um dia desses venha tomar chá das cinco comigo, Dumby! – exclamei.
E assim aparatou.
– Acho que também vou indo. – disse Rose, me olhando risonha. – Hoje tenho um desfile e não posso me atrasar. Foi bom conhece-la sra. Helena!
E também aparatou.
Passamos um final de manhã bem agradável, eu, Sev e minha mãe. Ok, ela estava contando meus micos de infância, como toda mãe que se preze, e Severus estava rindo da minha cara, mas essa cena é uma total raridade, vinda do morcegão das cavernas.
Por fim, algumas nuvens surgiram acima de nós e começou a chover. Tivemos que recolher tudo às pressas e correr de volta para casa. Chegamos totalmente ensopadas e após tomarmos banho – leia-se dar uma amassos no banheiro – fomos jogar xadrez de bruxo. O mesmo que Dumbledore havia me dado em meu ultimo ano de escola. Minha passou a tarde na cozinha, preparando o almoço.
Um dia tão atípico...mas tão especial. Eu olhava para Severus e o via descontraído, bem diferente de como ele fica no castelo. Por fim, minha mãe tinha gostado tanto dele que já o estava chamando de filho. E claro, predizendo quantos filhos iriamos ter.
Mães.
Tivemos um jantar calmo e minha mãe resolveu ir dormir cedo, alegando que queria em breve ter muitos netinhos. E por fim, passamos a noite juntos, mais uma vez.
Ok.
È claro que passamos cerca de umas duas horas conversando, discutindo e debatendo sobre, é claro, poções.
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