Eu E Severus

Criança mimada precisa ser tratada com severidade.


Enquanto nosso querido ministro da magia falava agitado em minha sala, andando de um lado pro outro eu meditava.

A situação é extremamente delicada. Não era somente um aluno bagunceiro, ou talvez um aluno invejoso. Nesse momento havia em Hogwarts alguém com uma mente cruel o suficiente para matar uma pessoa inocente apenas para atormentar outra. Alguém disposto a matar sem piedade. Minha pequena gênio está em perigo e certamente isto inclui os que estão a sua volta. Após Conérlius ir embora enviei um elfo a Minerva pedindo que Lilith fosse chamada. Meu brilhante cérebro fervilhava em pensamentos sobre as medidas que deveriam ser tomadas. Mas primeiramente, seria necessário cuidar das pessoas envolvidas.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

Logo Lilith voltou, acompanhada de Ninfadora Tonks - Minerva deve ter pedido a menina para chamar Lilith. A menina estava num estava lastimável, cabelos despenteados, os olhos inchados, apesar do rosto estar seco. Porém, sua blusa estava um pouco molhada, provavelmente por lágrimas.

– Lilith minha querida, sente-se. Sei que sua cabeça deve estar tentando saber quem é o ser que fez uma atrocidade dessas, e provavelmente pode estar querendo vingança. - olhei bem em seus olhos. - Não importa as circunstâncias, vingança não é a solução para nada. Ela é um ciclo sem fim que...

– Professor. - Lilith me interrompeu. - Desculpe lhe interromper, mas não preciso ouvir seu discurso. Se me perguntar agora o que quero fazer caso eu descubra quem foi a pessoa, e eu vou descobrir, eu vou dizer que pretendo torturá-la das piores formas possíveis, e depois quem sabe entregar a um dementador para que ele o beije. Esse é a minha resposta na atual situação, é o que sinto vontade de fazer. Contudo, quando eu esfriar a cabeça e tiver mais razão de mim mesma, saberei controlar minha vontade de vingança, pois sei que a justiça, de uma forma ou outra, prevalecerá. Não quero macular minha alma com uma morte, e sim professor, já li sobre isso. Mas isso não significa que não vou buscar descobrir a pessoa, para que ela possa ser presa e nunca mais fazer nada contra mim ou contra meus amigos. - ela sorriu. - Ih, eu que fiz um discurso.

– Você é uma pessoa incrível. - eu disse, orgulhoso. - Pois bem, eu creio que a senhorita irá querer ir ao enterro. Ah claro, você também Tonks. Será realizado amanhã e todos os alunos que quiserem ir, estarão liberados para sair da escola. Irei mandar dois ou três professores acompanhá-los.

– Obrigada professor. - disseram as duas em unissoro.

– Estejam prontas amanhã as 9h da manhã. Podem ir meninas.

Após as duas saírem eu chamei um elfo novamente, pedindo que chamasse desta vez, Severus. Planejava mandar Minerva, Severus e dependendo do número de pessoas, Professora Sprout. Cornélius estava realmente com os nervos a flor da pele, como explicar para os pais trouxas da menina que ela havia morrido. Como responder quem era o assassino?

O elfo voltou e disse que Severus não o respondera. Segundo o pequeno amigo, ele estava deitado em sua cama olhando para o teto. Será que aconteceu algo?

Bom, acho que gênios também podem ser conselheiros ou como os trouxas dizem?Um psicólica...não, psicótico...psicologia...algo assim! Levantei de minha cadeira e me encaminhei até minha lareira. Peguei um pouco de pó de Flu e me dirigi ao quarto de Severus. Olhei ao meu redor e ele estava deitado na cama, totalmente vestido - que pena.

– Severus meu caro. - eu disse, lentamente. – Algumas vezes a melhor opção que nos resta é desabafar. E eu creio que sou uma das poucas pessoas que poderá, digamos, lhe ouvir nesse exato momento.

Ele me encarou por um tempo. Realmente havia algo errado, pois sua expressão não estava raivosa, irritava ou entediada, como de costume. Estava mais para...Perdida.

– Eu não estou entendendo Dumbledore.

– Me diga o que. – me sentei na poltrona ao lado da cama.

– Eu não consigo me controlar. – ele estava muito hesitante para falar, como se não quisesse verbalizar seus pensamentos. Suspirei.

– Severus, mesmo que seja algo quase inconcebível para você, não falar não vai mudar os fatos. Sugiro que fale sem se recriminar.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!

– Eu estou cometendo um crime terrível, contra minha Lilían. – ele disse, depois de hesitar.

– Que crime? – Severus se comportava como um garoto, e pelo visto, terei que me fazer de bobo. Ele tem que aprender a aceitar a verdade, seja ela qual for.

– Dumbledore, eu amo Lilían Evans. - ele ainda se recusa a chamá-la por Potter – E depois de todo esse tempo sendo fiel a ela, eu acabo me deixando levar por uma simples menina. É como se Lilían não existisse quando estou perto dela. Eu sinto coisas...que não deveria sentir por mais ninguém.

– Primeiramente Severus, tire de sua mente que Lilith Devon é apenas uma garota comum. Ela é uma pessoa que certamente, de comum não tem nada. Não somente é uma menina bonita, mas tem uma inteligência sem igual que será de superar-me no futuro, até. Contudo, o que a torna mais peculiar é a forma com que ela leva sua vida. Ela tem um bom coração e ajuda quem precisar sem hesitar. Ela busca se divertir em todos os momentos, e raramente é uma pessoa amarga, triste ou raivosa. Sua felicidade é contagiante. E mais, garanto que o que chama atenção nela para você, é sua capacidade de enfrentá-lo sem medo. E garanto que tem outros atrativos que somente você vê.

– Humpf.

– E outra Severus, e mais importante. É realmente louvável seu afeto por Lilían, mas você não acha que deveria, digamos, se desapegar a ela?

– Onde está querendo chegar Dumbledore? – ele levantou-se rapidamente da cama e me encarou, com os olhos me fuzilando.

– Eu quero dizer que já está na hora de você seguir em frente. Está se comportando como um adolescente mimado que não quer crescer. Você sabe muito bem o que tem sentido pela Srta. Lilith e não quer admitir. Quero que pense se seria o desejo de Lilían que você ficasse preso a ela, nessa infelicidade eterna. Eu espero, – Severus tentou me interromper, porém levantei da poltrona, para dar a entender que não deixaria ele se pronunciar até eu acabar. – que possa estar amanhã às nove da manhã no saguão principal, a fim de acompanhar os alunos para o enterro da Srta. Mariana. Gostaria de ter professores capacitados juntamente com Lilith, para garantir que não aconteça mais nenhum acidente.

E voltei a minha sala pela lareira. Criança mimada precisa ser tratada com severidade.