Pequena Travessa

Capítulo 14 - SEGUNDA TEMPORADA


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CAPÍTULO 3


Tudo bem, eu vi o quanto essa coisa de gravidez era complicada, Alice ficou muito doida, comia igual a um monstro, chorava e ria sem motivo aparente e todo mundo dizia que era normal, que os hormônios entravam em ação e então, a próxima guerra poderia ser anunciada por nada. Ok, era normal. Com as outras! Bella estava tão bem, tão calma, que me perguntei se ela era mesmo normal. Seu último surto havia sido com o cara do carro, há um mês.



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Ela não chorou quando viu os quartinhos dos bebês, não chorou quando viu os sapatinhos e roupinhas que eu comprei... Ela só ria e dizia que aquilo tudo era perfeito de mais. Eu, por outro lado, estava chorando até quando assistia desenho animado. Emmett dizia que ser pai estava me deixando gay. Talvez eu estivesse com algum problema mental, sei lá... Qual homem chora quando vê sua casa recém-comprada? Qual homem recebe um olhar torto da mãe porque pegou um biscoito quente e abre o berreiro? Eu. Sim, eu estava daquele jeito estranho. E doente. Meu estômago estava brigando com algum outro órgão meu e o resultado não estava sendo bom.



Bella não poderia fazer qualquer tipo de esforço e muito menos ficar preocupada com nada, apenas por esses motivos eu aceitei que sua mãe ficasse conosco por um tempo. Renée estava mesmo bem e em nada se parecia com aquela mulher de olhar triste e apagado que conheci. Quando nos juntávamos, havia competição pra vermos quem conseguia contar a piada mais sem graça. Claro que eu sempre ganhava... E minha mãe estava morrendo de ciúmes de minha sogra, por mais que não admitisse. Ela chegou a aparecer em minha casa carregada de coisinhas que eu gostava. Era tão bom ser mimado!



Mais uma vez eu rolei na cama, amaldiçoando meu estômago. Ao meu lado, Bella me observava, sempre perguntando se eu queria alguma coisa, se eu queria ir ao médico... Ela estava preocupada, por mais que eu me esforçasse pra sorrir e dizer que estava melhorando.



— Quer que eu faça um chá ou te traga algum remédio? — sua voz soou até suave e a proximidade de seu corpo me fez levantar e sair correndo para o banheiro. Desde quando Bella usava um perfume tão enjoativo?



Metade do meu fígado foi junto com aquele tanto de coisa nojenta que eu nem sabia que tinha dentro de mim. Sério, o ser humano é muito... Argh! E a droga da tontura veio com tudo quando eu me levantei. Aquilo já estava me deixando nervoso e preocupado com minha saúde. Sempre fui saudável, só fiquei doente quando ainda era criança e minhas dores de cabeça e a revolta dos meus órgãos só acontecia quando eu bebia e isso não acontecia desde que descobri sobre a gravidez de Bella.



Escovei os dentes e tirei aquele gosto de guarda-chuva da boca. Bella me olhava, parada na porta do banheiro e parecia um pouco chateada ou irritada comigo. Ah, que legal! Eu não podia ficar doente!



— O que é? — fui meio rude em minha pergunta, mas não me importei naquele momento. Eu estava irritado.


— Nada, Edward... Não é nada.


Estava clara sua mágoa, ela não fez força pra camuflar o tom.



— Então, já que não é nada, é melhor irmos dormir. Amanhã temos que ir à empresa e sairemos cedo.



Dormir era mesmo a melhor coisa do mundo! Tanto que eu nem queria me levantar e sair na manhã seguinte... Como trataríamos de trabalho, Bella estava vestida de Jasper e eu até consegui rir daquilo. Seu sorriso foi pequeno e de lado, mostrando que a raiva da noite anterior já não existia mais. Senti-me culpado por tê-la tratado daquela forma e acabei por puxá-la pelo braço, deixando que nossos corpos tombassem sobre a cama.



— Me perdoa por ontem? Essa coisa de ter ficado doente está me deixando nervoso, eu não quis ser grosseiro com você.



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— Eu sei que não. Mas me promete que vai procurar um médico? Nós queremos que você fique bem.



Era sacanagem falar aquilo e ainda levar minha mão pra sua barriga, agora um tanto saliente. Será que meus filhos sentiam que eu não estava bem? Eles teriam se comunicado com Bella de alguma forma? Eu já não duvidava de nada nessa vida... Não me assustaria caso Bella dissesse que nossos filhos falaram com ela por pensamento. Tudo bem que eu meio que vi isso em um filme meio estranho de vampiros, mas vai que acontece?



— Não se preocupe, ok? Prometo que se eu não melhorar, procuro um médico.



— Tudo bem, senhor Cullen. Confio no senhor.



Porra, Bella! Falar meu nome daquele jeito libidinoso e ainda vestida de Jasper! Ela queria minha morte!



— Se eu te pegar lá na minha antiga sala, não reclame!



— Conto muito com isso, senhor Cullen.



Ok! Ela queria minha morte mesmo! E eu não deixaria por menos... Bella estava gostosa pra caralho, tinha mais bunda e peito, sem contar as coxas mais roliças. Agora que eu não tinha que ficar quatro dias por mês sem sexo, meu tesão parecia ter aumentado muito... Todo dia não era o suficiente.



Mas eu deixei pra pensar naquilo depois, quando estivéssemos livres de toda aquela burocracia chata... Eu teria que passar meu cargo de vice-presidente da empresa e confesso que pouco me importava quem assumiria dali pra frente, eu só rezava pra que o infeliz se lascasse tanto quanto eu. Ah! Ele teria que comprar outro sofá, porque aquele que estava em minha sala seria levado pra minha casa. Ele me trazia boas lembranças.



Meu pai já estava nos esperando quando chegamos e ignorei o olhar estranho que ele nos lançou quando viu Bella vestida de Jasper. Ela estava ali como meu assistente e teria que se vestir como tal. Ponto. Sem explicações.



Ao chegarmos à sala de reuniões, explodi em uma gargalhada quando vi Emmett com a expressão desolada. Ele estava fodido! Se antes ele já não conseguia fazer um filho em Rose, agora então...



— Isso! Ri da minha desgraça, seu filho da puta! — ele gritou, dando um quase soco na mesa.



— Emmett, somos filhos da mesma mãe... Não xingue dona Esme assim, sem motivos... Xingue nosso pai, foi ele que te escolheu.



— Não posso fazer isso, ele paga meu salário.



Sim, Emmett estava lascado! Meu pai arrancaria muito mais sua pele.


Todo o falatório começou, papéis iam e vinham e eu queria que aquilo acabasse bem rapidinho... Meu sofá me aguardava e Bella estava contribuindo muito pra que meu tesão aumentasse mais ainda... A diaba fingia prestar atenção ao que estava sendo dito, mas sua mão estava em minha coxa, subindo, descendo, apertando... Eu a comeria ali mesmo, na frente de todos, se ela não parasse com aquilo.


— Então é isso. Edward está finalmente fora da empresa e a partir de hoje Emmett é o nosso mais novo vice-presidente. — meu pai sentenciou pouco ligando pra opinião de meu irmão. Ele era assim; escolhia e os outros que se lascassem.



— Nossa! O senhor não sabe como isso me deixa infeliz, pai! Mas tudo bem, já que eu estou aqui, verei o que posso fazer com essa porra de empresa.



— Empresa essa, que ganha dinheiro pra cacete a cada ano, filho querido... Empresa que te deu uma boa vida, filho da mãe. Empresa que bancou suas viagens, suas bebedeiras... Empre...



— Ok! Se lamentar não vai mudar o fato de que estou puto com o senhor. Qualquer um desses caras sentados aqui poderia ocupar o cargo melhor do que eu, mas tudo bem! Eu não preciso viver, eu não preciso transar com a minha mulher, eu...



— Emmett! — o grito de Rose interrompeu aquele belo discurso e me deixou frustrado. As coisas estavam ficando boas ali...



— Bem, tudo resolvido, certo? Agora, me deem licença que eu preciso da minha mulher, se é que me entendem. Adeus! Adeus! Adeus!



Saí da sala quase cantando mesmo. Era muita felicidade pra um homem só! Livre! E por mais que fosse meio gay, saí gritando I want to break free pelo corredor. Bella ria e dizia que eu não precisava mais cantar aquela música, mas era uma coisa meio subliminar... Na verdade, eu queria libertar meu amigo de dentro das calças. E bem, Queen não era algo másculo, de qualquer forma.



Entrei em minha antiga sala e ri ao olhar para o aviãozinho sobre a mesa. Aquele dia tinha sido muito doido... Bella sorria quando veio até mim, jogando a chave em qualquer canto e mostrando o quão péssimas eram suas intenções.



— Alguém prometeu me pegar bem aqui... Estou esperando.



Eu ri. Mas ela faria todo o trabalho por mim... Era bom vê-la tirando as roupas.



— Estou cansado. — andei até o sofá e me joguei ali, colocando as mãos atrás da cabeça.



— Tsc tsc tsc... Sinto muito pelo senhor, mas acho que seu cansaço vai piorar um pouco.



Nem preciso dizer que gemi alto com aquilo, preciso? A cachorra estava se divertindo com a brincadeira. A primeira coisa que caiu no chão foi o pano que cobria seus cabelos longos e uma imagem completamente pervertida nublou meus pensamentos: Bella por cima de mim e seus cabelos longos lhe caindo pelas costas. Só. Porra, eu ficava doido com isso. A camisa de mangas compridas e a calça meio larga tiveram o chão como destino também e eu vi que estava completamente perdido.



Os seios enormes — obrigado por isso, filhos — quase saltavam do sutiã um tanto pequeno, a calcinha era mínima e eu me perguntava quanto tempo mais aquela brincadeira duraria... Sem querer esperar mais, me sentei e abri rapidamente os botões da minha camisa e abri minha calça, não me importando com a risada de Bella. A diaba não ia me enlouquecer... Não ia não.



Tirei meus sapatos pelo meio do caminho, quase caindo por ter me esquecido de tirar a calça. Eu estava necessitado! Qualquer um esquece alguma coisa num momento como aquele!



— Tire essas meias, pelo amor de Deus! Eu não vou transar com um cara que está de meias! É ridículo!



Bufei e parei pra tirar as meias. Bella não me deixaria mesmo chegar perto dela usando aquilo... Uma porra de um detalhe! Um par de meias servindo de empata foda! Eu mereço muito a mulher que tenho. Mereço sim.



— Tire o sutiã e a calcinha! Eu não vou transar com uma mulher que veste isso!



Ok, eu estava sendo infantil, mas não resisti.



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— Tire pra mim, meu senhor Cullen.



Ela queria brincar? Tudo bem... Eu sabia brincar também.


Demorei quase um minuto inteiro pra me aproximar e quando o fiz, desviei de seu beijo, me concentrando em seu pescoço, deixando beijos molhados e mordidas leves. Por mais que minha vontade fosse apertar seus seios com certa brutalidade, me controlei e o fiz de leve, me lembrando de quando Bella disse que estavam doloridos.


Os gemidos baixos e as unhas quase me arrancando a pele dos ombros era um incentivo e tanto... Sem querer, acabei arrebentando o sutiã de Bella e mais uma vez, me controlei pra não ser bruto e machucá-la. Assim, não suguei seus seios com a avidez de sempre, apenas passei a língua, lambendo tanto quanto poderia. Sorri quando meus cabelos foram puxados com força, Bella estava gostando daquela coisa delicada.



— Porra, Edward! Você está sendo tão fodidamente perfeito!



Então eu estava sendo bom pra caralho! Bella sempre encontrava algum defeito, sempre reclamava de alguma coisa...



— Se me beijar, você fica sendo fodidamente perfeito pra cacete.



Eu não falei? Sempre tem alguma coisa!



A peguei no colo e nos levei até o sofá, agradecendo a Deus por não ter tropeçado pelo caminho. Minha ideia de uma transa animal tinha ido para o ralo; Bella estava tão... Meiga! Ela merecia um pouco mais de carinho, não merecia?



— Você não vai me beijar? Eu quero que você me beije. — e lá estava ela, sussurrando de um jeito completamente fofo e fazendo bico. Esqueci até do quanto eu estava duro ali.



— E por que você não me beija? Eu já estou tendo um trabalhão aqui, sabia? — apontei pra baixo com a cabeça e Bella riu meio de lado, me deixando completamente idiota.



O que veio a seguir me pegou de surpresa. Bella atacou meus lábios sem dó, puxando entre os dentes, mordendo, chupando minha língua e fazendo coisas bem sugestivas. Minhas mãos seguraram forte seu quadril enquanto ela rebolava, causando uma fricção boa demais pra ser negligenciada.



— Hum... Eu não quero assim, senhor. Me pegue forte. Por favor, senhor Cullen. Agora, de preferência.



Porra! Mil vezes porra! Eu estava até tentando ser legal ali, mas daquele jeito, ficava bem difícil!



— Não vou te machucar? — oh, sim! Eu ainda pensava!



— Não vai. Só faça. Forte e duro, ok?



Ah, mas eu estava mais duro que pedra! Ela nem precisaria pedir outra vez!



A coloquei de joelhos no sofá e não resisti quando vi aquela bunda redondinha clamando por atenção... Minha mão acertou em cheio o lado direito e Bella gemeu, pedindo por mais. Cachorra! Minha mulher era demais! Mas eu também não entraria naquela onda... Acabaria virando espancamento e eu não curtia aquele tipo de coisa.



Juro que ouvi meu amigo agradecendo quando o libertei do aperto da cueca.



— Edward, é pra hoje, amor! Tipo, pra dez minutos atrás!



Ok. Ela que não reclamasse depois... Afastei aquilo que ela chamava de calcinha e invadi seu corpo sem dó, enrolando minha mão naquele cabelo que seria minha perdição se fosse um pouco maior. Quando ele chegasse até a altura da bunda de Bella, eu enlouqueceria de vez.



Os gemidos altos não poderiam ser contidos nem se quiséssemos. E não queríamos mesmo! Os movimentos dos quadris de Bella e os meus, causavam um barulho bom pra cacete. Barulho de gente feliz e transando.



Meus olhos cresceram quando Bella arqueou a coluna demais. Ela ia quebrar bem ali, na minha frente. Se virasse a cabeça igual a da menina do exorcista, eu a largaria ali mesmo e correria mais que bandido fugindo da polícia.



Não me surpreendi por termos terminado cedo demais, estávamos nos segurando há muito tempo e bem, pouco mais de cinco minutos de vai e vem estava de bom tamanho pra um caso como o nosso.



Bella fez uma careta enquanto se vestia e aquilo me deixou preocupado, por mais que ela tivesse tentado disfarçar.



— Eu te machuquei, não foi?



— Claro que não, retardado! É uma dorzinha gostosa, não se preocupe, ok? Se a gente se aproveitar das maravilhas dessa posição mais vezes, garanto que não sentirei mais nada.



Mesmo não acreditando naquilo, preferi não perguntar mais nada. Acabaríamos por brigar e eu não queria mesmo que Bella se alterasse.



— Estou com uma fome desgraçada. Acho que meu estômago vai comer meu fígado daqui a pouco. — comentei como quem não quer nada, mas doido pra Bella querer ir logo pra casa.



— Você anda muito esfomeado ultimamente, Edward... E está engordando também.



Preferi ignorar o comentário. Se eu fosse começar a falar do quanto ela estava mais cheinha, as coisas ficariam sérias por ali. Muito sérias.


Ao chegarmos à nossa casa, agradeci por Renée ter feito o almoço. Não que fosse obrigação sua ou qualquer coisa assim, tínhamos uma empregada por lá, mas ela gostava, dizia que era bom ter algo com o que se ocupar. Eu ainda não confiava muito em seu estado mental, por isso, sempre esperava alguém comer e só depois de notar que não havia ninguém espumando, eu comia.


Tomei um banho rápido e esperei por Bella, que estava em dúvida sobre o que vestia. Eu estava muito confortável em minha calça velha e casaco meio rasgado.



— Vai trocar de roupa depois? Vamos acabar nos atrasando, Edward! Se vista logo!



Eu estava perdido ali, sem entender o que Bella dizia. Atrasar pra quê, meu Deus?



— Você realmente se esqueceu da consulta de hoje? Veremos se já dá pra ver o sexo dos bebês!



Bufei e peguei outra roupa, mal me importando se aquela merda estava amarrotada. Eu queria tanto dormir... Seria muito bom mesmo.



— Edward! — minha sogra quase me abraçou quando me viu. Juro. — Fiz a torta de ca...



— Camarão, eu sei. O cheiro está me...



E eu nem consegui terminar de pensar. Tive que correr até o banheiro mais próximo e coloquei tudo pra fora. Eu amava torta de camarão, mas aquilo me deixou tão enjoado, que eu pensei que estivesse podre ou algo assim.



Bella apareceu dois minutos depois e se ajoelhou ao meu lado, segurando minha testa. Sério, ela não precisava mesmo ver aquilo.



— Melhor?



Apenas assenti com um aceno e aceitei sua ajuda pra levantar. Aceitei também o enxaguante bucal. Com certeza eu era o ser humano que mais fazia uso daquilo nos últimos tempos...



— Minha mãe está preocupada, Edward... Vamos a um médico hoje, por favor? Podemos ir depois de sairmos da consulta com Leah.



Apenas concordei. Eu não estava mesmo bem. E também me amaldiçoei por questionar as faculdades mentais de minha sogra; aquela mulher era um gênio! Pensando na filha, claro, ela já tinha deixado uma sopinha preparada e até que me fez bem. Pelo menos meu estômago não a rejeitou.



Deixei que Bella dirigisse meu precioso carro até a clínica onde ficava o consultório de Leah. Agora eu não precisava mais me preocupar com o carro saindo da pista; Bella estava mais cuidadosa por conta de nossos bebês. E eu até estava pensando em comprar um carro pra ela, daqueles bem grandes e espaçosos.



Minha diversão enquanto esperávamos nossa vez era ver as caras desesperadas das mulheres e homens que saíam do consultório. Teve um cara que dizia não acreditar que ele e a esposa estavam inteirando o quinto filho. Puta merda! Esse tem a mira boa pra cacete!



— Será que esses danadinhos vão nos mostrar alguma coisa hoje?



— Acho que não, Bella. Você nem completou quatro meses ainda... Não dá pra ver.



— Sei lá! São nossos, podem ser mega bem desenvolvidos.



— Amor... Sua barriga está aparecendo agora... Não seja doida, sim? Quem sabe na próxima consulta?



— Eu queria que desse pra ver hoje... Estou tão ansiosa pra ver a carinha deles, saber quantas meninas e meninos...



— Eu acho que são três meninos. Acho não, tenho certeza.



Bella apenas me sorriu e logo fomos chamados. Leah nos recebeu com um sorriso no rosto, bem típico de sua profissão mesmo. Sabe aquela coisa mecânica? Ela parecia ter uma boca postiça, só pra rir para os outros.



Respondemos a uma série de perguntas antes de Bella ser levada para a sala ao lado, onde seria feito mais um ultrassom. Eu ainda ficava retardado com o som daqueles coraçõezinhos batendo tão rápido e forte.



— Esses bebês já são quase adolescentes, hun? Aproximadamente 89mm! Enormes, papais!



— Não é muito pequeno não? — eu perguntei, realmente assustado com aquilo.



— Até agora, não. Obviamente eles não nascerão enormes, como já expliquei antes, mas o tamanho dos três está de acordo com o tempo de gestação. E eles pesam de doze a quatorze gramas.



— E isso está correto, certo?



— Perfeitamente correto, Edward. Tudo em ordem com a mamãe e os bebês.



— E quando saberemos o sexo? Estou ansiosa por isso, Leah!



— Talvez em sua próxima consulta. Mas eles têm que colaborar também! São três aí dentro e eles podem ficar envergonhados de se mostrarem para os irmãos. — nós rimos — Não se preocupe com o tamanho da barriga, ok? Ela vai aparecer e você vai se assustar.



— Eu acho que está tão pequena... Estou mesmo preocupada com isso. Eles não estão amassados aí dentro?



— De forma alguma. Eles estão perfeitamente bem acomodados. E com relação ao tamanho de sua barriga... Mulheres chegam aqui aos dois meses de gestação com uma barriga realmente proeminente, daquelas que não dá pra negar que é barriga de grávida, e juram que tem dois bebês ali dentro, quando só tem um. Você verá como sua barriga vai estar grande até a próxima consulta.



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Eu fiquei mais tranquilo ao ouvir aquelas coisas. Era tão interessante! A gente vê uma mulher grávida e não imagina as coisas que acontecem dentro do útero, como é o desenvolvimento e tudo mais, mas depois, quando chega nossa hora de ser papai e passamos a participar de tudo aquilo, descobrimos um mundo totalmente novo. E incrível. Mas eu não deixaria de chamar Bella de cachorra e tantos nomes mais enquanto transávamos, só porque ela virou um ser quase sagrado e capaz de abrigar três vidas dentro de si.



De volta à sala, sentamos e esperamos pela enxurrada de recomendações e exames.



— Pois bem, até aqui, tudo ótimo com vocês, mas podemos deixar melhor. Exercícios físicos, ok? Hidroginástica é a melhor opção. As vitaminas estão surtindo efeito, mas não deixe de tomá-las, ok? É importante para você e para o desenvolvimento dos bebês. — assentimos — Aqui estão os pedidos de exames e...



E ela ficou falando por mais não sei quantos minutos. Dava agonia de saber que Bella poderia ter diabetes, pressão alta e tantas outras coisas. O ideal seria também, que a gravidez seguisse até 37 semanas e Bella jurou que manteria as pernas fechadas até esse tempo. Eu contava mesmo com isso! Quer dizer, que as mantivesse fechadas para nossos bebês não nascerem muito antes, mas pra mim, ela poderia deixá-las abertas um pouco.



— E os enjoos? Como está essa parte? Você não me relatou isso em sua última consulta.



— Eu não tive e nem tenho, Leah. Enjoos, tonturas, dores nas costas, dor de cabeça e nem o sono é tão excessivo quanto antes. Também não estou irritada e nem louca com os hormônios.



— Absolutamente nada? Mesmo? Bons bebês o de vocês!



E foi aí que Deus falou comigo e me mostrou a luz no fim do túnel. Claro que Bella não tinha nada daquilo... O filho da mãe aqui estava sentindo tudo por ela. Mas que porra!



— Opa! Eu acho que tem coisa errada aqui...



E então eu relatei tudo à Leah, que fazia anotações e dizia que eu não estava louco. Bella me olhava como se eu fosse mesmo um.



— Edward, eu não digo que é comum esse tipo de coisa, mas acontece mesmo de o pai ter os mesmos sintomas que a mãe. Quando um homem está tão envolvido quanto você está com essa gravidez, pode ocorrer. Não se preocupe, isso passa.



— Tudo bem. Mas se começar a sair leite do meu peito, a porra vai ficar séria!



As duas começaram a rir, mas Leah me garantiu que aquilo não aconteceria.



Bella não parava de sorrir depois que saímos do consultório. Ela apertava minhas bochechas e dizia que eu era perfeito por estar participando, por estar dividindo tudo mesmo. Beleza, eu poderia aceitar aquilo, mas se eu sentisse dor de parto ou se eu menstruasse depois, a porra ia ficar mais séria do que seria se saísse leite do meu peito. Dizem por aí que todo homem tem seu lado feminino, mas assim já é demais também! Só me faltava pedir massagem nos pés e dizer que o peso estava me matando!



— Edward... Eu acho que estou com desejo.



Parei o carro imediatamente. Desejo de mim ou de comer outra coisa? Eu estava ali, só esperando.



— O que você quer? Eu reviro o mundo e acho o que for.


— Bobo... Eu quero waflles com muita calda e sorvete e mostarda. Hum... Mostarda! Estou salivando.


Ok... Quem seria eu pra dizer que aquilo era nojento?



Estacionei no primeiro Café que encontrei e Bella saiu muito feliz e saltitante, me beijando e agradecendo pelo caminho.



A garçonete olhava espantada pra Bella, querendo uma confirmação do pedido. Três porções de waflles já era muita coisa, mas pedir todas as caldas, cinco sabores de sorvete e um vidro de mostarda, era muito mais do que muita coisa. Era nojento.



— Está esperando o quê, minha filha? Eu estou grávida! Tem três bebês aqui dentro! Três bebês! Cada um quer comer uma coisa! Vamos! Três bebês!



— Bella, chega! Parece até a Rochelle gritando alucinada que o marido tem dois empregos! A moça já entendeu.



A menina correu pra longe de nós, muito assustada com tudo aquilo.



— Muito infantil de sua parte admitir que assiste ao Everybody Hates Chris, Edward. Muito infantil.



— Ah, Bella! Você também assiste. E eu só comprei os DVD’s da série porque você me pediu.



O bico que ela fez foi maior do que enorme, mas isso não me assustou... Foi só eu chegar mais perto e perguntar como estavam os bebês do papai que tudo ficou azul outra vez. Mulheres... Eu não sei você, mas eu amo a minha. Rá! Achou que eu ia dizer que elas são loucas, hã?