The Game

(16) Então acho que é isso que eu quero de você.


Congelo e vejo Malfoy atrás dela ainda sem entender o que estava acontecendo.

- Como é? – Perguntou Harry confuso e olhando para mim.

Se eu já estava vermelha de vergonha eu fiquei trezentas vezes mais ao ver que Malfoy gargalhava. E fui para cima dele.

- Por que – Eu falava tentando bater na cara dele, porém o garoto era muito maior que eu e o que eu conseguia era apenas bater em seu peito –você- bati outra vez- disse isso?

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- Espere, é verdade? – Harry perguntou enquanto Gina colocava a mão no estomago e parecia que iria vomitar.

- NÃO! – Gritei virando para olha-los. Mas mesmo se fosse verdade, o que eles tinham a ver com a minha vida?

- Ela quis dizer que sim. – Malfoy disse sorrindo.

- Eu quis dizer que não. – Disse o olhando irritada.

- Sim. – Ele disse.

- Não. – Eu disse.

- Não. – Ele disse.

- Sim. – Eu disse e Malfoy abriu um sorriso – Quer dizer, não.

-Gina – Harry falava – Pergunte a Hermione.

Meu coração gelou. Não queria aquilo da dor de garganta em mim novamente.

- Hermione, amiga. Eu vou te perguntar e você vai ter que responder. Tudo bem?

- Não. Você não acredita em mim? Nenhum dos dois? Precisam usar isso desse “jogo” para ter certeza de algo que na realidade nem é da conta de vocês? – Eu estava irritada e, mesmo só tendo dormido ao lado de Malfoy na noite passada e nada a mais, eu não iria responder a pergunta. Não iria, pois, como meus amigos eles deveriam ter confiança em mim. Eles não me responderam. – Ótimo, consigo ver Hogwarts daqui, não preciso que ninguém vá mais comigo. – Disse isso e sai andando rápido, mesmo com a minha perna ainda dolorida, deixando eles para trás e bufando de raiva.

- Teve bons sonhos? – Ouço uma voz dizer ao meu lado, viro-me e vejo Malfoy praticamente correndo para me acompanhar.

- Sai daqui.

Mas ele continuou do meu lado –mesmo comigo o ignorando o tempo todo- falando coisas sem sentido como “Granger, acabei de bolar uma cantada. Escute, me chame de Dementador, que eu te mostro meu beijo fatal.”

Cheguei a Hogwarts e logo após cheguei ao meu quarto, Malfoy ainda me seguia, mas, antes dele entrar no quarto eu fechei a porta na sua cara. Estava cansada de todos eles.

Olho-me no espelho na esperança de ver a pessoa mais horrível no mundo, porém não a encontro. A maquiagem e o cabelo que eu havia feito há um dia ainda permaneciam impecavelmente belos. Apenas as minhas roupas e a grande “bola” vermelha na minha coxa denunciavam o que passei na noite anterior. Deito-me na cama e logo vejo um pergaminho em cima do travesseiro. Abro-o e o leio.

“Eu lhe entendo, lhe entendo perfeitamente. Ainda mais por não ter conseguido lhe dar explicações, mas, por favor, Mione, deixe-me falar com você hoje à noite.

Encontre-me na frente da sala precisa, às 20hrs.

Rony”

Amasso o papel e o jogo no chão, mas logo penso se deveria ir ou não. Decido ir, porém só seria mais tarde. Ouço Malfoy bater na porta.

- Ainda está zangada? – Ele diz do lado de fora da porta. Não respondo. – Escuta, sabia que o salão principal abriu sozinho logo depois que fomos embora? O testa rachada que falou. Acho que realmente tem algo nos controlando e queren... – Ele falava, mas eu o interrompi.

- O que quer de mim, Malfoy? – Perguntei com a voz baixa e entrando num assunto totalmente diferente.

- Como assim? – Ele pergunta confuso

- Nós nos beijamos ontem. – Eu admiti.

- Sim.

- E?

- “E?” O que, Granger?

- Escute – digo enquanto me aproximo da porta e falo, permanecendo com ela fechada- Não sou igual a todas essas meninas que você “pega”, Malfoy.

- Eu sei.

- E? – Eu repito.

- “E?” O que, Granger? – Ele repete.

- Você não entende.

Respiro fundo. Passam-se minutos até que eu fale novamente e passo a achar que ele já saiu dali.

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- Malfoy? – Pergunto.

- Sim – Ele responde, mostrando que ainda esta ali.

- Me responda de novo... – Vou dizendo e já sei a resposta. Sei que ele quer que eu seja só mais uma de suas garotas. Apenas uma diversão enquanto ele fica preso em Hogwarts. - O que você quer de mim? – Faço a pergunta novamente.

- Você, por completa. – Ele responde baixo e eu balanço a cabeça.

- Eu não acredito e muito menos confio em você.

- E eu estou tentando mudar isso.

- Falando para Gina que nós dormimos juntos?

- Eu tinha acabado de acordar, nem sabia o que eu estava falando.

Fico em silêncio.

-Desculpe-me. Não deveria ter dito aquilo.

- Não, não deveria. – Digo e deito na minha cama. Passou um tempo até que ele falar novamente.

- E você, Hermione. O que você quer de mim? – Ele pergunta e eu fico em silêncio. Logo lembro que ele me fez uma pergunta e ponho as mãos no pescoço.

- Eu não sei. – Digo e a dor passa.

- Acho que eu devo contar uma história. – Ele disse.

Fico em silêncio.

- Tudo bem – Ele continua- Vamos voltar alguns anos quando eu descubro que o Weasley estava namorando com a Brown. Sei que eu disse que passei a te notar depois daquele soco que você me deu, mas não é totalmente verdade. Eu percebi que sentia algo em relação a você ao ver como você lidava com o relacionamento dos dois. Uma vez estava passando ao seu lado e você logo viu eles dois aos beijos e sussurrou algo como “preciso vomitar”. Eu odiava o que ele fazia com você. Ele te fazia sentir ciúmes, pois você o amava. E eu sentia... Ciúmes, ciúmes de você, por que eu... Eu... Enfim. Aquela vez que você estava sentada na escada, logo após vocês terem ganhado o jogo de quadribol, e os viu aos beijos, aquela vez que depois o Potter apareceu, lembra? Eu tinha feito um feitiço para que eles aparecessem ali onde você estava, pois eu queria que você visse o quanto ele não te merecia.

- Você fez o qu... – Eu falava, mas ele me interrompeu.

- Espere. Eu tinha planos para nós dois, Hermione. Eu tentei me aproximar de você, mas você sempre estava na cola dos dois, e sempre acabávamos brigando. Mas ainda tinha isso de eu ser um Comensal da morte, coisa que eu nunca quis. E, vendo o quanto você tinha um futuro lindo pela frente, com toda a sua inteligência e todo o resto eu decidi te deixar livre, entende? Mesmo que fosse com o Weasley você teria um futuro melhor com ele do que comigo. Eu estava condenado. Foi difícil chegar a essa conclusão. – Ele fez uma pausa e voltou a falar – Por outro lado houve uma vez em que eu ajudei a salvar a sua vida. Lembra quando você ficou presa na mansão dos Malfoys com o Potter e o Weasley? É claro que sim. Eu me odeio até hoje pelo o que eu vi você passar, mas, como você acha que Dobby sabia a hora de aparecer? Ele foi meu Elfo, Granger. Ele deixou de pertencer ao meu pai, é verdade, mas eu nunca cortei nenhuma ligação com ele. Ele foi um grande amigo meu também, mesmo nunca tendo demonstrado isso. Quando Bellatrix apareceu eu o chamei. Havia combinado com ele umas duas semanas antes de que se eu precisasse de ajuda eu o chamaria, no caso quem precisou foram vocês, mas ele percebeu isso rápido. Te ver chorando foi horrível e eu não sei como aguentei. Na mesma noite eu tive uma briga com a minha tia e ela percebeu que eu sentia algo por você, nem que fosse um sentimento de amigo, mas ela sabia e falou que o “Lord” iria saber desse meu “ponto fraco”. Na hora em que Voldemort “anunciou” a morte de Harry e eu fui me juntar a ele e todos aos outros comensais eu fui não só por não ter motivos de continuar naquele castelo, mas também por medo de te machucarem e pela certeza de que eu deveria deixar você livre, que você merecia um futuro bom, coisa que eu não poderia lhe dar. Você foi o meu primeiro amor, e o único. Então acho que é isso que eu quero de você.

Era muita coisa para assimilar, porém a única coisa que consegui fazer foi abrir a porta devagar e dar de cara com o garoto mais lindo desse mundo. O abracei e recebi seu abraço de volta. Soltei-me de seus braços e o olhei nos olhos.

- Você é lindo. – Admiti depois de anos e anos com o mesmo pensamento. Como resposta, Malfoy tocou levemente o meu queixo e logo depois me beijou. Não havia palavras para descrever o que o seu beijo fazia comigo.