Pouco Além (A Harry Potter Story)

Encarando o Inimigo Desconhecido


Do lado de dentro, Matt e Bill conseguiram abrir caminho entre a neve, enquanto Fleur e Thaila desobstruíam as janelas. Harry, Rony e Hermione ajudaram do lado de fora, enquanto Luna e Gina foram ao quintal para auxiliar o Sr. Weasley, Percy e Jorge.

Quando Bill e Matt os alcançaram, após um bom tempo, Harry se pôs a explicar sobre Kaebi.

— Do que está falando? – disse Bill, quando Harry informou que Kaebi batera em retirada. – Ele está bem ali!

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Harry se virou. A neve vinha se erguendo num pequeno tufão pelo jardim, e Kaebi vinha à frente, conduzindo-o.

Thaila e Fleur chegaram, e Harry foi atrás de Rony e Hermione, que deviam estar removendo a neve, enquanto Bill e Matt tentavam fazer Kaebi retroceder. Harry alcançou os fundos da Toca, e avistou Rony e Hermione, que ajudavam Gina e Luna a fazer a neve descer.

Jorge e Angelina conseguiram resgatar do quarto de Jorge uma caixa de esquecida de bombinhas, e usaram-nas para afastar a neve. Foi então que Rony teve a idéia.

— Ei! Vamos jogar as bombinhas no Kaebi! – ele sugeriu. – Assim vamos dissipar a neve dele!

— Podíamos usar as vassouras – acrescentou Gina -, para disparar sobre ele.

Puseram o plano em prática. Percy trouxe as bombinhas, enquanto Harry, Rony, Gina, Jorge e Angelina montavam em suas vassouras. Todos eles colocaram cuidadosamente as bombinhas nos bolsos e voaram para o jardim.

Bill, Fleur, Matt e Thaila conjuravam Feitiços Escudos para deter a neve espalhada pelo tufão de Kaebi. O bruxo estava tão empenhado em derrubar o quarteto que não notou o grupo de vassouras emergindo dos fundos.

Eles atiraram as bombinhas. A neve foi se afastando da Toca, e Kaebi, pego de surpresa, correu para longe das bombinhas, mas Harry, Rony e Gina passaram a mirar feitiços nele. Bill e Matt também atacavam por terra. Kaebi tentava erguer mais muros de neve em torno dele, mas as bombinhas de Jorge e os feitiços lançados contra ele impediam a neve de se juntar no ar.

Como numa última tentativa, Kaebi ficou de frente para seus atacantes, para combatê-los. Foi seu grande erro. Nesse instante, ele recebeu um ataque triplo do ar, de Harry, Rony e Gina, e do chão, lançado por Matt, Thaila, Fleur e Bill.

Kaebi foi jogado sobre a neve e caiu espalhando poeira pra todos os lados. Bill e Matt foram até ele.

— Morto – disse Bill após averiguar o corpo.

Harry, Rony e Gina desceram das vassouras.

— Grande ideia, Rony – disse Hermione, se aproximando com Luna.

— Digna de auror, não acha? – disse Rony, não notando os olhares incrédulos de Harry e Matt.

— Mais um! – exclamou Thaila, juntando-se ao grupo. – Deus, eu achei que eles tivessem tirado férias ou algo do gênero.

— Fala sério, Thaila – disse Matt, agitando a varinha do pai nos dedos. – É uma característica dos Guerreiros do Apocalipse. Agem quando menos esperamos.

...

...

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Percy comunicou Kingsley do ocorrido, e um destacamento dos Aurores levou o corpo de Kaebi. O recesso de Natal terminou, e todos voltaram às suas funções habituais no Ministério. Hermione seguia defendendo os casos dos elfos, e Harry e Rony tiveram a oportunidade de demonstrar como agir numa missão de Auror: um membro mais graduado do setor iria conduzi-los em algum tipo de missão de reconhecimento. Por sorte, Matt Stick foi designado para instruir os garotos.

— Procuramos mais informações sobre os Guerreiros do Apocalipse – explicou ele aos garotos. – Eles passaram muito tempo desde o verão no silêncio, até o Kaebi surgir. Isso me leva a crer que estão planejando algo. Precisamos descobrir mais atos característicos da irmandade para prever seus próximos passos. Vou levá-los a um local onde acho que teremos acesso a essas informações.

— Onde? – indagou Harry.

— Em Hogwarts – respondeu Matt. – A biblioteca possui livros interessantes na seção restrita. Podemos pedir permissão à profª McGonagall...

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Nesse instante eles ouviram passos no corredor da seção de Aurores. Era Hermione com sua bolsa vindo em direção a eles.

— Ah, Hermione – disse Matt. – Estamos...

— Já sei da missão – disse ela. – O chefe do Departamento quer que eu faça uma inspeção nas cozinhas de Hogwarts. Ele permitiu que eu fosse com vocês.

— Melhor assim – disse Matt.

— Quatro mentes pensam melhor do que três – disse Harry.

Os quatro usaram Pó de Flu para chegarem a Hogsmeade (apesar dos protestos de Harry) e entraram em Hogwarts. Foram saudados por Hagrid a caminho do castelo, e rumaram para a sala de McGonagall. A diretora deu-os permissão para entrar na seção restrita e os dispensou.

— Me fez lembrar meu tempo de escola – disse Matt, sorridente, enquanto seguiam para a biblioteca. – Ela nunca me daria permissão para ir à seção restrita se eu ainda fosse aluno.

— Por quê? – quis saber Hermione.

— Meu comportamento não era, hã, dos mais exemplares – disse Matt. – Se querem uma prova disso, posso argumentar que foi Bill quem ganhou o distintivo de monitor e não eu. Mas ele jura de pé junto que eu não cheguei aos pés de Fred e Jorge.

Harry, Rony e Hermione riram disfarçadamente. A lembrança de Fred ainda era presente neles, mas os três pararam de rir ao avistar o olhar severo de Madame Pince a porta da biblioteca. Matt mostrou-lhe a autorização de McGonagall, que ela aceitou com relutância, e os quatro entraram.

Vagaram pelas seções, e encontraram Luna e Gina na seção de livros de feitiços. Gina virou-se e disse:

— Olá, pessoal – e beijou Harry (Rony desviou os olhos rapidamente). – Fazendo um tour?

— Mais ou menos – disse Matt. – Buscamos livros sobre os Guerreiros do Apocalipse. A profª McGonagall me garantiu que acharíamos algo de produtivo na seção restrita.

— Portanto, garotas, se virem algo suspeito, nos chamem – disse Hermione, piscando para Gina e Luna.

— Podem deixar – garantiu Luna.

Chegaram à seção restrita e checaram os livros indicados. À medida que Matt lia, porém, ficava mais intrigado.

— Não entendo... Isto é o que eu encontro nos arquivos do Ministério. Já sabemos sobre isso tudo...

— Espera – disse Harry. – A profª McGonagall não sabe dos arquivos. Ela nunca nos mandaria para cá se soubesse.

— É claro! – Matt bateu na própria testa, largou o livro que examinava e olhou para o chão. Em seguida ergueu os olhos para os garotos. – OK, galera, temos um problema. Se nem em Hogwarts podemos encontrar dados dos Guerreiros do Apocalipse...

— Quer dizer que eles estão lidando com algo que não conhecemos – disse Hermione.

— Exato – disse Matt. – Enfim, pessoal, estamos encarando o desconhecido. Vamos embora, tenho de falar com Kingsley.

— Vão à frente – disse Hermione. – Vou verificar as cozinhas e depois volto.

Ela se despediu e os outros três voltaram ao Ministério.

...

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Na Casa do Juízo, Excelência estava em pé, diante de seu trono. Às suas costas, o Mestre andava de um lado para o outro.

— Excelentíssimo senhor – falou cautelosamente o Mestre -, o que Pegasus deve fazer agora, já que Kaebi foi derrotado?

— O que ele deve fazer? – indagou Excelência, parecendo surpreso. – Ele deve manter o sigilo sobre o plano, e ficar no Egito com seus subordinados. Isso inclui Kaiba e Ishtar, você sabe. Mas achei que você estivesse mais preocupado com o que você devia fazer.

— O quê? – indagou o Mestre, confuso. – Vossa Excelência, eu já esperava... Que Kaebi falhasse. Não estava... Confiante. Mas eu devo agir, agora?

— Por acaso, está com medo de Potter, Stick, Fadden, Weasley, Granger e Shacklebolt? – zombou Excelência. – Ou dos outros Weasley, Delacour, Longbottom e Lovegood? Eles podem dar trabalho, nós sabemos, mas e se eles se aliarem aos nossos outros inimigos?? Certamente você sabe de quem estou falando, não é, Mestre?

O Mestre suspirou. No Natal, o iraniano Dagaka Kaebi se juntara à lista dos Guerreiros derrotados pelo Ministério; mais precisamente, por Potter e seus amigos. Excelência estava certo: eles sozinhos já representavam uma ameaça, mas podiam ser contidos se os planos de Excelência dessem certo. Porém, os Guerreiros do Apocalipse tinham outros inimigos além do Ministério (apesar do próprio Ministério não saber), e, apesar de estarem na Inglaterra, bastava a Potter, Stick e os outros atravessarem o Atlântico, ou então somente o continente europeu, para unir forças contra os demais adversários da irmandade.

— Mas não estou falando de você, Mestre – disse Excelência, e o Mestre ergueu a cabeça, esperançoso. – Não para você agir por conta própria. Mande mais espiões para vigiar os passos de Potter. Desta vez, que eles só o ataquem quando ele estiver a sós.

— Não tenho certeza se algum dos meus servos seria capaz de executar essa tarefa, senhor.

— Hm – murmurou Excelência. – Deixe-me ver... Então eu mesmo escolherei.