- Starbucks?

- É. Sabe, aquele lugar que você caiu na semana passada e derrubou um monte de papéis e não percebeu que eu estava lá.

Me olhou como se eu o estivesse seguindo e, de certa forma, eu estava. Mas não do jeito que ele provavelmente está pensando, não mesmo. Quer dizer, eu não estou seguindo o Miller por estar a fim dele!

- E aí, vai ou não? Preciso avisar pro meu pai se vou ou não voltar com ele.

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- Se me disser por que quer que eu vá, sim.

- Eu sou nova aqui, só quero fazer amigos.

- E vem justo me procurar? Você é idiota?

- Diz logo que vai! – riu.

- Tá bem, eu vou.

Me levantei e o puxei pela mão, digitando uma mensagem para meu pai, avisando que estava fazendo o que ele queria e que não deixasse Michael entrar em meu quarto. Fomos em silêncio – ou quase isso – até a loja, entramos e nos sentamos um de frente para o outro em uma das mesas do lado de fora.

- E aí, como começamos uma amizade? – perguntou.

- Sei lá – ri – O que você gosta de fazer no seu tempo livre?

- Não faço muita coisa. Geralmente fico em casa no computador ou com meu irmão, só isso.

- E nos fins de semana? Não faz nada?

- Raramente faço alguma coisa.

Porque eu? Sério mesmo, porque eu? Tudo bem que eu fracassei legal nas últimas seis missões, mas precisava me dar justamente o Miller dessa vez? Nem sair o garoto sai! Não que eu saia muito, mas ele... Argh! Não sei, ele parece ficar o fim de semana todo jogando essa porcaria de jogo no celular!

- E você? Faz alguma coisa?

- Fico em casa, vou ao cinema, tomo sorvete, vou à praia... Depende muito do dia. Hoje, por exemplo, resolvi vir na Starbucks conversar com você – pus o indicador em seu peito.

- Fala logo, porque quer tanto ser minha amiga? – suspirei. Custava acreditar que uma garota nova queria amigos?

- Acredita em cupido?