Um Romance No Escritório.
Capítulo VI
Lily estava com medo de ser reconhecida na manhã seguinte, mas James a recebeu no escritório como fazia todos os dias.
– Sr. Potter, chegou esses cartões hoje de manhã.
James pegou os cartões e examinou.
– Hum... Que interessante...
– O que é?
– Cartões de aniversário. Esse aqui é de uma ex- namorada me convidando para comemorar com ela.
Lily deu uma risadinha sem graça.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Não sabia que seu aniversário estava chegando. – mentiu, era obvio que Marlene já tinha contado a ela.
– Amanhã. Trinta anos.
– Vai fazer uma festa?
– Não. Amanhã vou levar uma amiga da minha irmã para almoçar e conhecer alguns pontos da cidade. E hoje a noite a Emme vai voltar de viagem e vamos nos encontrar na Galeria de Arte de Londres. Vamos participar de uma exposição de arte.
– Entendi. Vou voltar pra minha mesa. Precisa de mais alguma coisa?
– Sim. Telefone para Frank Longbottom e verifique se ele pode vir ainda hoje para uma reunião. Ah! Peter Pettigrew vai passar por aqui hoje também. Me avise quando ele chegar, esta bem?
***
Peter Pettigrew chegou no final da manhã. Careca e baixinho, ele carregava nos braços um grande envelope de papel pardo e não parecia um executivo. Vestia uma calça jeans e uma camisa desbotada. Era uma peça fora do lugar no elegante escritório da Potter Investimentos.
– Então, você é Marie Jones? – perguntou ele examinando seu rosto cheio de pó compacto.
– Exatamente. – Lily acompanhou o homem até a sala de James. Menos de cinco minutos depois ele saiu da sala sem o envelope. – Que rapidez!
– Foi um caso simples. – ele disse indo para o elevador. – Diga a Marlene que não vou cobrar nada.
Lily não entendeu muito bem o que o homem quis dizer com aquilo.
– Vou passar o recado a ela. Tenha um bom dia, Sr. Pettigrew.
Logo foi a vez de Frank Longbottom ser conduzido a sala de James. Pelo fax, Lily ficou sabendo que ele era redator de uma revista de investimentos. E ao contrario do Sr. Pettigrew ele estava vestindo um terno e passou cerca de duas horas trancado com James no escritório.
– E então?
Lily se assustou ao ouvir a voz de Dorcas.
– Não faz isso!
– Isso o que?
– Chegar de mansinho. Devia saber que estou nervosa. Essa situação é mais difícil do que eu imaginava.
Superando o susto, Lily contou a Dorcas o que tinha acontecido no dia anterior na casa de Marlene.
– Não sei quanto tempo ainda vou agüentar. A Emmeline chega essa noite para comemorar o aniversário do James e aposto que vai ser muito difícil manter ela afastada daqui. Os dois vão se encontrar em uma galeria de arte.
– Entendi. Quantos faxes ela mandou?
– Este aqui acabou de chegar. James passou aqui para levar Frank Longbottom até a saída, ainda não tive tempo de ler.
– Que maravilha! – disse Dorcas lendo o fax.
– O que foi?
– Emmeline mandou um número de telefone e está pedindo desculpas por cancelar o encontro de hoje. Parece que a sessão de fotos foi prolongada por mais alguns dias, ela espera que o James ligue de volta.
– E o que eu devo fazer?
– Ligue para ela.
– Eu? De jeito nenhum. Não estou a fim de ouvir palavrões.
– Você não vai falar com ela. Com certeza vai ter que deixar recado com o funcionário do hotel onde ela está hospedada. Diga que o James recebeu o recado, mas está muito ocupado em reuniões e que talvez ele ligue a noite.
– Mas isso é mentira! James nem sabe que ela ainda está viajando. Ele pensa que vai encontrar com ela na galeria de arte.
– Preciso de tempo para pensar no que fazer
– O que você está planejando?
– Nada... ainda. Mas vou pensar em alguma coisa. Olha, deixa que eu mesma ligo para Emmeline. – disse Dorcas. – Encontrei o Peter lá embaixo. Ele veio aqui?
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no +Fiction e em seu antecessor, o Nyah, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Sim. Por cinco minutos. Quem é esse homem, Dorcas?
– Um detetive particular. Está envolvido no caso de Nova York. Mas se ficou só cinco minutos, é bem provável que o assunto tenha sido você.
– O quê?? James mandou investigar a minha vida?
– Provavelmente. Com essa sua cara e esse seu corpinho.... Ele deve querer saber de onde você surgiu.
– Marie!
Lily pulou ao ouvir a voz de James pelo interfone que havia em sua mesa.
– Sim Sr. Potter. – respondeu ela começando a suar frio.
– Venha até aqui.
– Sim, senhor.
***
– Marie? O que aconteceu? Por que você está tão pálida?
– Eu... Não me sinto bem. – Lily pensou em confessar tudo. Quem sabe James a perdoaria mais facilmente.
– Entendi. Você deve estar aborrecida por que eu mandei investigar a sua vida. Desculpe não ter dito antes, mas eu costumo fazer isso com todas as pessoas que trabalham para mim. Chamei você aqui por que não gosto de segredos e queria que visse o que Peter preparou sobre você.
– Eu não quero ver nada. – Lily tremia da cabeça aos pés.
– Tem certeza? Por que não tem nada aqui. A menos que esteja me escondendo alguma coisa e prefere me contar agora.
James só podia estar brincando com ela. Será que ele estava esperando que ela confessasse. Decidiu pegar o relatório e ler para ganhar tempo.
Depois de alguns minutos, Lily devolveu a folha ao envelope e entendeu o recado que o homem tinha mandado para Marlene. Não tinha na folha nenhuma informação sobre a sua verdadeira identidade. Peter apenas confirmou as informações que estavam no contrato de trabalho que Marlene tinha inventado.
– Tem razão Sr. Potter. Não tem nada ai.
– Marie? – James a olhou e parecia muito intrigado.
– Sim, senhor?
– Nada. Ligue para Sirius Black, por favor.
– Certamente. – nervosa ela deixou a sala. James e Sirius eram cunhados e amigos, não devia ficar nervosa por causa de um telefonema.
O resto do dia foi tranqüilo, e às quatro da tarde, Lily resolveu fazer um intervalo para comer um lanche. Quando voltou vinte minutos depois, viu Dorcas sentada em sua cadeira.
– Já resolvi tudo com a Emmeline. Deixei um recado informando que James recebeu a mensagem dela.
– Obrigada. Não sei se vou agüentar mais duas semanas Dorcas.
– É claro que vai. Precisa ser forte Lily.
– Eu estou nervosa! Quase fui descoberta. Marlene deve ter subornado o pobre do homem.
– Bobagem. A Lene conhece o irmão que tem. Estamos preparadas para tudo.
– Não quero saber! Estou começando a pensar que esse emprego não vale todo o dinheiro que vou receber. Minha saúde mental esta em jogo aqui.
– É por uma boa causa. A Lene não merece uma cunhada como a Emmeline.
– Você está certa. Você já contou para o James sobre a mudança de planos?
– Não. Pensei que você tivesse contado.
– Estava fazendo um lanche rápido. Não importa me dá o fax que eu mesma falo com ele.
– Ele não está na sala.
– Não?
– Não. James saiu enquanto você tomava seu lanche.
– Ah não! E agora? O que vamos fazer?
– É simples. Você vai levar o fax para ele. É a secretária dele, não é?
Lily suspirou contrariada.
– Tudo bem. Onde fica a Galeria de Arte?
– Pertinho daqui. Vou buscar dinheiro para você tomar um taxi.
Droga! Lily havia planejado uma noite tranqüila para si mesma. A ultima coisa que queria fazer era correr atrás de James em uma elegante galeria de arte com essas roupas ridículas.
– Aqui está. – Dorcas voltou e entregou o dinheiro para ela. – Pode ficar com o troco. É o mínimo que eu posso fazer por você.
Lily andou na direção do elevador resmungando.
– O mínimo.....
Fale com o autor