Estava tudo normal na casa do espanhol. Este ficava sentado em um sofá azulado no canto da sala, pensando em seu querido pequeno italiano. Romano começou a trabalhar não faz muito tempo na casa do espanhol, e por cima, ainda era uma criança, por isso não se dava muito bem com o espanhol.

– Spain! – o maior despertou de seus pensamentos virando seu rosto para onde a voz vinha – Acabei de arrumar a cozinha.

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– Que ótimo Romano. – o espanhol levantou-se alegremente, caminhando para o local “arrumado” – Deixe-me ver o que você arrum- Ahn! O que aconteceu aqui?! – a cozinha estava arruinada. Haviam-se cacos de vidro despedaçados, o armário cheio de pratos e copos estava derrubado no chão. A louça que estava limpa, agora suja sem contar que a torneira estava aberta, derramando seu conteúdo sobre os pratos todos sujos – Aconteceu uma guerra aqui?! Ou será que foi o Prússia?! Ou o França?

– O que está falando, seu bastardo? Foi o que eu arrumei. – disse o menor sem se importar com a preocupação do maior. Este se deu conta que o estrago foi por causa de seu pequeno italiano. Cansativamente, caminhou para perto da torneira ligada e a fechou, acompanhado de um suspiro.

– Romano... Pensei que você arrumou a cozinha, não que a transformou em um campo de batalha...

– Por que está insatisfeito? Para mim, a cozinha está boa. – o moreno percebeu que não havia escolha a não ser a arrumar a cozinha por conta própria.

– Certo, certo... Eu irei arrumar a cozinha... – o jovem pegou a esponja que havia perto da pia e começou a lavar a louça. O pequeno ficou a observá-lo de longe, com seu rosto antes bravo, agora surpreso.

“Por que ele não brigou comigo? Eu não arrumei direito a cozinha como ele queria... Por que mesmo assim ele é tão gentil comigo?” – lembrou-se de seu passado - “Ele é um país bem estranho... Afinal eu sempre fui comparado com ele”.

(Flash Back):

– Ita-chan! Venha aqui! – o pequeno e amável italiano aproximou-se de uma jovem visitante, e esta o pegou em sua cintura e levantou o pequeno depois lhe dando um abraço. O italiano apenas respondia com um sorriso e retribuindo o abraço – Você é tão fofo, Ita-chan. – a jovem viu o outro irmão gêmeo escondido entre as paredes, observando o que a jovem estava fazendo. – Hey! Não fique escondido. Venha aqui. – a jovem disse amavelmente para o outro italiano. O italiano assustado por ter sido descoberto, escondeu-se atrás da parede onde estava.

– Querida... – um homem de vestes desconhecidas, talvez estrangeiro, aproximou-se de sua amada – Este italiano é diferente daquele. Esse é mais amável e tem grandes habilidades em trabalhos domésticos. O outro é fechado e muitas vezes agressivo. Sei que queria visitar a Itália, mas eles são totalmente diferentes...

– Será? – o italiano escondido ainda atrás da parede, ouviu o pequeno diálogo entre o casal e logo se afastou de seu esconderijo, deixando derramar algumas lágrimas, mas o outro italiano percebeu que seu irmão havia se afastado.

– Ni-san... – o mais velho italiano, já longe do casal e de seu irmão, saiu de sua casa e continuou a correr como se fugisse de sua existência.

– “Por que sempre o Itália? Por que sempre tenho que ser comparado com ele? Por quê? Por que o Itália sempre é o escolhido?Vou ser sempre a segunda opção? Será que sempre vou ficar de lado? Sempre vou ser uma sombra de meu irmão?Por que sempre é assim? Até o Roma oji-san prefere o Itália...” – sem perceber, trombou-se com um jovem moreno que caminhava entre as ruas do país. O italiano parou virou-se sem olhar para o estranho – Desculpe-me. – num impulso, virou-se rapidamente deixando uma lágrima cair sobre o chão e o desconhecido poder ter visto. Sem se incomodar por alguém o ter visto chorando, continuou a correr seu rumo desconhecido, sem saber para onde ir, em busca de aliviar sua dor.

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– Por que ele estava chorando? – o estranho encarava o pequeno italiano desaparecer entre as ruas da Itália – Por que estou pressentindo que vou o encontrar de novo? – virou seus orbes esverdeados para o outro caminho, e continuou a andar um pouco preocupado com o que tinha visto – Espero que ele esteja bem... – virou seus orbes encarando o céu entardecendo.

Já sem rumo para onde ir, o italiano escondeu-se entre alguns arbustos que havia em uma pequena floresta e encostou suas costas em uma arvore que havia perto. Sem o que fazer, encolheu suas pernas e seus braços para mais perto de seu pequeno corpo e começou a chorar. Lágrima por lágrima começou cair em seu rosto, e, começava cada vez mais, alto seu choro. Gostaria de ter alguém que o amá-lo de verdade, mas se conhecer apenas o seu irmão mais novo, já gostaria de tê-lo, deixando-o novamente em segunda opção. Começava a escurecer, mas sua vontade de voltar não voltava. Pelo contrário, sua dor piorava cada vez mais.

– O que eu faço? A dor não passa... Piora cada vez mais... Será que é isso a solidão? Será que este é o meu fim? – um dos arbustos que havia por perto começou a se mexer, assustando o italiano – Q-quem está aí?! – logo, um rapaz levantou-se mostrando sua verdadeira forma. Era o mesmo de antes que havia trombado. Tinha cabelos marrons, olhos esverdeados e pele morena. Usava roupas nada tradicionais da Itália. Seu sotaque era diferente dos italianos, provavelmente espanhol.

– Desculpe-me por incomodar... Sei que estava querendo ficar só, mas... Vi que você estava chorando e... Queria saber se eu podia ajudá-lo de certa forma...

– Isso não tem nada haver com você. – disse o italiano limpando as lagrimas de seu rosto, fazendo uma expressão fechada.

–Eu sei... Mas você parecia muito só. Pensei que gostaria de desabafar... – o italiano, antes sem reação, ficou surpreso.

– “Estava tão óbvio que eu estava solitário? Ou essa pessoa é diferente das outras?” – o desconhecido percebendo que o italiano estava sem reação, limpou sua roupa cheia de folhas e pegou uma sacola que estava escondido entre uns arbustos e entregou para o pequeno, sendo que este o encarou mais surpreso.

– Devo tê-lo incomodado. Desculpe-me. Isto é para você. São doces. Comprei mais do que o necessário, então pensei em te dar para ver se você melhoraria. Os doces daqui são muito deliciosos, por isso, acho que vai te alegrar um pouco. – virou para a saída daquela floresta e começou a caminhar até ser impedido pelo italiano.

– Espere! Nós nem nos conhecemos e você já fez essa gentileza... Por que fez isso?

– Por que... Senti que precisei ajudar você. Mas não deu muito certo...

– Não... Ajudou-me muito. – o moreno virou-se para o pequeno e recebeu um sorriso carinhoso do menor – Muito obrigado. Meu nome é Romano e o seu? – o rapaz já alegre por fazer o pequeno sorrir aproximou do menor.

– Meu nome é...

(Flash Back off)

Romano... Você está bem? Estava parado me olhando o tempo todo... – o espanhol muito próximo do rosto do pequeno encostou sua testa na do italiano fazendo-o corar.

– O que está fazendo, seu bastardo?! – italiano o empurrou para longe o fazendo quase cair, o que na verdade foi o contrário. O pequeno Romano caiu por impulso, fazendo um de seus dedos cortarem por causa dos cacos de vidro.

– Ahn... Romano! Você está bem? – o maior aproximou de Romano, ajudando a se levantar – Parece que você se cortou... Vamos fazer um curativo. – o espanhol pegou uma das mãos do pequeno e começou a puxá-lo para segui-lo.

– Tudo bem. Foi só um corte. Me largue, Spain! – o italiano puxava a mão que estava sendo segurado, o que foi desnecessário, pois o espanhol o fez sentar no sofá já com o curativo na mão.

– Não. Você está machucado. Precisa se cuidar mais, Romano. – o espanhol começou a enfaixar o dedo do italiano.

“Sinceramente. Spain é muito estranho e o mais estranho ainda é que gosto do jeito de como ele me trata”. – quando o espanhol terminou de enfaixar o dedo, encarou o pequeno, que este, estava o fitando.

– Realmente Romano. Você está estranho hoje. – o espanhol começou a dar uma pequena risada, ao deixar Romano um pouco irritado.

– Como assim estranho, seu bastardo? – este não levou a sério, mas era verdade. Toda vez que o espanhol o ajudava, seu coração batia fortemente e ficava vermelho quando o maior se aproximava. Espanha levantou-se e caminhou até a cabeceira onde estava a mala de prontos socorros. Ao terminar de guardar a mala, aproximou-se de sua pequena criança que esta ficava o fitando.

– Você deve estar com fome... Comeu alguma coisa? – disse preocupado com o menor.

– Huhn? Não... – respondeu o menor ainda o fitando.

– Quer comer tomates? Hoje está um ótimo dia para colher tomates maduro. – disse alegremente.

– Tomates? É bom? – perguntou o pequeno italiano confuso. Nunca havia comido nada além de pastas e doces italianos, por isso não conhecia a comida de vários países.

– Você nunca comeu tomates?! Certo. Eu irei colher hoje mesmo, tomates para você experimentar. – confiante, o espanhol pegou a mão do italiano novamente, puxando-a para o jardim que havia na casa. Ao chegar, como esperado, todos os tomates estavam maduros, prontos para receber uma mordida. – Agora, Romano. Escolha qual tomate você quer comer. – indeciso por tantas frutas, o italiano caminhou por entre o jardim e procurou o tomate mais vermelho que havia naquele lugar. Havia um escondido entre as sombras que as árvores por perto faziam. Tentou o pegar, mas foi impedido pelo espanhol. – Não, não! Não é assim que se pega um tomate. – pegou a mão do pequeno e começou a demonstrar o como colhe a fruta, enquanto o menor estava ruborizado pelo toque do espanhol e pela proximidade – Primeiro você gira o tomate do caule e depois puxa. – a fruta saiu de sua existência e foi parar na mão de quem a plantou – Certo. Morda. – aproximou a fruta do pequeno e este, com um pouco de desgosto, pegou a fruta e a mordeu, logo surpreendido pelo gosto.

– Delicioso... – comentou para si mesmo, mas pôde ser ouvida pelo espanhol.

– Não é? De agora em diante, você pode colher para comer quando quiser. Você tem minha permissão.

– Posso mesmo? – os olhos do pequeno brilhavam o que surpreendeu o espanhol por Romano nunca ter feito essa expressão. Pelo menos não que ele tenha visto.

– Claro. – disse alegre.

– Obrigado. – agradeceu o espanhol – Mas não pense que eu farei o que você mandar ou que ficarei bonzinho com você. – disse voltando ao atual Chibiromano.

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– Yoshi yoshi. – disse afagando os cabelos do menor - Esse é o Romano que eu conheço. – deu um beijo na cabeça do menor, sendo que este o empurrou para longe muito ruborizado.

– O-o que você está fazendo, s-seu baka?! V-vou voltar pra casa... – virou-se em direção a casa do espanhol e caminhou até lá, enquanto o espanhol fitava Romano com um sorriso carinhoso. Antes de sumir de vista do espanhol que este continuava parado, virou-se para dar uma última olhada no espanhol, que este continuava sorrindo. – “Você pode até não ter percebido, Spain. Mas desde que você me ajudou quando eu mais precisava, sem me dar conta, eu havia me apaixonado por você”.


Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.