Born To Die - Clato
Capítulo 11
Acordo com algo me balançando. Ainda estava de noite, quase amanhecendo. Por puro reflexo -e defesa-, enfio a faca no braço da pessoa.
– Aah! Ta doida?! - Cato grita.
– Ah, eu não sabia que era você! - digo, tirando a faca do braço de Cato. O braço dele sangrava. Por sorte, Glimmer, a garota do Distrito 4 que não sei o nome, Peeta e Marvel continuavam dormindo. Faço um sinal para que Cato fique quieto, e ele obedece. Seguro sua mão direita, e obedientemente, ele me segue até o lago da Cornucópia. Ele senta na beirada do lago, e coloco o seu braço na água, lavando-o. Não sou médica, mas sei que tem que lavar. Retiro o seu braço da água, e vejo o corte. Não tão profundo, mas machuca.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Nossa, eu sou boa mesmo com facas! - digo, sorrindo. Faço Cato deitar na grama, pego um pedaço da sua blusa e rasgo.
– Peraí, porque eu tenho que ter minha blusa rasgada? - ele pergunta com a testa franzida.
– Cala a boca e aceita o tratamento.
Pego o pedaço rasgado -deixando os seus músculos a mostra- e enrolo em seu braço.
– Ok, vai ficar assim até eu achar um kit de primeiros socorros. - digo, franzindo a testa. Cato tira um fio de cabelo que havia caido no meu olho.
– Não começa. - repreendo-o. - Anda, levanta daí. - digo, levantando e oferecendo a mão para ele. Ele aceita com a mão boa.
– Cato, olha, uma fogueira. - digo, chegando no nosso acampamento. Cato acorda os outros, e vamos em direção á fogueira. Chegando lá, uma menina estava se esquentando na fogueira. Ele puxa sua espada, e crava na menina, cessando os seus gritos, pedindo piedade.
– Doze abatidos e onze á caminho! - Cato diz. Sua voz estava diferente. Ele estava diferente. Com anos de convivência, sei por causa disso. Quando ele mata, ele se torna outra pessoa.
– Já não deviamos ter ouvido um canhão? - Glimmer pergunta.
– Eles não tem hora certa para soltar o canhão. -respondo.
– Talvez ela não esteja morta. - Marvel diz.
– Ela está morta! Eu sei onde eu enfiei aquela espada. - Cato responde, bravo.
Uma discussão se inicia, mas Peeta, que eu nem lembrava que estava ali, diz:
– Estamos perdendo tempo! Eu mesmo acabo com isso.
Ele volta á fogueira.
– Não podemos matá-lo? -pergunto.
– Não, ele é bom com faca. Além do mais, ele é a nossa única chance de encontrar a menina.
– Quando a vi rodopiando, quase vomitei. - Marvel diz, friamente.
Alguns minutos depois, ouvimos um canhão. Seguimos caminho, passando por uma árvore particularmente grande. Achamos uma armadilha.
– Essa armadilha... é da Katniss. -Peeta diz. - Conheço todas.
Ele diz para seguirmos em frente, quando começo a sentir calor. Então, vemos uma parede de fogo. Começamos a correr loucamente, quando, em uma distância considerável, paramos. Retiro meu casaco, e consigo aliviar um pouco o calor. Olho para a minha roupa. Chamuscada. Pergunto se está todo mundo bem, e eles respondem tossindo.
– E aí, como é que vocês estão? - uma voz pergunta.
Mas que merda é essa?
– Estamos bem. – Responde Cato. – E você?
– Para falar a verdade, está um pouco quente. – Então eu a vejo. Katniss. – Aqui em cima está bem melhor o ar, porque vocês não sobem também?
– Acho que vou subir mesmo. – Diz Cato.
– Cato, pega isso. – Diz Glimmer, de um jeito oferecido. Infeliz!
– Não. -ele responde, recusando o facão que ela havia oferecido.
Cato começa a escalar a árvore que Katniss está, mas a medida em que ele sobe, ela também sobe. Engraçado. Ela me lembra um esquilo. Cato estava a uns nove metros abaixo de Katniss, quando ele se apóia em um galho mas ele quebra, quando ele cai, solto um grito abafado pensando que ele quebro o pescoço, mas ele levanta e começa a praguejar. O pedaço de blusa que eu havia enrolado em seu braço estava encharcado de sangue por causa do esforço.
– Deixa eu eu mesma faço isso. - Glimmer responde brava, subindo a árvore, mas o galho quebra e ela cai no chão. Espero que ela não se mova, mas infelizmente, ela levanta.
Então ela pega o arco e tenta atirar nela, mas Glimmer não tem muita habilidade no arco e flecha e a flecha se aloja no lado de Katniss. Ela pega a flecha e começa a balançar só para implicar. Fuzilo ela com o olhar, mas vejo que está escurecendo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Ah, deixa ela para lá, já está escurecendo, e ela não vai sair dali. Amanhã de manhã agente cuida dela. – diz Peeta.
Arrumamos um acampamento e Glimmer fica de vigília. Não confio em Glimmer, então durmo com uma faca em cada mão.
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