I'll kill you, 12. - Cap. 8

I’ll kill you, Girl on fire. – Cap. 8

POV’s Cato

As pessoas-que-não-são-pessoas continuavam passando um líquido em minha perna e braços e logo colocavam algo quente por cima, arrancando quase minha pele. Se essa não for a intenção.

Um cara de cabelo rosa e roupas extravagantes chega com um andar rebolado e fica atrás da “maca” que estou. Começa a passar a mão nos meus cabelos. Pera.

─Não. Toque. Em. Mim. – digo pausadamente, com certo olhar ameaçador.

─Maix que issu mininu? Deixa eu ti deixar DI-VO! – ele continua passando a mão nos meus cabelos. Que nojo.

─Se você encostar mais um dedo em mim eu juro que eu te mato aqui e agora. – digo nervoso.

Ele ignora e bufa, agora puxando um pouco o cabelo.

─MEU DEUS CARA, ME LARGA!

─Sem estresse! – ele diz com uma voz tremida e logo uma pessoa da um toque no ombro dele.

–─Temos de vesti-lo, estamos um pouco atrasados.

Praticamente me empurram da maca em que estava deitado e me levam a uma sala pequena com um cabide com uma capa verde escura por cima da roupa.

─E o que temos aqui? – pergunto impaciente para o nada, já que estou sozinho.

A porta automática se abre rapidamente e de lá sai uma mulher de cabelos rosas claro e com uma roupa... Ér, carnavalesca.

─Olá Cato, sou Jessie, sua estilista. – ela diz, estendendo a mão e a aperto.

Logo ela retira sua mão e a sacode, mostrando uma coloração pouco avermelhada.

─Vejo que temos um forte tributo este ano. Vamos, vista-se. – ela retira a capa, mostrando uma armadura. ─Guerreiro. – ela completa.

Sorrio. A armadura é bonita, dourada e possui um “colete” no pescoço que desce até seu tórax, da mesma cor e como se fosse penas de um pássaro.

Um capacete é posto em minha cabeça e vejo que contém uma espécie de asas nos dois lados do mesmo.

─Vamos logo! – a estilista grita e logo vou até ela, que aperta um botão do elevador, fechando as portas, nos levando até onde subirei na carruagem.

Olho para os lados, já chego no local do desfile e vejo-a linda e radiante com aquela armadura por cima dela. Tinha... estranhamente um sorriso em seus lábios enquanto conversava animadamente com o tributo do distrito um, que parecia um pavão cor de rosa.

Uma sirene toca baixo para nós e todos nos dirigimos até nossas carruagens.

Subo e Clove fica ao meu lado, ainda com o sorriso bobo no rosto. Como isso me irrita.

Bom, se o sorriso fosse pra mim não me irritaria.

Para provocá-la, olho para os tributos em nossa frente que logo começam a andar. Havia uma loira, eu já havia a visto de frente, tinha uns olhos azuis hipnotizantes, um corpo que minha nossa e ainda era alta.

─Nossa. – digo, chamando a atenção de Clove, que me repreende com o olhar. Só para irritá-la mais, dou uma piscadela par Clove.

─Para de secar a garota, Cato. – a frieza em sua voz deixava claro.

Começamos a entrar em movimento e estendo a mão para a plateia que logo aplaude.

─Por quê? Ciúmes?

─Não tenho ciúmes de uma piranha como ela. Ou melhor, não sinto ciúmes. – ela volta seu olhar para o público e manda beijos. ─Mas pare com isso, estamos aqui para matar uns aos outros.

─Não é o que parece com você e seu amiguinho do 1. – digo com certo ódio.

─Ah, andou observan... – ela para no meio da frase e olha para o telão. A plateia suspira e grita muito.

Olho para ela no tempo em que nossos olhares se encontram, e viro meu rosto para trás e encontro o Distrito 12, pegando fogo. Suas roupas, não eles.

Toda atenção foi virada para eles. Dos patrocinadores, do presidente, da plateia, dos tributos.

De todos, que agora o foco são eles.

E a gente perdeu todas as chances de patrocinadores!

E eles deram as mãos! Ainda por cima isso! Eu e Clove até daríamos as mãos (escondidos) se ela me amasse.

Ah, mas nada disso seria de verdade. Seriam impulso de ter um ao outro.

Mas os retardados do 12 podem esperar. Dessa vez vão queimar de verdade.