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Capítulo 22 - O outro lado do bad boy.


Capítulo vinte e dois

O outro lado do bad boy

“Besteira alguém te magoar e você colocar a culpa no amor. A culpa não é dele. A culpa é de quem não soube te amar; ou sua, por ter enxergado o que não existia.”

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(Autor desconhecido)

— O que esse marginal está fazendo aqui? — comentou o James, o rosto vermelho, quando a morena estava no último degrau da escada.

Era nítido que o ruivo estava com ciúmes, até porque ela era sua noiva.

— Você o conhece por acaso para julgá-lo desta maneira? Ou apenas está dizendo isso por causa de sua aparência? O que eu faço não é da sua conta. — rebateu enquanto se aproximava dele de maneira rápida.

Mas ela se arrependeu ao se lembrar do relacionamento dos dois.

— Vamos nos casar. Ou se esqueceu? — questionou de maneira zombeteira, mas ao mesmo tempo triste.

— Apenas perdi uma aposta e vou sair com ele. — sussurrou.

— Está bem, não vou te privar disso. — finalizou ao dar um beijo demorado em seu rosto e piscar.

Anne se surpreendeu, tanto com o seu ato quanto suas palavras. Ela sorriu por um momento e se virou para Cold como se esperasse algo dele, até porque ele não deixava as coisas em vão.

— Vamos. — disse simplesmente.

Então a garota simplesmente se posicionou ao lado dele e foi indo em direção a porta, mas não antes de olhar para trás e perceber a expressão não gentil de Ethan e James nervoso no sofá enquanto o loiro o amparava.

— São seus primos? — questionou Justine quando chegaram perto da moto.

— Sim. — mentiu.

Ele pareceu desconfiado.

— E por que estão na sua casa?

— Uma pergunta por vez, lembra? — revidou enquanto ria.

Aquilo realmente a fazia se recordar quando o viu no portão de casa depois do plano com a Robertha.

— Claro. Responda a minha então. — retrucou com escarnio enquanto sorria de canto.

“Esperto!” Pensou a morena.

— É que eles moravam longe e meus pais pediram que morassem comigo para que estudassem na escola que foram matriculados. — explicou rapidamente.

— A Charlotte nunca me contou deles, não que eu me lembre. São mesmo seus primos? — questionou.

— Repetindo, eles moravam longe. — declarou já sem paciência para brincadeiras.

— Entendi. — finalizou enquanto subia na moto e me estendia o capacete rosa de florzinha.

— De quem é essa coisa? — com desdém.

— Comprei para a Char andar comigo na moto que era do meu tio, antes de eu ter essa.

— Mas vocês terminaram há dois anos, com 15. — estava surpresa.

— O que não me impede de pilotar. Já que sanei sua curiosidade suba na garupa e ponha o capacete antes que eu mesmo o faça. — rosnou.

A conversa estava civilizada até ele começar a dar uma de bad boy e estragar o momento.

— Agora que eu não monto. — contrariou.

— Mas não mesmo.

Após dizer isso pegou Anne pela perna e com um braço e na outra mão pegou o capacete dela, como neste instante os outros meninos estavam a observando não fez um escândalo e ao estar na garupa colocou o objeto na cabeça e segurou firma nele, obedecendo-o por fim.

— Você é um grosseirão, Cold Justine. — xingou quando passou pelo portão da mansão.

— Na minha circunstância não pode ser gentil e muito menos confiar em alguém, mas nunca entenderia, pois é uma mimada que apenas tem que se preocupar com qual roupa usar no dia seguinte.

— Não me conhece para dizer isso! — exclamou de forma irritada enquanto se segurava nele com mais força.

— E nem você. — rebateu.

A morena então ficou em silencio para não dar uma reposta a altura. Não se rebaixe, ele não merece, repetiu em sua mente.

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— Para onde vamos? — questionou depois de um tempo.

— Já disse que é surpresa. — resmungou.

Calou-se e quando chegou um local que parecia uma boate, deixando-a extremamente nervosa. Não poderia ser, será que ele vai a querer em uma cama como disse naquele dia?

— É esse o lugar? — gaguejou.

— Sim, é onde eu trabalho, mas estou de folga hoje. — não a olhou enquanto falava.

Anne então percebeu que ele estava progredindo, porque antes não respondia sem alfinetá-la primeiro. Os dois seguiram para dentro do local e ela percebeu que havia várias pessoas dançando, mas, por incrível que pareça, não havia nenhum mulher pelada ou cenas eróticas.

— Aqui não é uma boate? — questionou com horror.

Ele apenas riu de forma escancarada antes de dizer.

— É uma danceteria Anne, mais conhecida como balada ou barzinho, se preferir.

A morena então ficou aliviada e se sentou enquanto olhava o movimento, ao redor do salão a maioria eram adultos, mas ainda havia jovens se divertindo e bebendo no meio deles.

— Quer uma bebida? — sussurrou após sentar e se aproximar do ouvido dela de forma lenta, mas como estava distraída se assustou.

— Primeiramente pare com isso, entretanto eu aceito um refrigerante, fazendo o favor.

Cold andou até o balcão enquanto fazia caras e bocas e era parado por meninas no caminho, mas ele apenas ignorou. A garota se surpreendeu ao notar que não era tão canalha assim.

— Aqui está o que pediu. — disse o bad boy após se sentar.

— Obrigada. — dando um gole na bebida.

— Então a patricinha é educada? — questionou.

— Não te interessa. — rude.

O silencio reinou novamente, algo que a deixou incomodada. Isso não ocorreria se estivesse com os três, pois lá mais parece uma creche do que uma mansão.

— Quer dançar, Mary Anne Evans? — a voz rouca e sedutora enquanto estendia a mão em sua direção.

— Eu não... — começou, mas foi interrompida.

— Vem, eu te ensino. — declarou enquanto a pegava rapidamente, fazendo com que desse tempo apenas da morena deixar a lata na mesa.

Ele a agarrou pela cintura enquanto dançava no ritmo do vanerão, aquela música fazia com que seus ouvidos e cabeça doessem, assim como o ambiente. Cold parecia animado e ela percebeu que havia sorrido verdadeiramente pela primeira vez naquela momento, algo que a encantou.

A garota acompanhava de forma desajeitada enquanto ele segurava de maneira mais forte o seu corpo e as vezes apertava quando pisava em seu pé.

— É um caso perdido cópia mal feita da Charlotte. — riu em deboche.

Anne quis chorar, se descabelar, mas apenas apertou com força seu ombro.

— E você é um alcoólatra, metido a besta e que nunca vencerá na vida. — rebateu da forma mais maldosa que podia.

— Ai, essa doeu! — exclamou ao tentar transparecer não estar magoado.

— E é pouco. — revidou.

— Sabe, ficas muito mais linda braba e é por esse motivo que eu gosto tanto de irritar. — sussurrou em seu ouvido enquanto eles dançavam lentamente, para depois beijar o lóbulo de forma lenta e morder por fim.

— E você é um péssimo mentiroso. — respondeu depois de se recuperar do seu choque e constrangimento.

— Apenas digo a verdade.

— Depois de dizer que sou parecida com minha prima ainda fala que eu sou bonita, claro que não é falso. — ironizou.

— Não entendo porque te deram esse apelido, já que eu te acho muito mais linda que a Charlotte, até quando namorava ela. — confessou enquanto me embalava em seus braços.

Com essa fala eu escondi meu rosto em seu pescoço e continuei a dançar com ele.

— Você é um imbecil. — rosnou enquanto se afastava dele e ia até a saída da boate.

— Pelo menos pague a conta. — gritou.

Anne voltou o fulminando com o olhar e jogou o dinheiro quando estava perto dele para depois correr até porta enquanto discava algo no seu celular. Quando percebeu alguém a puxou pelo braço e a enlaçou pela cintura após a virar, fazendo com que notasse que era Justine.

Ele se aproximou mais e a encurralou na parede e quando ela virou seu rosto para o lado o bad boy mordiscou e deu beijos em seu pescoço. A morena apenas se debatia, mas em segundos ele estava atacando sua boca, enfiando a língua, e explorando todos os cantos de forma insaciável.

— O taxi está chegando. — sussurrou após pararem para depois correr quando chegou na rua.

Ela tentou escapar, mas Cold a alcançou em pouco tempo e pegou em seu braço.

— Anne, por favor, espera. Eu não quis fazer isso, mas você está tão sexy que não resisti. — declarou com dificuldade pela corrida.

— Mas isso não te dá o direito de me beijar! — exclamou com irritação.

— Desculpe-me, eu faltei com o respeito, admito. — sussurrou enquanto sentava no meio-fio e abaixava a cabeça de forma arrependida.

A morena não sabia o porquê de tê-lo feito, mas cancelou a carona com o taxi e sentou-se ao lado dele para depois acariciar suas costas como forma de consolo.

— Está tudo bem, que tal irmos embora? — questionou quando ele levantou a cabeça para olhá-la.

— O que acha de um fast food? — rebateu.

Apenas confirmou ao ver que eram 9h e o acompanhou até o veiculo e se acomodou na garupa. Tinha saído daquele local com cheiro de maconha, pessoas taradas e bêbados. Pela terceira vez o silencio reinava e ela notou que ele lambia os lábios e o mordia pela retrovisor, fazendo com que se lembrasse do beijo. Era a quinta pessoa com a qual fazia aquilo, se contar com o selinho do Ethan, em um pouco mais de um mês e se sentia uma vadia por isso.

— Eu quero um x duplo com muito queijo e um x burguer sem alface, dois refris médio e batata frita. — anunciou para a atendente após perguntar a acompanhante, e foi neste instante que notou que tinha perdido muito tempo pensando na sua situação.

Depois que o lanche chegou ficaram sem nada dizer, mas ela via o quanto Cold estava mal pelo que tinha feito. Depois do que ocorreu não sabia o que dizer e queria muito que aquilo não tivesse acontecido.

— Sinto muito, é tão parecida com a Charlotte que... deixa para lá. Só não quero que fique estranha comigo. — sussurrou.

— Que o quê? Pensou ser ela e resolveu me beijar, é isso? — questionou em um tom alto.

— Não, mas que se eu te agarrasse poderia esquecê-la. — confessou.

— Você me enoja, como pode. — respondeu estando ao ponto de quase chorar.

— Por favor, não quero que fique magoada. — falou enquanto tocava no rosto da menina de pele branca.

— Eu sou diferente dela, meus gestos, roupas e gostos. Por favor, não me compare a ela. — estava inconformada.

— Sim, mas sua pele, seu cabelo e corpo são muito parecidos, apenas não resisti.

— Você ainda a ama? — perguntou, aquilo estava entalado em sua garganta desde sua confissão.

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— Não, apenas me bateu uma saudade ao me encontrar contigo. — estava nervoso, o que não passou verdade para a moça, mas deu de ombros.

— E ao dizer que eu era mais bonita, é verdade?

— Sim, seus olhos transbordam mais sinceridade e são magníficos e é isso que te faz mais linda do que muitas pessoas que conheci.

— Mas eu não acredito nisso. — jogou as cartas na mesa.

— Entendo, até porque passou a vida inteira com as pessoas falando que sua prima é melhor que você, mas eu sei que não é a verdade. Você é linda, guerreira, mesmo que mimada, e é isso que me fez mostrar aqueles documentos depois de perceber suas qualidades. — confidenciou.

Anne então abaixou a cabeça e quase desabou.

— Vamos embora. — sussurrou depois de pensar no assunto.

Não queria responder ou agradecer, queria apenas mentalizar sobre suas palavras em casa, no seu quarto, e sozinha.

— Okay. — respondeu sem exigir explicação para o comportamento.

Entraram na moto e logo chegaram na casa, se despediu dela com um beijo no rosto e partiu em seguida.

— Nunca mais me chame para sair. — alertou, esperando que ouvisse.

Aquela noite foi um baque para a morena, porque mesmo não crendo nele completamente parecia, no fundo, um pouco sincero.

Passou pela sala e subiu as escadas sem ao menos parar para dar boa noite aos meninos que a chamavam e ao chegar no quarto pulou na cama, deixando finalmente que suas lágrimas caíssem livremente pelo rosto. Chorou por instantes e se sentiu aliviada por não abrirem a porta para falar com ela.

Ao se recompor pegou seu celular e viu duas mensagens que diziam:

“Eu estou ralada! Cinco dias de suspensão, vou rodar. :( — Fuinha.

“E quem disse que eu quero sair contigo novamente? Ah, sonhe comigo, e de preferência daqueles bem eróticos”— bad boy.

Ela nada respondeu e dormiu, sabia que provavelmente não esbarraria mais com o Justine e responderia a Robertha amanhã, pois já eram 22h30.

Queria muito esquecer as palavras,mas era o que mais se repetia em sua mente. Saber que alguém tinha uma opinião contrária do qual sempre ouvira a assustava, e muito, ao ponto de deixa-la sem sono.