Percy Jackson E O Sacrifício Do Herói

03 – Brasileiro Safado


Depois de explicar tudo resumidamente para uma Annabeth raivosa, minha mãe que ainda estava em estado de choque e para o brasileiro safado – safado sim, ele deu em cima da minha namorada na minha frente mesmo sabendo disso – fui tomar um banho.

Eu estava com alguns respingos de veneno do dr. Espinheiro e sangue, eu precisava de um banho imediatamente, assim como Nico que também estava com pó de monstro.

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Mesmo sendo mortal Daniel sabia sobre o mundo mitológico e tudo mais. Isso porque ele podia ver através da nevoa e Ashley o deixou atualizado sobre isso quando descobriu isso sobre ele. Não gostei de saber disso.

Annabeth ordenou que Nico e eu arrumássemos a casa enquanto ela e o brasileiro safado foram levar Lindsey para o hospital. O jeito que ela falou com a gente deixava claro que se caso não fizéssemos o que ela mandou, mesmo que ela nós ame, ela vai fazer a gente sofrer mil vezes pior que enfrentar o castigo eterno no mundo Inferior.

Minha mãe foi logo para cima ver como estavam Nina e Damon, não sem antes me esclarecer que ela tinha ligado para Annabeth e não para Lindsey. Ela estava relutando um pouco em acreditar que Lindsey tinha feito aquilo tudo, mas Annabeth falou alguma coisa para ela que a deixou melhor, seja lá o que for.

Depois de tomarmos banho, em banheiros separados ok, Nico e eu começamos nosso árduo trabalho de arrumar a sala.

Poucos minutos depois de começarmos a arrumar a sala minha mãe apareceu dizendo que iria a cozinha preparar um café da manhã pra gente e avisou que Damon estava no quarto com a Nina tomando conta da irmã enquanto ela dormia.

Meu estomago e o de Nico roncaram quando minha mãe disse sobre a comida.

– Ei, me ajuda a empurrar esse sofá mais para o canto e depois colocamos o outro em cima dele. – falei tirando uma mesinha que tinha perto da parede.

– Claro. – ele deixou a vassoura de lado e veio me ajudar.

– Hum, você sabe como dr. Espinheiro entrou aqui no apartamento? – eu tinha uma teoria, mas como algumas pessoas sempre acham que eu voou falar algo idiota prefiro primeiramente escutar a de outra pessoa.

Assim não tem erro, eu acho.

– Pelo que você contou daquele símbolo feito com o sangue da Lindsey e pelo cantigo em grego, eu acho que aquilo foi um ritual de invocação. Acho que foi por isso que as barreiras que Annabeth criou não funcionaram. – respondeu ele tirando um saco de lixo do seu caminho e jogou para mim.

– E sobre a Lindsey? – coloquei o saco de lixo encostado na parede, fora do caminho.

Eu também tinha uma teoria sobre esse assunto. O tempo que eu levei para tomar banho me fez pensar em tudo que tinha acontecido mais cedo e eu estava desesperado procurando uma forma de convencer Annabeth a não querer nós matar pela sala.

– Talvez ela tenha sido controlada. Devem ter feito alguma magia, ou sei lá, e fizeram ela fazer essa coisa maluca arriscando sua própria vida. Porque de uma coisa eu sei, humanos não dão suas vidas por qualquer coisa, acho que devia ter algo por trás disso tudo.

– Aproposito, como você fez aquilo com o dr. Espinheiro? Foi à mesma coisa que você fez com as caçadoras há dois anos naquele caça bandeira amistosa, não é? – perguntei e ele assentiu.

– Eu usei as sombras para segurar seus pés mais ou menos ao estilo Shikamaru. Eu não consigo controlar ninguém pelas sombras como ele faz, mas até que...

– Espera um pouco ai. – interrompi ele confuso. – Quem é Shikamaru?

– É de Naruto. – disse ele como se fosse a coisa mais obvia do mundo, mas eu ainda estava boiando. Vendo que eu ainda estava confuso meu primo bufou e revirou os olhos. – Naruto é um anime baseado em um Mangá e Shikamaru é um personagem desse universo.

– Ok. – Nico deixou a mitomagia de lado e resolveu assistir animes. Eu ainda não entendia bem o que ele estava falando porque eu nunca assisti esse anime.

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– Certo, vou tentar explicar de uma forma que você entenda. – Nico parecia aborrecido de ter que me explicar isso, mas isso estava até ficando engraçado. – Shikamaru tem um poder que consegui controlar a sombra de qualquer pessoa se ele a capturar com a sua. Sabe, ele consegue fazer sua sombra caminhar até uma certa distancia e se a sombra dele se conectar com outra ele pode controlar essa pessoa.

– Hurum. – balancei a forma de aprovação. Eu tinha entendido o que ele tinha falado apesar de ter sido um pouco confuso e Nico estreitou os olhos em minha direção desconfiado.

– Esquece, vamos empurrar isso aqui. – disse o filho de Hades emburrado.

– Mas eu entendi o que você falou, porque esta assim?

– Eu já disse, esquece e vamos arrumar isso. Eu estou com fome também. – resmungou e eu tive que concordar. Eu também estava com fome.

Passava das onze horas quando Annabeth e o brasileiro safado chegaram ao apartamento e impressionantemente Lindsey estava com eles sendo carregada por Daniel.

Nico e eu já tínhamos terminado de arrumar a sala e levado os sofás destruídos para a garagem de onde o porteiro disse que daria conta deles. Ele disse que iria doa-los. Apesar dos sofás estarem um pouco acabados acho que ainda serviam para alguma coisa.

A televisão e os outros moveis foram diretos para a caçamba de um caminhão que coletava esses tipos de coisa. Minha mãe quem ligou para eles enquanto estava preparando o nosso café da manhã.

– Eu ia dizer para coloca-la no sofá, mas agora me lembrei que duas pessoas destruíram a minha sala. – disse Annabeth olhando mortalmente para mim e para Nico.

Damon e eu estávamos sentados no chão onde minha mãe havia estendido um tapete e jogado as almofadas sobreviventes em volta da mesinha de centro, a única coisa que ficou realmente inteira depois da visita inusitada do dr. Espinheiro.

Nico estava deitado no chão em cima de um colchão inflável usando uma das almofadas como travesseiro e tendo Nina deitada de bruços em cima de seu peito olhando curiosa para o filho de Hades que tinha parado de fazer caretas engraçadas para ela quando ouviu o barulho da porta se abrindo.

A cada careta engraçada Nina soltava uma gostosa gargalhada que contagiava a todos.

Minha mãe estava na cozinha preparando o almoço e tentando dar instruções a Paul pelo telefone de alguma coisa que ele estava tentando fazer com minha irmã, Samantha. Pelas risadas divertidas que minha mãe estava soltando há poucos minutos ele deve ter feito muitas coisas erradas não seguindo as instruções direito.

Eu adoraria estar lá para ver o que ele estava aprontando no apartamento.

– Poxa, Annabeth. Eu já disse que não tivemos culpa nisso. – resmunguei e peguei Damon o colocando no meu colo. Sabe, só por segurança.

– É mama, foi um molonto. Papa me contou. – disse Damon com o rostinho serio.

– Independente de qualquer coisa vocês dois tem sorte de eu estar cansada por ter passado a noite toda com Anthony no hospital. – disse Annabeth indo em direção a Nico pegando nossa filha de cima dele.

Assim que Nina viu que era sua mãe que tinha a pegado a pequena abriu um sorriso banguela contagiante e fechou suas mãozinhas em torno da gola da camisa de Annabeth.

Annabeth deu um beijo na testa de Nina e a puxou para mais perto de si fazendo a pequena fechar os olhos gostando do carinho dela. E lá estava novamente o sorriso bobo no meu rosto.

– Poderia levantar dai Nico para podermos colocar a Lindsey ai. – pediu Annabeth e Nico prontamente a entendeu levantando do colchão. – Obrigada.

– Como que o Anthony esta, Annabeth? – perguntou Nico olhando Daniel colocar Lindsey no lugar em que ele estava há poucos segundos e pegou uma almofada no qual sentou em cima.

– Ele esta estável. Estão mantendo ele inconsciente para ele não sentir muita dor depois que ele saiu da cirurgia hoje de madrugada porque precisou colocar alguns pinos no joelho que sofreu uma grave lesão que, segundo os médicos, se não fosse feito poderia impossibilita-lo de usar a perna direita.– respondeu ela. – Ele precisou de transfusão de sangue. Teve hemorragia interna e quebrou um braço também.

Eu estava impressionado com o que ela tinha acabado de falar. Quando ela me falou que iria ficar com Anthony e depois me ligou do hospital ela só tinha me dito que ele estava vivo e fora de perigo, Annabeth não deu tantos detalhes assim alegando que não tinha muita informação para tal no momentto.

– Eu não achei que foi um acidente tão grave assim quando ligaram para a minha avó. – comentou Daniel sentando aos pés de Lindsey. – Só disseram que ele estava bem para ela.

– Se sua vó e a sua mãe tivessem ouvido como ele realmente estava duvido que algum medico ou seu avô as teriam deixado pegar um avião para cá. – disse Annabeth sentando ao meu lado.

Com cuidado para não acertar a irmã Damon passou os braços sobre o pescoço de Annabeth a dando um abraço e um beijo na sua bochecha.

– Quem é ela, mamãe? – perguntou Damon voltando a sentar no meu colo apontando para Lindsey que dormia profundamente com o pulso enfaixado e estava com o rosto muito pálido.

– Tecnicamente, uma amiga. – disse Annabeth ajeitando Nina em seu colo. – Ela vai ficar aqui até a mãe dela vir busca-la à tarde depois do trabalho dela.

– Ela não devia estar em uma cama de hospital pela quantidade de sangue que ela perdeu sendo observada por enfermeiras e médicos? – perguntei tirando meu colar de contas do acampamento e o entregando a Damon que tentava tirar ele de mim.

– Lindsey só precisou fazer uma transfusão de sangue e o medico disse que ela ficaria bem, ela só precisaria descansar e ficar em observação. Qualquer coisa que acontecesse com ela era para leva-la de volta ao hospital imediatamente. – quem respondeu foi Daniel. Intrometido.

– Você não interferiu em nada, não é? – perguntou Nico desconfiado olhando para Annabeth.

– Eu só usei a nevoa para fazer o registro dela, para não ter que dar muitas explicações sobre o que realmente aconteceu com ela. – disse Annabeth. – O medico que deu essas instruções.

– Achei impressionante esse negocio da nevoa. Foi engraçado ver como a recepcionista fazia tudo que Annabeth pedia sem nem piscar. – comenta o brasileiro safado divertido.

– E o que vamos fazer com ela a respeito do que ela fez hoje cedo? – perguntou Nico e Annabeth deu um sorriso de canto.

– Não se preocupe, eu já cuidei disso. – disse ela e Daniel fez uma careta. – Foi por isso que demoramos para voltar. – a forma como Annabeth contou isso me dava até medo de saber o que ela fez para descobrir essas coisas.

– E isso quer dizer que... – deixei a frase no ar.

– Que ela não tem culpa do que aconteceu, estava sendo contro...

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– O almoço já esta pronto. – disse minha mãe aparecendo na sala interrompendo Annabeth. – Opa, acho que interrompi alguma coisa.

– De forma alguma, Sally. Vocês podem ir almoçar que eu vou cuidar da pequena aqui. – disse Annabeth levantando do chão e indo em direção as escadas brincando com Nina em seu colo.

Almoçamos ouvindo historias sobre o Brasil que minha mãe fez o favor, notem bem o sarcasmo nessa palavra, de perguntar para Daniel.

Annabeth se juntou a nós quando já tínhamos terminado de comer. Ela já tinha tomado um banho, trocado de roupa – uma mais relaxada tipo uma camisa minha e um shorts curto –, e disse que já tinha dado de mamar para Nina e ela estava dormindo agora.

Depois que Annabeth terminou de comer minha mãe e Daniel foram embora. Minha mãe precisava socorrer Paul com Sam e o brasileiro safado tinha que voltar ao hospital.

– Oque é esse aparecimento repentino desse brasileiro safado? – perguntei assim que minha mãe e Daniel saíram pela porta e Annabeth e Nico riram.

– Ele veio junto com a mãe do Anthony e a sua mãe. – respondeu Annabeth. – As duas estavam abaladas emocionalmente sobre o acidente que Anthony sofreu então o pai do Daniel e o seu avô acharam melhor as duas terem uma companhia mais tranquila.

– E o que ele estava fazendo aqui no pais? Não deveria estar no Brasil longe daqui? E o mais importante, o que ele esta fazendo andando junto com você?

– Papai esta fazendo cala feia. – disse Damon apontando para mim.

– Me pergunto por que vocês dois sentem tanto ciúmes assim um do outro. – comenta Nico abrindo uma caixa de chocolate que ele tinha pegado no armário da cozinha.

Nico colocou a caixa no chão e a empurrou. A caixa veio em minha direção e antes que eu a pega-se Damon foi mais rápido e a pegou dando um chocolate para mim e outro para Annabeth antes de pegar o seu e colocar a caixa em cima da mesinha de centro.

– Ninguém esta com ciúmes aqui e esse brasileiro safado já deu em cima da Annabeth descaradamente na minha frente. – Annabeth e Nico rolaram os olhos em sincronia e me olharam céticos. – E também curiosidade é diferente de ciúmes e só me responde essas perguntas, por favor.

– Ele veio acompanhando sua mãe para uma visita de família. Não sei se deveria ou não estar no Brasil, isso não é da minha jurisdição. E respondendo a pergunta mais importante ele veio me dar uma carona para eu não ter que voltar de taxi. Esta feliz? – perguntou ela cética.

– Pode apostar que muito. – sorri para ela e Annabeth rolou os olhos tentando se segurar para não rir pressionando seus lábios na cabeça de Damon. –Obrigado.

– Pelos Deuses. – resmungou Nico e me lembrei de uma coisa.

– Falando em aparecimentos repentinos. – olhei para Nico. – Você não disse por que voltou tão cedo do acampamento. – A expressão de Nico mudou drasticamente e ele deixou de lado o resto de seu chocolate.

Ele estava com o rosto sombrio.

– Devemos voltar para o acampamento. – disse Nico seriamente olhando para mim e Annabeth. – Achamos uma pista de onde a Ashley pode estar e Quíron me disse que eu só posso ir atrás dessa pista se vocês dois forem comigo. Foi por isso que eu voltei, só não contei antes por causa do que aconteceu com Anthony, mas agora... – ele deu de ombros sem terminar sua frase.

– Então acho que ainda não vou poder punir vocês por destruírem minha sala e vamos ter que fazer as compras dos moveis novos para depois que voltarmos do acampamento. – disse Annabeth abraçando Damon e eu assenti aliviado por não receber uma punição e preocupado com o que quer que o futuro nós reserva com nossa volta ao acampamento.

O que eu não sabia era que eu não iria comprar móvel algum, mas que de uma forma muito... ruim eu seria realmente punido, pelo inimigo.