0012 a Espada Sagrada

Capítulo 035 - Vamos acabar com isso!


Capítulo 035: Vamos acabar com isso!



Sato voltou a dormir depois de falar com o Kim, com quem havia combinado de ir junto ao Clube Marcial de Tóquio perguntar sobre o sonho que estava incomodando os dois. Às sete horas da manhã, Sato acordou, cada vez mais preocupado com aquele pesadelo que não o deixava em paz.


- Eu vou dar um jeito nisso hoje mesmo! – disse Sato. – Eu to extremamente cansado, não dormi quase nada hoje por causa desse sonho horroroso!


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Sato rapidamente se arrumou e às oito da manhã, Kim tocou a campainha de sua casa.


- Tchau, mãe, eu vou dar uma passada lá no Clube e depois vou direto para o meu treinamento... – disse Sato, ao passar pela sua mãe, que estava na cozinha.


- Certo, tchau, meu filho... – disse a Sra. Akira.


Então, Sato abriu a porta de sua casa e apertou a mão de Kim.


- E aí, cara, beleza? – disse Kim, parecendo bastante abatido. – Eu quero resolver isso logo, de uma vez por todas!


- Eu também... isso vai acabar refletindo nas lutas do torneio regional! – disse Sato. – O meu treinamento de hoje eu tenho certeza que vai ser simplesmente péssimo! Eu nunca tive uma noite tão ruim em toda a minha vida!


- Concordo... – disse Kim. – Entretanto... eu tenho quase certeza de que esse sonho quer mesmo dizer alguma coisa! Eu estou sentindo uma certa angústia dentro de mim por causa desse sonho...


- Eu também... – disse Sato. – Aproveitando que nós vamos lá no Clube, eu acho que o Wagaky e a Kiwa já devem estar de alta agora, não é?


- Sim, eu acho que sim... – disse Kim. – Eu me lembro que o Wagaky falou que teria alta no final de ontem... e a Kiwa deveria ter alta hoje ou amanhã...


- É, eu acho que é isso mesmo... – disse Sato. – Vamos correndo logo...


- Certo! – disse Kim.


Os dois garotos começaram a correr numa velocidade extraordinariamente grande e em poucos minutos chegaram no Clube Marcial de Tóquio. Eles rapidamente entraram e foram até o quarto onde Wagaky e Kiwa estavam.


- E aí, como estão? - disse Kim entrando.


Os dois estavam com suas roupas normais, ambos de pé, ao lado de suas respectivas camas.


- E então, já estão de saída daqui...? – disse Sato.


- É, eu tive alta antes do que pensei! – disse Kiwa. – Finalmente eu vou sair daqui!


- Já comigo foi exatamente o contrário! – disse Wagaky, parecendo meio zangado. – Eu achei que teria alta ontem, mas só estou tendo hoje!


Sato e Kim estavam calados.


- Ei, vocês estão muito estranhos hoje... – disse Wagaky. – Aconteceu alguma coisa?


- É mesmo! O que aconteceu? Vocês não são assim! – disse Kiwa.


- É que a gente tem que resolver uma coisinha... – disse Sato. – Vamos logo, Kim...


- Certo... – disse Kim. – Tchau pra vocês...


- Tchau... – disseram Wagaky e Kiwa, estranhando bastante.


Os dois garotos saíram rapidamente do centro médico e foram na direção do térreo do Clube. Cruzaram com Haiki pelo caminho, mas nem falaram com ele.


- Que esquisito... esses dois estão mais sérios do que o normal... – disse Haiki. – Bom, eu tenho que ir logo, senão não pego a Kiwa... ela já teve alta, já deve estar saindo!


Haiki foi correndo na direção do centro-médico.


Kim e Sato estavam andando rapidamente e chegaram em poucos segundos no térreo do Clube. A movimentação era intensa de professores e alunos.


- Ah, você lembra onde que o Tsukynare está numa hora dessas, Kim? – disse Sato.


- Não, na verdade não! – disse Kim.


- Ah, mas espera aí! – disse Sato, olhando para um papel pregado em uma das paredes do térreo. – Como esse evento do torneio... eles tiveram que reorganizar alguns horários... eles estão fixados naquele papel, vamos logo lá ver!


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- É mesmo! Eu tinha me esquecido disso! – disse Kim. – Vamos lá!


Sato e Kim, empurrando bastante gente rapidamente começaram a ver o papel no qual dizia os horários.


- Bom, são dez para às nove da manhã... – disse Sato, olhando para um relógio que ficava no térreo. – Então, o Tsukynare está...


Os dois procuravam atentamente pelo nome de Tsukynare.


- Aqui! – disse Sato. – Ele está no segundo andar! Vamos lá!!!


- Certo!!! – disse Kim.


Então, Sato e Kim correram em grande velocidade na direção da sala onde Tsukynare estava dando aula e abriram a porta bruscamente. Todos os alunos ficaram olhando para eles e Tsukynare também.


- O que estão fazendo aqui?! – disse Tsukynare. – Estão interrompendo a minha aula!


- Desculpe, mestre, mas é que nós precisamos falar urgentemente com você! – disse Sato. – É sério...


Tsukynare hesitou um pouco.


- Certo, olha, eu sinceramente não posso parar agora, está bem? - disse Tsukynare. – Eu terei um intervalo daqui a uma hora! Me encontrem lá no térreo dentro desse tempo, tudo bem?


Sato fez cara de decepcionado.


- Ta certo! – disse Sato.


Então os dois saíram da sala. Foram para o centro-médico e ficaram conversando um pouco com Kiwa e Wagaky. Depois de uma hora, Kiwa e Wagaky tiveram alta definitiva e saíram do Clube, ao lado de Haiki e então Sato e Kim ficaram parados no térreo.


- Caramba, tomara que ele não demore muito! – disse Sato.


- Olha ele lá!!! – disse Kim.


Então, Tsukynare estava vindo na direção dos dois.


- Muito bem, venham comigo... – disse Tsukynare.


Então, Tsukynare os guiou para numa sala de aula que estava vazia. Sato e Kim se sentaram na frente dele.


- Escuta, mestre, tem uma coisa que está nos incomodando bastante! – disse Sato.


- E o que é?! – disse Tsukynare.


- É um pesadelo... que está incomodando tanto a mim quanto ao Kim... – disse Sato.


- Pesadelo? Mas dois estão tendo o mesmo pesadelo?! – disse Tsukynare.


- Exatamente! – disse Kim.


- E do que se trata esse tal pesadelo? – disse Tsukynare.


- É o seguinte... – disse Sato. – O pesadelo acontece numa floresta bem escura... e nela... há dois caras que eu não sei quem são... e um deles tem cabelos vermelhos e tortura o outro brutalmente! E o ferido fica gritando o meu nome... dizendo que eu deveria ir lá salvar ele! Dizendo que eu não devo ir em grupo porque eles armaram várias armadilhas para pegarem grupos em abundância! E o mais estranho disso tudo... é que o Kim também tem o mesmo sonho... ao mesmo tempo!


Tsukynare parecia estar pensativo.


- Hum, de fato isso é muito estranho! – disse Tsukynare.


- O que nós gostaríamos de te perguntar, mestre... – disse Sato. – É se... tem alguma forma de esse pesadelo estar sendo provocado por alguém...


- É, essa foi a primeira coisa que me veio à cabeça! – disse Tsukynare.


Sato e Kim arregalaram os olhos.


- Então tem mesmo uma forma de provocar sonhos através da energia sobrenatural?! – disse Kim.


- Sim, com certeza... – disse Tsukynare. – Entretanto... só um lutador experiente demais consegue usar uma técnica dessa magnitude!


- Mas o que você sugere que nós façamos? – disse Sato. – Às vezes penso que deveria achar esses caras... se eles realmente existem... mas isso pode bem ser uma armadilha!


- De fato, deve ser mesmo uma armadilha! – disse Tsukynare. – Com certeza esse sonho está sendo provocado por alguém! E eu acho... que nós deveríamos dar uma busca bem detalhada em toda a cidade de Tóquio e procurarmos em todas as florestas também!


- Mas mestre, eu deveria ir sozinho... é o que esses caras querem! – disse Sato. – Se fizermos alguma busca desse tipo... isso poderia colocar o cara que está sendo torturado numa situação... de morte!


- Sim... – disse Tsukynare. – Você não deixa de ter razão, Sato!


- Mas ele também não pode ir sozinho! – disse Kim. – Se esse cara de cabelos vermelhos for mesmo o que está causando esses sonhos... então ele é bem forte, não é?


- Hum, você também tem razão, Kim... – disse Tsukynare.


Tsukynare estava começando a suar.


“Que droga... não há nenhuma prova ainda, mas parece que aquele cara já está começando a agir...!” pensou Tsukynare. “Eu não posso deixar o Sato ir sozinho... entretanto, não poderia deixar um inocente morrendo nas mãos desse tal homem de cabelos vermelhos! Droga, o que devemos fazer?!” pensou Tsukynare.


- Uma coisa certa, pessoal! – disse Sato. – Mesmo que isso seja algum tipo de armadilha... eu preciso ir lá! Não posso deixar aquele homem morrer... ele estava numa situação simplesmente desesperadora! Eu estava pensando... em eu ir e o Tsukynare e mais alguns lutadores experientes ficarem mais afastados, mas se esse cara de cabelos vermelhos é realmente poderoso... ele mataria o homem que está sendo torturado ao perceber a presença de Tsukynare e os outros... já que ele é bem forte, vai conseguir captar a mínima quantidade de energia!


- Escuta, Sato... isso com certeza é alguma armadilha pra pegar você! – disse Tsukynare. – Você não pode ir sozinho lá...


- É, eu sei... mas por que esses caras... querem a mim? Quero dizer, se esse for mesmo o caso, se isso for mesmo uma armadilha... por que eles querem me capturar se eu nunca vi esses caras na minha vida?! – disse Sato.


Tsukynare estava suando bastante.


“Ainda é melhor não contar nada a ele...” pensou Tsukynare. “Ele vai acabar se preocupando demais e não vai se dar bem no torneio e o treinamento dele vai acabar sendo prejudicado... e isso não pode acontecer... ele realmente precisa treinar bastante pra se defender daquele desgraçado!”


- E então, Tsukynare, o que nós vamos fazer?! – disse Kim.


Tsukynare estava bastante indeciso.


“Eu... preciso ir! Esse cara ta torturando o outro demais! Eu preciso ir!!!” pensou Sato.


- Escuta... eu acho que já sei o que podemos fazer quanto a isso... – disse Tsukynare.


Sato e Kim estavam bastante atentos às palavras de Tsukynare.


- O nosso mestre Herzuz é definitivamente um gênio da compreensão de energia sobrenatural e das artes marciais! – disse Tsukynare. – Eu pedirei a ele, para, até o final do dia... criar um aparelho que capte a sua energia sobrenatural, Sato...


- Como é que é?! – disse Sato. – Pra que isso?!


- Assim... – disse Tsukynare. – Eu permitirei que você vá sozinho ao local onde essa tortura está acontecendo... entretanto, se percebermos através desse aparelho que sua energia está começando a diminuir... ou mesmo se alterar constantemente... isso significará que você está em um combate... e então, entrarei em ação imediatamente! E não se preocupe, não só eu, mas outros cinco ou seis lutadores de níveis até superiores que o meu, incluindo o mestre Herzuz... entraremos em ação e estaremos preparados para irmos até o local onde você estiver bem rapidamente!


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- Certo, eu acho que saquei o plano, mas... – disse Sato. – Eu tenho duas perguntas. Vocês vão mesmo conseguir chegar ao local bem rápido?


- Com certeza, Sato! Não precisa ficar preocupado por causa disso! – disse Tsukynare. – Vamos com certeza entrar em ação o mais rápido possível, não importa onde seja o local... vamos estar contando com a ajuda do mestre Herzuz!


- Sim... e mais uma pergunta... – disse Sato. – Onde fica esse local?!


Tsukynare ficou pensativo.


- Bom... creio eu que se isso é mesmo uma armadilha... – disse Tsukynare. – Ele vai fazer você ser atraído de alguma forma para esse local, entende?


- É, nisso você está absolutamente certo... – disse Sato, abrindo um sorriso malicioso. – Hum, mesmo eu entrando em alguma luta que vocês irão interromper... isso vai ser muito bom pro meu treinamento... terei noção de como é uma força muito maior do que a minha, isso vai ser ótimo pro meu treinamento!


- Olha aqui, Sato! Não exagere! Esses caras devem ser mesmo extremamente fortes! – disse Tsukynare. – Bom... o meu intervalo já está quase acabando, eu preciso voltar pra sala... e tenha bastante cuidado, Sato... até o final do dia, garanto que o aparelho estará pronto e aí... você entrará em ação...


- Sim... – disse Sato.


- E não se preocupe em nos comunicar nada... saberemos tudo sobre você, desde sua localização até o nível em que sua energia se encontra... – disse Tsukynare. – Agora podem ir...


- Tudo bem... – disse Sato.


Então, Sato e Kim saíram da sala e Tsukynare também. Os dois garotos foram para o térreo e Tsukynare foi para sua sala.


- Kim... eu estou nervoso, mas empolgado! – disse Sato. – Isso vai ser bem interessante... eu vou conseguir sentir a força de alguém bem mais forte... e a partir daí, essa será a minha meta de treinamento... ficar tão forte quanto esses caras!


- Eu estou é assustado, isso sim! – disse Kim. – Eu não confio muito nesse plano do Tsukynare... é muito falho... pelo menos, é o que eu acho...


- Não, não é não, Kim... – disse Sato. – Eles vão saber a localização e tudo o mais... por mais forte que esse cara de cabelos vermelhos seja, não será mais forte que o Herzuz com certeza! Ele tem uma infinidade de técnicas... com certeza conseguirá chegar ao local em menos de um segundo se perceber que minha energia está se alterando bastante...


- Bom, isso é, o Herzuz é mesmo incrível... – disse Kim. – Nunca tive uma demonstração dos poderes dele, mas só pelo que ouvi dizer pelos seus feitos...


- Então! Não há com que se preocupar! – disse Sato. – Eu tentarei fazer o possível para pegar aquele cara que está sendo torturado e escapar com ele dali, antes que se comece uma briga! Entretanto, tem uma coisa que está me incomodando...


- E o que é?! – disse Kim.


- Se esse cara é mesmo capaz de provocar sonhos nos outros... –disse Sato. – Ele pode muito bem inventar os sonhos... talvez nem exista esse cara sendo torturado e tal...


- É, realmente, eu ainda não tinha pensado nisso... – disse Kim.


- Mas de qualquer forma, não há como saber se eu não puder ver com os meus próprios olhos, não é? – disse Sato.


- De fato... – disse Kim.


- Bom, eu acho que não tem jeito mesmo! – disse Sato. – Eu preciso ir lá e falar com esse cara de cabelos vermelhos com certeza!


Então, Sato e Kim começaram a sair lentamente do Clube.


- Eu voltarei aqui lá pás sete da noite... – disse Sato. – Você vai vir comigo também?


- Claro! – disse Kim. – Eu vou ficar no Clube com eles! Não posso te abandonar, né cara?


- Heh, valeu! – disse Sato.


- E vou falar com os outros também! – disse Kim. – Eles com certeza vão ficar lá com a gente!


Sato e Kim foram andando lentamente pela rua. No alto de um poste um pouco distante dos dois, havia dois homens de capuz preto.


- Devemos avisar isso imediatamente ao mestre Rinus!!! – disse uma voz grossa.


- Vamos logo!! – disse uma outra voz, tão rude quanto a primeira.


Então, os dois simplesmente desapareceram.