Unidos pelo Destino 1
Capítulo 21
Todas as aulas foram suspensas, todos os exames adiados. Alguns estudantes foram retirados as pressas por seus pais da escola nos dias que seguiram.
Em uma manhã fria e sem sol, Os Escolhidos se encontravam na mesa da Grifinória, Hermione mexia distraidamente em seu café. Não estava tento muito apetite nos últimos dias.
- Gatinha? – chamou Draco baixinho lhe estendendo uma torrada – Coma um pouco, por favor.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Não consigo, serio, não desce nada pela minha garganta.
- Tente. Pelo menos uma, por favor.
Ela pegou a torrada amanteigada das mãos dele, e deu uma mordida.
- Obrigada – disse ele se voltando para seu suco de abobora.
A professora McGonagall se levantou e o silencio reinou no Salão Principal.
- Esta quase na hora – começou ela. - Por favor, acompanhem os diretores de suas Casas até os jardins. Alunos da Grifinória e Escolhidos venham comigo.
Eles deixaram seus bancos, quase em silencio. Slughorn estava à frente dos alunos da Sonserina. Todos seguiram em direção ao lago. Haviam dispostas centenas de cadeiras enfileiradas com uma passagem pelo centro, e uma mesa de mármore á frente das cadeiras. Varias e varias pessoas já ocupavam cadeiras, os fantasmas do castelo também estavam lá, flutuando quase invisíveis pela claridade. McGonagall colocou Hermione, Harry. Gina. Draco, Rony e Luna na primeira fileira de cadeiras, e os outros alunos atrás. Do outro lado da primeira fileira, estavam os professores de Hogwarts e o Ministro, Scrimgeour.
Ouviu-se então uma musica estranha e sobrenatural. Muitas cabeças se viraram a procura de sua origem.
- Lá dentro – sussurrou Gina apontando para o lago.
Um coro de sereianos cantava em uma língua que os garotos não conheciam. Cantavam claramente sobre o desespero e a perda.
- Olhem – sussurrou Gina outra vez.
Hagrid vinha andando pela passagem entre as cadeiras. Chorava silenciosamente e trazia nos braços, envolto em veludo roxo salpicado de estrelas douradas. Hermione estremeceu, era o corpo de Dumbledore. Já caiam lagrimas dos rostos dela, de Gina e de Luna.
O meio gigante colocou o corpo cuidadosamente sobre a mesa, e voltou para a ultima fila, se sentando ao lado de Grope, seu irmão.
Um homenzinho com cabelos em tufos e vestes pretas se levantou e parou frente ao corpo de Dumbledore. Ele começou a falar, mas os murmúrios de vozes eram tanto que não se escutava nada.
Hermione sentia como se uma lança em chamas lhe cortasse o coração.
O homenzinho parou de falar e muitas pessoas gritaram. Vivas chamas irromperam em torno do corpo de Dumbledore e da mesa em que jazia, subiram espirais de fumaça branca no ar. Uma fênix voou para o infinito e um tumulo de mármore branco surgiu, encerrando o corpo de Dumbledore e a mesa em que repousara. O tumulo levitou e atravessou o Lago Negro até uma pequena ilha, e lá foi deixado.
De repente, uma saraivada de flechas rompeu o ar, Hermione entendeu como a homenagem dos centauros.
Seu rosto estava vermelho por chorar, Draco franzia a testa, mais branco que normalmente. Gina e Harry cochichavam algo que Hermione não estava interessada em ouvir.
- Podemos falar? – sussurrou ela para Draco – Em particular.
- Claro.
Eles se levantaram, se despediram de Luna e Rony que os olhavam com um aceno de cabeça. E seguiram para dentro do castelo.
•••
- O que quer falar comigo? – perguntou ele apoiado na grade da Torre de Astronomia.
- Estive pensando. – respondeu se apoiando também na grade – Pra onde você vai? Digo, não pode voltar para sua casa. Todos sabem que você é um escolhido.
- Não tinha pensado nisso. – respondeu olhando o horizonte.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Eu vou voltar para minha casa trouxa, e vou estar sozinha. Porque não vai comigo?
- Ir? – perguntou, a encarando – Com você? Pro mundo trouxa?
- Sim. – ela deu um sorriso fraco – Se não quiser, vou entender, foi só uma sugestão.
- Eu adoraria. – respondeu ele mais animado – Nunca fui pra lá. Meu pai não gosta e... Ah você sabe.
- E como sei...
- Mas não tem problema mesmo?
- Claro que não. Eu moro sozinha.
- Obrigada – ele a abraçou.
- Não agradeça.
•••
O expresso de Hogwarts acabara de chegar à Estação King’s Cross. Ao saltar para a estação, Hermione encarou a locomotiva vermelha com pesar.
- Não consigo suportar a idéia de que talvez nunca voltemos – disse ela baixinho – Como é que Hogwarts pode fechar?
- Talvez não feche – respondeu Ron. - Que é que você acha, Harry?
- Não vou voltar nem que reabra. Voltarei mais uma vez para a casa dos Dursley e depois partirei para sempre. Tenho que rastrear as outras Horcruxes, não é?
- Estaremos lá – disse Ron com firmeza.
- Que?
- Na casa dos seus tios. Então vamos com você aonde for.
Gina e Luna assentiram animadas.
- Não! – disse Harry depressa.
- Harry! Chega! Somos os Escolhidos. Temos que fazer isso juntos!
- Com ele não Hermione! – ele apontou para Draco.
- Ora, Potter. Saiba que também não faço questão da sua companhia.
Os dois sacaram as varinhas e apontaram um para o outro.
- PAREM! – Hermione se pois em frente a Draco e Ron segurou Harry pelos ombros. – Vocês não acham que já esta bom? – ela berrou – Pelo amor de Merlin! Vocês têm 16 anos! Não 11! JÁ NÃO ESTA NA HORA DE ACABAR COM ESSA BIRRA DE MENINOS DO PRIMEIRO ANO, E SE COMPORTAREM COMO DOIS HOMENS QUE VÃO SALVAR O MUNDO?
- Hermione? – perguntou Harry abismado – Como pode dar razão a ele?
- Não estou dando razão a ninguém Harry! Já chega! Porque vocês não crescem?
- Eu cresci Hermione! Mas não posso fazer isso com ele! – Harry apontou para Draco – Não confio nele! Como posso confiar em ágüem que tem a Marca Negra no braço?
- Harry! – Hermione ofegou horrorizada – Ele não matou Dumbledore! Você sabe disso! Ele pode ter sim a Marca no braço, mas ele não é o que parece! Você estava lá, você ouviu Dumbledore!
- Não ligo! Com ele eu não vou!
- Harry, por favor. – sussurrou Gina – Somos seis, e não cinco.
- Ele vai ficar comigo, no mundo trouxa. Na minha casa. Vejo vocês no casamento de Gui e Fleur.
Ela pegou seu malão e puxou Draco pelo pulso. Os dois se posicionaram na barreira da Plataforma 9 ¾ e juntos a atravessaram para o mundo trouxa.
Encontraram Olho-Tonto esperando por eles em um beco próximo a estação. E depois de dar o endereço de sua casa para o auror, e sem saber o que esperar, para dali a três meses.
Hermione e Draco aparatam para a casa dos Granger.
Fim.
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