E O Avatar Resurge

Capítulo 12 - De volta a Mansão Beifong


Nem consegui dormir direito, precisava tirar as meninas de lá a qualquer custo. Quando o dia estava amanhecendo eu e Masami nos encontramos na porta da prisão.

-Pronta? – ele perguntou?

-Muito pronta. – respondi.

-Você entra e quando os guardas estiverem vindo para a troca nós pegamos eles, certo?

-Sim.

Ficamos um de cada lado da porta esperando os guardas virem, três passaram na frente e quando os dois de trás estavam chegando eu e Masami agarramos cada um, amarramos e deixamos escondidos nos arbustos. Vesti os uniformes e tentei tampar meu rosto com um pano.

Adentramos a prisão e chegamos na cela das meninas, estavam horríveis, Meigh estava tão pálida que dava dó, Ming estava assustada com os olhos girando de um lado para o outro, Lee parecia um vulcão, os olhos raivosos e o rosto fechado. Fiquei pensando no que tinha acontecido ali.

-O que fizeram com elas? – tentei engrossar a voz.

-Ficar cuidando delas é muito chato, e eu preciso de diversão de vez em quando. – um guarda riu alto.

Olhei com medo pra Masami e ele parecia igualmente assustado. Os guardas estavam quase perto da porta de saída quando eu desferi o primeiro golpe de fogo e derrubei um guarda, os outros tentaram me atacar, mas Masami me defendeu.

-Solte as meninas! – gritei pra Masami.

-É melhor você fazer isso, não tem nenhuma chave por aqui. – ele falava enquanto abatia uns três guardas por vez.

Concordei com a cabeça, mas duvido que ele tenha ouvido. Adentrei a cela e derreti a corrente da mão direita de Lee.

-Deixa o resto comigo, solta a Meigh. – Lee começou a derreter as correntes sozinha.

Fui até Meigh e derreti as correntes das mãos e dos pés o mais rápido que consegui. Ela se levantou com a pura fúria nos olhos.

-É MELHOR SE SEGURAREM! – ela gritou.

Meigh mal terminou de falar e uma rajada de vento tomou conta da prisão, eu comecei a flutuar e se não estivesse segurando a corrente que a prendia eu teria virado patê de avatar na parede. Masami e Ming se seguraram na grade e os guardas saíram lá de dentro voando como folha em um furacão. Assim que o vento cessou e eu toquei o chão corri para derreter as correntes de Ming.

Ming estava tão assustada que não estava nem falando direito, só tremia e os olhos ficavam mexendo de um lado para o outro. Soltei as correntes e a ajudei a se levantar.

-O que aconteceu com ela? – perguntei pra Lee.

-Eu não quero falar sobre isso tudo bem? Vamos embora e eu cuido da minha irmã. – Lee tinha a personalidade explosiva e quase sempre tinha a postura de um general, mas quando olhou para a irmã toda essa pose se foi e só restou uma pessoa com pena.

Olhei Ming direito e as roupas dela estavam com sangue, eu estava curiosa, queria muito saber o que tinha acontecido, mas se Lee estava daquele jeito Ming estava pior.

Meigh de algum jeito conseguiu recuperar o Appa e voamos por um dia e algumas horas até chegarmos a Mansão Beifong.

-Mamãe vai ficar muito feliz em nos ver. – disse Masami quando pousamos no jardim.

-Isso se ela não ficar brava por Appa estar em cima das flores dela. – desci do bisão.

-Eu explico que foi um pouso complicado. – ele deu de ombros e sorriu.

Appa estava cansado e com fome, foi um milagre conseguirmos chegar sem parar para descanso ou comer. Ming só falava algumas coisas com Lee e bem baixinho. O que quer que tenha acontecido naquela prisão a deixou traumatizada de verdade.

Entramos na mansão, estava como da ultima vez que vi, nada foi mudado de lugar e continuava com a decoração limpa e impecavel.

-Senhor Beifong, que prazer revê-lo! – disse o mordomo para Masami.

-É bom te ver também Hiroshi, onde está a mamãe? – Masami perguntou.

-A Senhora Beifong está em seu quarto repousando, quer que eu a chame?

-Não, pode deixar ela descansar. Só me faça um favor. – ele pediu.

-O que quiser.

-Leve Ming e Lee para um dos quartos de hospedes e leve tudo o que elas pedirem.

-Claro senhor. Por aqui senhoritas. – Hiroshi conduziu as meninas para o quarto.

Eu, Meigh e Masami ficamos ali na sala de estar.

-Meigh, o que aconteceu a Ming? Ela não falou nada a viagem toda. – perguntei.

-Eu não gosto de falar sobre o que aconteceu, mas Ming foi violentada. – a expressão de Meigh era perturbadora.

-Que tipo de monstro faria isso? – levei as mãos à boca.

-Aqueles monstros a levaram da cela, só conseguimos ouvir os gritos dela e não pudemos fazer nada. Lee começou a soltar fogo pela boca, se debatia nas correntes pra tentar escapar, mas não conseguia.

-Mas o que está acontecendo, por que estão fazendo isso? Por que querem isso? – Masami estava furioso.

-Eu não sei o eles querem, mas eu não posso deixar isso acontecer. – dei um soco em uma mesa e os enfeites dela saíram voando.

-Vamos planejar alguma coisa, mas agora só precisamos nos alimentar. – Masami nos levou para a cozinha.

Enquanto estávamos comendo Mitsue apareceu mais radiante do que nunca, Masami largou a comida e correu para a mãe, me levantei e fui cumprimentá-la também.

-Senhora Beifong, é um prazer estar aqui novamente. – sorri pra ela.

-O prazer é meu Avatar Nikki, recebi a noticia que se tornou um avatar completo a poucos dias. – ela me abraçou.

-Sim, e terminei meu treinamento com Meigh. – fiz sinal para Meigh que estava em pé ao lado da mesa.

-É um prazer conhecê-la Senhora Beifong, sou Meigh da Cidade da Republica, filha de Ikki. – Meigh se aproximou e se curvou, Mitsue fez o mesmo.

-Quer dizer que o bisão voador que está la fora é seu? – Mitsue sorriu brincalhona.

-A culpa foi minha mamãe, o melhor campo aberto era o jardim e Appa estava quase caindo de sono, literalmente. – Masami foi logo explicando.

-Tudo bem filho, não tem problema. Fico muito feliz por vocês estarem aqui, soube que tem mais duas? – ela perguntou.

-Sim, são as princesas da Nação do Fogo, estão no quarto. Ficaram muito cansadas da viagem. – expliquei.

-Certamente. – a Senhora Beifong olhou cuidadosamente pra mim. – Fiquem a vontade então.