Enchanting To Meet You

O Julgamento


POV Katniss

Não foi facil me lembrar de que teria que olhar para a cara dele de novo. Achei que tivessem pegado ele em flagrante, ou seja, não precisaria depor. Mas vejo que não foi bem assim. Lembro do tiro que tomei dele, e o estado de Gale no hospital por causa dele, e Makailla morta. Imagina a reação dele quando descobrir que ela esta morta. Com toda certeza eu vou querer contar isso pessoalmente.

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- Como assim Kat? Achei que tivesse sido flagrante.. - comentou Peeta ao meu lado.

- Eu tambem achei amor, mas não foi! A não ser que isso seja uma brincadeira de muito mal gosto. - ele pegou o papel da minha mão

- Não, pior é que não é brincadeira. Ta assinado pelo juiz.. - nos olhamos sem reação por alguns minutos.

- Bom, então vamos nos arrumar! Temos que ir para o forum.. - eu disse corajosa.

- Vamos deixar a meninas aqui mesmo?

- Não, meus pais vão trabalhar. Sua mãe pode ficar com elas?

- Claro, vamos?

- Vamos.. - nós subimos para nos arrumar, arrumar as meninas e depois irmos para a casa dele.

Nós descemos 30min depois, porque por mais que elas sejam pequenas, dão um trabalho danado para trocar fralda e roupa. Nos despedimos dos meus pais e Prim, e fomos em direção a casa dele. Nossos planos para nos mudarmos amanha não vao rolar, não compramos nem as passagens e as coisas das bebes vão ter que ficar para outro dia tambem. Chegamos na casa de Peeta.

- Mããe? - ele chamou.

- Estou na cozinha filho! - ela respondeu.

- Mãe, tudo bem?

- Sim, filho e você?

- Tudo. Mãe preciso de um favor seu!

- Diga querido.. - ela disse secando as mãos no pano da pia.

- Teremos que ir ao forum depor contra Cato, será que você pode cuidar das meninas?

- Claro, será um prazer meus amores! - ela nos olhava com os olhos estreitos que nem Peeta fazia quando estava pensando em algo. - Terão que depor contra Cato?

- Sim.

- Mas ele foi pego em flagrante.

- Ele não estava na casa quando invadiram! Não é flagrante.. - eu me lembrei.

- Katniss, você tem razão! - Peeta me olhou surpreso.

- Sim.. agora vamos. Ou nos atrasaremos! Muito obrigada Coin.. - eu agradeci lhe abraçando.

- Magina Katniss.. boa sorte meninos! - ela desejou e nós saimos.

Andamos até a garagem para pegarmos o carro e irmos ao forum. Eu não estava nem um pouco afim de fazer qualquer coisa relacionada ao Cato, nem que fosse sentenciar ele a morte. Achei que tivessemos nos livrado dele. Minhas mãos estão suando e o frio na barriga aumentando a cada km que ficamos mais próximos do local. Olho para Peeta e ele esta branco, e aperta suas mãos no volante cada vez mais.

- Peeta se acalme! - disse pegando uma de suas mãos.

- Não tem como ficar calmo amor. Ele matou a mãe das minhas filhas e ainda terei que depor contra ele.. - é, ele estava bem irritado.

- Sei quer não é um momento muito bom para te acalmar. Mas você precisa ficar calmo... - eu beijei sua mão e ele apenas assentiu com a cabeça respirando fundo.

Demoramos 1h para chegar ao forum. Ele ficava no meio da estrada e por incrivel que pareça estava lotado. Peeta estacionou e desceu do carro muito rapido. Eu o acompanhei, mas a cada um passo que ele dava eu dava 3 pra compensar. Fomos porta a dentro o Peeta falou com um homem que pediu identificação.

- Senhor, Nome e Caso por favor. - o homem parou Peeta com a mão no peito.

- Peeta e Katniss, caso Cato. - ele disse olhando a mão do cara no peito, que logo a tirou.

- Podeme entrar. - ele disse nos abrindo a porta da onde seria o julgamento.

Nos entramos e nos sentamos apenas esperando sermos chamados.

Vimos Cato sentado ao lado de seu advogado e Peeta fez questão de sentar bem longe dele.

- Tenha calma, eu sei que é um caso difícil, mas nós vamos vencer. - disse o advogado ao Cato

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- Não sei... cometi um grande erro, e acho que vou ter que pagar. - Cato respondeu de cabeça baixa.

- Confie em mim. Apenas confie. - ele assentiu e novamente abaixou a cabeça.

Os jurados entraram na sala um por um, e sentaram-se ao lado da mesa do juiz em um espaço grande e reservado para eles. Logo depois chegou o jurado principal, que senta-se perto do Juiz. O Meirinho aparece dando inicio ao julgamento.

- Todos em pé. Presidindo agora a sessão o Meritíssimo Sr. Juiz Arnaldo. - ele acaba de falar e entra o Juiz todo de preto e senta-se em sua cadeira. Ele tem cara de arrogante.

- Caso nº Gn-3:6 Cato. - o meirinho diz o nome do caso e o juiz começa

- Senhores, existe alguma chance de reconciliação das partes? - todos se entre-olham, é claro que não, eu penso.

- Não excelência. A promotoria está aqui para pedir a pena máxima. - o promotor começa

- Excelência, meu cliente foi coagido... - diz o advogado de Cato.

- O nobre advogado terá a sua chance de falar. Sr. Promotor, pode chamar sua testemunha. - diz o Juiz ignorando o advogado de defesa de Cato.

- A promotoria chama o Sr. Peeta Mellark. - disse o promotor.

Peeta ficou estatico do meu lado. Dei uma cutucada em seu braço e logo ele se levantou. Andou em direção a mesa e se sentou ao lado esquerdo do juiz, onde ficavam as testemunhas.

- Jura dizer a verdade, nada mais que a verdade? - disse o meirinho com a biblia esticada para Peeta.

- Sim. - Peeta respondeu seco

- Sente-se. - Peeta sentou-se novamente.

- Por favor, diga seu nome e sua ocupação.

- Peeta Mellark. Sou estudante.

- E o que o senhor era de Makailla Stoubss?

- Eu era ex-namorado e pai das nossas filhas.

- Entao o senhor tem uma ligação muito grande com ela certo?

- Sim.

- Se lembra do ultimo momento em que a viu?

- Sim, eu fui visita-la no hospital um dia antes de ela ser sequestrada.

- O senhor sabia das intenções do acusado?

- Não senhor.

- Tinha ou tem alguma ligação com o acusado?

- Nenhuma senhor.

- Sem mais perguntas, meritíssimo. - disse o promotor.

- Sr. Advogado, tem alguma pergunta? - o Juiz perguntou.

- Sim, meritíssimo. Sr. Peeta Mellark. O senhor disse que era ex-namorado da Vitima. Porque a deixou?

- Porque eu precisei.

- Simples assim?

- Simples assim.

- Porque pelo que eu fiquei sabendo, o Sr. largou ela para ficar com outra sabendo da gravidez dela.

- Não... eu não... - Peeta estava nervoso.

- Ou você a deixou porque simplesmente quis?

- Eu tive que deixar toda a minha família. Fui para o exercito!

- Já ouvi algo assim sobre você Sr. Peeta Mellark. Só que faltou a parte em que o Sr... - ele foi interrompido pelo Promotor

- Meritíssimo, por favor, lembre ao nobre colega que quem está sendo julgado aqui é o cliente dele, e não a testemunha.

- Sr. Advogado, por favor, contenha-se. - disse o juiz acatando.

- Mas, meritíssimo...

- Eu sou justo, lembre-se disso. O Sr. Peeta Mellark esta aqui como testemunha, ele não está e nunca estará em julgamento aqui. Por favor, tem mais alguma pergunta?

- Sim, meritíssimo, eu tenho. Sr. Peeta: alguma vez o Sr. pensou que o meu cliente pudesse fazer alguma coisa contra ela?

- Sim.

- O quê?

- O que eu achei que ele pudesse fazer, ele fez. - Peeta se referiu ao sequestro

- E por que você achou isso?

- Porque ele tinha vários problemas na vida dele. E pelo o que eu fiquei sabendo o pai dele tambem foi um sequestrador. Não se espera muito de pessoas com ele.

- Muito obrigado. Sem mais perguntas, meritíssimo.

- Mais uma pergunta, Sr. Peeta, você se aproximou da vitima depois do ocorrido?

- Sim. Porque ela estava gravida das minhas filhas.

- Obrigado.

- O Sr. pode descer. Sr. Promotor, sua próxima testemunha. - disse o Juiz.

- A promotoria chama a Sra. Katniss Everdeen. - eu acho que nesse momento eu congelei na cadeira. Não queria subir até lá.

- Jura dizer a verdade, nada mais que a verdade? - o meirinho perguntou com a biblia.

- Sim.

- Sente-se. - e foi o que fiz.

- Por favor, diga seu nome e sua ocupação.

- Katniss... Eu sou... hmm... Estudante

- Controle seu nervosismo Srta. São só perguntas.

- Sim... sabe... Só estou nervosa.

- Sim, eu sei... Com o quê?

- Com toda essa situação.

- Se sente culpada pelo o que aconteceu com a vitima?

- De jeito nenhum. Mas foi tragico.

- Como assim?

- Cato além de sequestrar Makailla, ele a torturava sabendo que ela estava gravida.

- E como sabe disso?

- Ele ligou me ameaçando um dia e eu pude ouvir ela gritando ao fundo de dor.

- E como a senhora alega ser tortura.

- Pelo modo como a encontramos da casa.

- E como ela estava?

- Ela estava pendurada pelas mãos com correntes de ferro.

- Interessante. Mas alguma coisa que alegue tortura?

- As marcas no corpo dela.

- Estava tão ruim assim?

- Estava pessima, seu corpo todo machucado... e .. eu.. nossa. Ela teve..

- Meritíssimo, por favor... - o advogado me interrompeu.

- Sra. Katniss, por favor, mantenha-se ao seu testemunho.

- Mas eu estou Meritíssimo... Eu vi o estado dela com meus próprios olhos!

- Entao você estava lá quando tudo aconteceu?

- Eu diria que sim... mas só.. - o advogado me interrompeu novamente.

- Objeção! O Sr. Promotor está conduzindo a testemunha... - disse ele

- Sr. Promotor...

- Mas meritíssimo! A testemunha já afirmou que esteve lá.

- Tudo bem então. Contenha-se. - disse o Juiz virando para o advogado. - Negado.

- Voce pode provar as tortuas com a vitima?

- Tem a gravação no meu celular! - A cara de Cato para mim foi otima

- Então acho que deveriamos ouvir certo Meretissimo?

- Quando eu permitir provas sim. - o Juiz respondeu seco.

- Obrigada. Sem mais perguntas.

- Sr. Advogado, sua testemunha.

- Obrigado. Sra. Katniss, você conhece o acusado?

- Sim.

- Tem certeza?

- Tenho...

- Serei mais direto então, a Senhora, antigamente, teve algum caso com ele?

- Eu... Bem...

- Sim ou não?

- Sim, eu já tive.

- Otimo. Eram namorados?

- Sim, eramos

- Objeção! Qual a relevância disso para o caso? - gritou o promotor.

- Total relevância! Meritíssimo, eu estou tentando provar a inocência do meu cliente perante o testemunho dessa mulher, o júri tem o direito de saber qual o grau de conhecimento dela sobre ele.

- Negado Sr. Promotor. Continue por favor.

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- Obrigado. Sra. Katniss por quanto tempo namoraram?

- Quase 2 anos.

- Voce conheceu ele onde?

- Na faculdade.

- Entao o conhece a um bom tempo?

- Sim senhor.

- O suficiente para ajuda-lo em um crime?

- O que?

- Voce alegou ao promotor que esteve presente no cativeiro no dia do crime.

- Quando fomos resgata-la

- Esteve lá sozinha?

- Não.

- Quem estava junto?

- Eu, meu noivo e nosso amigo Gale

- Hum.. tem certeza que não teve nenhum envolvimento com o caso?

- Não senhor, porque?

- Porque pelo que eu saiba você era apaixonada pelo namorado da vitima enquanto eles ainda estavam juntos.

- E qual o problema disso?

- Eu faço as perguntas por aqui Srta.

- Tudo bem, prossiga. - eu começei a ficar nervosa. Estavam me acusando de uma coisa que eu não fiz. Não pude negar uma lagrima que escorreu de meus olhos.

- Meritíssimo, devido ao estado emocional da testemunha, não tenho mais perguntas...

- Pode descer... - o Juiz disse e eu o fiz rapidamente andando para os braços de Peeta.

- Sua próxima testemunha, Sr. Promotor.

- Não tenho mais testemunhas, meritíssimo.

- Sr. Advogado.

- Obrigado, meritíssimo. A defesa chama o Sr. Cato Ludwig. - Cato levanta-se de sua cadeira algemado e se aproxima do Juiz com dois seguranças ao seu lado.

- Jura dizer a verdade, nada mais que a verdade? - Cato apenas balança a cabeça afirmativamente, sem tocar a Bíblia.

- Sente-se

- Por favor, diga seu nome e sua ocupação.

- Cato Ludwig. Sou no momento um detento.

- Meritíssimo, posso me aproximar? - o promotor perguntou

- Sim. - o Juiz acatou e os dois se aproximaram.

- Meritíssimo, isso é totalmente descabido! Todos conhecem o Sr. Cato como um condenado convicto, nem ao menos se declarou inocente em seu julgamento e terá pena maxima como o Senhor mesmo determinou. - disse o promotor

- E qual o problema nisso? - respondeu o Juiz

- Meritíssimo, por favor! É óbvio que isso é uma jogada da defesa para que toda a culpa do Sr. Cato seja lançada apenas e tão somente no Sr. Peeta e sabe lá em quem mais só para ganhar essa causa! - o promotor dizia extressado.

- Sr. Advogado?

- Meritíssimo, a defesa só quer provar que se não fosse pelo Sr. Peeta, o Sr. Cato não teria aprontado

- Viu? - o promotor apontou. O Juiz faz um gesto para que o Promotor se cale e o Advogado continua a falar.

- Não queremos transferir a culpa de ninguém, só queremos provar que o meu cliente é inocente!

- Vou manter essa testemunha.

- Obrigado, meritíssimo. - O Promotor volta grunhindo para sua mesa.

- Por favor, Sr. Cato, diga-nos: o Sr. conhece a vitima?

- Muitíssimo bem.

- De onde?

- Da minha cama. - Cato disse provocando Peeta.

- Não seria da faculdade

- Creio que sim... Sim, isso mesmo, da faculdade.

- E suas intenções com a vitima quais eram?

- Nada demais. Só queria que ela fosse minha.

- Então, você admite que fez tudo aquilo com ela?

- Meritíssimo, por favor, ele está conduzindo a testemunha.

- Tudo bem, Sr. Promotor. Sr. Advogado, por favor, comporte-se

- Meritíssimo, eu só estou tentando traçar uma linha...

- Por favor, Sr. Advogado, eu já lhe disse quem está sendo julgado aqui. Não force a minha paciência.

- Sim, senhor. Sr. Cato, o Sr. foi acusado de tortura. O que isto quer dizer?

- Que eu torturei uma pessoa.

- Algo ruim?

- Tortura geralmente não é carinho..

- Obrigado. Sem mais perguntas, meritíssimo.

- Sr. Promotor, sua testemunha.

- Sem mais perguntas Meretissimo.

- Bom, então vamos a decisão do juri. Senhores jurados... - ele fica aguardando enquanto os jurados anotam o veredicto em um papel e passam para o jurado principal, que os conta e anota em outro papel a decisão.

Quando o jurado se levanta, o Meirinho pega o papel e entrega ao Juiz, que dá uma olhada, se entristece com o resultado e o devolve.

- Senhores jurados, qual o veredicto?

- Nós do júri, por decisão unânime, declaramos o réu culpado de todas as acusações. - disse um Jurado

- O Réu queira se levantar para ouvir a sentença. - Disse o Juiz. Entao Cato e o Advogado se levantam

- Mediante o veredicto e mediante ao pedido da promotoria, eu agora o condeno a Prisão Perpétua, e exilio. Meirinho, por favor, leve o réu. - Disse o juiz. O meirinho obedeçe e retira Cato da sala. Todos se levantam e o Juiz encerra.

- Senhores, muito obrigada pela presença de todos. Declaro esse julgamento encerrado. - ele disse e bateu o martelo.

Quando ouvimos a sentença eu e Peeta quase gritamos de felicidade. Nos contemos e esperamos o Juiz terminar. Saimos e fomos em direção ao carro. Antes de entrarmos Peeta correu atras de mim e me abraçou por tras.

- EU NÃO ACREDITO! Pena maxima Katniss, pena maxima! - ele ainda me abraçava.

- Peeta agora estaremos livre dele! - eu queria chorar mais era um momento de felicidade.

- Agora vamos para casa, precisamos pegar nossas filhas e comprar nossas passagens para a nossa casa!