Tinúviel

Capítulo 14 - Safe In Your Arms


Jason não sabia como reagir. Estaria feliz, se o relacionamento dele com Reyna não fosse considerado proibido.

– Reyna... está certa disso? - Oh céus, que bobagem para se perguntar! Por que ela mentiria?

– Ao que tudo indica, sim. Jason, me perdoa, não era para isso acontecer.... - Reyna falou rápido, se enrolando com as palavras. Estava confusa e nervosa como nunca se sentira antes.

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– Shhh... - Jason sussurrou e a abraçou novamente, tentando fazê-la se sentir protegida e acalmá-la. - A culpa não é sua. Acalme-se, não se culpe. Vamos ficar bem.

– Como pode ter certeza? - Reyna perguntou, deixando as lágrimas rolarem. Evitava chorar ao máximo possível, mas naquele momento precisava fazê-lo.

– Não sei, apenas tenho. Não é agora que vou te deixar.Não desista agora, certo? - Reyna apenas assentiu, se sentindo aquecida e protegida por Jason. Ficou ali até o momento em que o sol passava a se esconder no horizonte.

Tinha de ir, ou viriam à sua procura. E ela duvidava que mandariam uma figura tão amigável e confidente como Heidor daquela vez.

Jason estava relutante em deixá-la ir, mas sabia que seria a decisão mais sábia. Desde que Reyna estivesse tão segura quanto poderia estar...

–-x--


Reyna voltou ao castelo o mais rápido possível, sentindo o vento açoitar desesperadamente seus cabelos. Por um momento o mundo parecia girar velozmente à sua volta, mas logo a sensação passou. Subiu apressadamente as escadas, esperando não ter sido vista por nenhuma pessoa ou animal. Ficou em seu quarto, lendo pergaminhos que havia coletado na biblioteca do castelo. Nada parecia fora do comum. Depois de um tempo, desceu e ceou, evitando perguntas sobre onde estava e dando respostas curtas e diretas. Não estava disposta para conversas, não diria mais do que o necessário e não responderia assuntos relacionados a sua vida pessoal - aquela mensagem que ela queria deixar estava clara para todos.

Dois dias se passaram, e Reyna se encontrava ceando novamente.

Estranhamente, Octavian não estava presente - não que Reyna sentisse falta dele, mas a falta dele era incomum e notável para cada um ali.

Logo após terminar de se alimentar, Reyna se retirou. Subiu de volta para seu quarto e, quando entrou nele, o encontrou em uma escuridão incômoda. O clima estava pesado e ela podia ouvir outra respiração sem ser a sua.

Passos foram ouvidos. Passos calculados que ressoavam pelo quarto. O cômodo escuro foi repentinamente banhado pela luz bruxuleante de um lampião. Octavian a encarava com um sorriso zombeteiro, porém seus olhos faiscavam.

– Ora, ora, ora. - Suas sobrancelhas se arquearam.

– O que foi? - Reyna perguntou ríspida e instintivamente.

– Então suponho que seja verdade. - Octavian falou em uma voz arrastada. - Você está grávida.