Daisuki

Barraco!


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- Então, Gakupo, posso saber quem é a garota de cabelos verdes?! – tive de perguntar novamente, ele ficara estático depois que percebera minha presença.

A raiva veio ao meu amigo que, logo, aos berros, respondeu:

- E isso te interessa?

- Claro que sim! – retruquei, no mesmo tom. – Somos amigos, não?

- Então posso saber quem é o garoto loiro, Kaito Shion?!

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- Sabe muito bem que é diferente!

- Como?! – perguntou ele, me intimando.

- Você já conhece o Kagamine-kun! Mas eu nunca ouvi falar nessa aí...

Mal terminei a frase, senti um soco em meu rosto.

- Nunca chame Gumi-san de “essa aí”! – gritou ele, mexendo no punho que usara para me bater.

Por pouco não caíra no chão. Meu nariz doía! Não conseguia parar de esfregá-lo. Parecia não estar sangrando... Era bom que não estivesse!

- O que vão querer? – perguntou a estranha garçonete de cabelos verdes que, na minha opinião, havia brotado do chão.

Megurine-san fitava indecisa o cardápio, Miku pedira uma porção de aipo – Argh! Quem vendia algo assim? – eu decidira por um suco de laranja e pedira, para meu irmão, uma vitamina de banana. – não que ele sempre comesse algo com banana, é que, na situação de crise em que o coitado se encontrava, pensei que ele precisaria comer algo que realmente gostasse...

Tá bom! Eu só achei que ele precisava de uma banana para se distrair. – nos dois sentidos... se é que vocês me entenderam...

- Vou querer o mesmo da Kagamine-san. – disse, finalmente, Luka.

- Então são dois sucos de laranja, uma porção de aipo e uma vitamina de banana?

- Sim.

- Já trarei seus pedidos. – disse a garçonete, se retirando logo depois.

- Como demoraram! – reclamou Miku-san.

- Devem estar com algum problema para contratar funcionários, pelo que percebi, ela deve ser a única garçonete aqui.

- O nível caiu, hein?

- Hatsune-san! – gritamos Luka e eu.

- Enfim, – falei mexendo em meu cabelo. – alguma novidade?

- Eu soube que a Akita-san tá afim de alguém.

- Sério? – disse, no meu bom instinto curioso. – Mas ela já ficou com o cara?

- Pelo que eu sei, ainda não, mas tá pretendendo.

- Então vai ter um novo casal na escola de vocês? – perguntou Megurine-san, perdida de certa forma.

- Provavelmente.

Neru Akita é uma prima da Miku, só que as duas mal se falam. Tanto que a Hatsune-san soube por um boato a situação dela.

- Mas... – fui interrompida pelo meu irmão, que se levantou da mesa, dizendo:

- Vou no banheiro.

Eu me levantei da mesa encarando o olhar de minha irmã. Era como se ela me dissesse: “Senta aqui e espera!”. Não me importei. Queria ver o que estava acontecendo entre os dois. – sim, eu ainda estava triste, mas, não aguentava mais esperar! Se o Shion-kun me deixasse, queria que fosse rápido. Sabia que ia doer, mas... eu tinha que saber!

Segui pelo corredor até a área do balcão, no caminho, já escutava pessoas gritando:

- Para, nii-chan! Deixa ele em paz!

Ao chegar na área do caixa, vi Shion-kun e Kamui-kun transferindo socos e tapas entre si. A garçonete segurava o de cabelos roxos pelos braços, ela era quem pedia para ele parar.

Naquele momento eu desejei ter ficado na mesa. Afinal, eu fizera Kaito brigar com o melhor amigo. Eu estava estragando uma grande amizade dele. A culpa era minha!

- Me solta Gumi-san! Ele tem que provar mais socos!

Pelo que eu via, os dois estavam com os rostos marcados pelos golpes. Mas, por que Shion-kun estava me defendendo? Por qual razão ele batia no melhor amigo por minha causa?

- Shion-kun! – gritei, entrando no meio. – Para!

Eu o segurei pela barriga, tentando, de todo o jeito, contê-lo.

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- Por que vocês estão brigando? – perguntei. – O que aconteceu?

Kamui-kun parou de se aproximar, levando um soco potente de Kaito. Ele tropeçou para trás, quase derrubando a garçonete. O de cabelos azuis parou, olhou para o chão, pude sentir que inspirou fundo, virou-se para mim, encarou meu rosto tristonho, sorriu, bagunçou meu cabelo e disse:

- Por que você tá com essa cara, Kagamine-kun?

- Você acabou de bater no Kamui-kun, por minha causa.

- Relaxe, eu bati nele porque quis, não tem nada haver com você.

Eu saí correndo de lá, segurando as lágrimas. Não conseguia olhar aquele sorriso que ele fez e aquele olhar, dizendo que estava tudo bem sem pronunciar uma única palavra. Queria ajuda da Rin. O que deveria fazer agora? Não sabia. Na verdade, também por isso eu corria.

Cheguei à mesa, sem me importar com a presença das duas. Abracei minha irmã fortemente e chorei sobre seu ombro. Ela, por sua vez, entendeu imediatamente o que me afligia, pois me abraçou de volta, sussurrando em meu ouvido:

- Tudo vai ficar bem, Len. Tudo vai ficar bem...

Assim que vi Kagamine-kun chorando sob a irmã, levantei-me preocupada e perguntei:

- O que aconteceu, Kagamine-kun? – logo que terminei a pergunta, lembrei-me da briga entre Gakupo e Shion-kun. Fui em direção ao caixa.

- Onde vai Megurine-san? – perguntou Miku, não sei por qual motivo.

- Ver o que está acontecendo.

Não ouvi mais perguntas ou protestos, então, segui. Quanto mais próxima a meu destino eu ficava, mais evidentes eram os berros dos universitários já, por mim, conhecidos. Assim que os vi discutindo, com ambos os rostos machucados, gritei... não, berrei:

- O QUE VOCÊS DOIS ESTÃO FAZENDO?! – eles se viraram, provavelmente já reconhecendo minha voz. Pela expressão que fizeram, estavam perdidos.

- É só um acerto de contas, Luka. – disse o de cabelos roxos, o único com coragem suficiente para tentar me rebater.

- ACERTO DE CONTAS O CARAMBA!!! É PARA OS DOIS PARAREM JÁ! – quando eu me calei, não só eles, mas todos que ouviram ficaram estáticos, me encarando. – Venham comigo agora. – completei, aos dentes semicerrados.

Nós três seguimos para fora do estabelecimento. Joguei os dois na parede lateral e, sem me importar com transeuntes, comecei a intimá-los:

- Onde vocês pensam que estão?! – não berrava como dentro do restaurante, estávamos em local público... – Começam do nada a brigar feito duas crianças no meio do restaurante?! E ainda envolveram a coitada da garçonete na história. Podem ir falando o que aconteceu!