Uma Ginasta Skatista

Capítulo 3


♫Mas eu acordei para a vida real

E eu percebi que não vale mais a pena fugir

Quando não havia nenhum lugar para esconder eu descobri

que nada é real aqui, mas eu não pararei agora

Até eu encontrar uma parte melhor de mim♫

The real life, 3 doors down

-Co-como você sabe disso? –pergunta Rosalie assustada. Ela não era a única nesse estado. Eu estava me controlando para não explodir em gargalhadas da cena.

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-Porque eu sei ler mente e prever o futuro... –digo de zoação e parece que eles acreditaram, já que ficaram mais pálidos. –Nossa gente! Vocês estão vendo muito filme de vampiro, só pode! Claro que não, né? Quando se tem uma amiga como a Leah você acaba sabendo de tudo, ate mesmo quando o gato do vizinho morreu!- digo e eles soltam o ar que estavam prendendo. Povo doido...

-Que susto Bella! Nunca mais faça isso! –diz Jacob.

-Até você Black?! Meu, vocês são um bando de doido! Vou chamar para a ambulância vir para pegar todos você, porque pelo amor de Deus! –digo rindo e todos rolam os olhos.

-Liguem pra ela não. Essa ai já levou tanto tombo que afetou o cérebro.

-Haha, morrendo de rir Jacob Black... –digo sarcasticamente. Olho para o relógio e vejo que já são 11:45. To ferrada! –Gente linda, foi um prazer assustar vocês, mas eu tenho que vazar antes que Leah tenha um surto maior do que ela diariamente tem. Black, se eu não voltar viva, pegue Queen e Elvis e coloque os dois no cachão comigo. Se me cremarem coloque eles no forno também. Foi muito bom enquanto durou... –digo fingindo limpar uma lagrima que escorria. Todos estavam rindo muito. –Adeus meus muchachos! Nos vemos no inferno! –digo saindo de lá em cima de Queen. Só espero voltar viva depois de encontrar Leah...

[...]

-Então Bella, você vai para o clube? –me pergunta Seth.

-Foi mal, mas hoje eu vou começar a treinar. –digo fazendo um bico. Quem sabia que eu fazia ginástica olímpica era o Jacob, Sam, Leah, Seth e Emily. Eu não gostava que todos soubessem que eu era filha de Renne Swam, uma das melhores treinadoras de ginástica olímpica do país. Iriam ficar pegando no meu pé e sem falar que isso é do meu passado e quero viver o futuro.

-Que pena... não vai ser a mesma coisa sem você para nos esculhambar...

-Não fica assim não meu cachorrinho de balai, lá pelas 5 ou 6 da tarde to nas pistas! –digo abraçando sua cintura, já que ele era muito mais alto e forte do que eu, mesmo só tendo 15 anos. Ainda descubro como os caras de La Push conseguem ficar daquele tamanho.

-Então ok. Vamos ficar te esperando ansiosamente! –diz ele entrando no carro de Jacob.

-Tem certeza que não qué que nós a levemos para o treino? –me pergunta meu melhor amigo.

-Valeu Jacobizinho, mas não. Aproveito e me esquento. –digo dando de ombros.

-Ok então. –diz ele me dando um beijo na testa, entrando no carro que logo já estava saindo de minha vista.

Coloco-me em cima da minha prancha e sigo em direção aos meus pesadelos e lembranças.

[...]

-Então nos encontramos de volta senhor cavalo... Você já me fez grandes estragos, sabia? Já cai de você tantas vezes que quero simplesmente colocar fogo em todo seu comprimento e dançar em volta... Sim como macumba... Não. Não sou macumbeira... E não. Não fumo maconha... –digo. Acho que eu bebi demais água. Cara eu to falando com um objeto inanimado, sozinha em um antigo ginásio atrás de onde minha mãe e suas gimboticas estão treinando. Realmente não estou nada bem…

Me afasto do cavalo e me posiciono. Começo a pular para logo depois pegar velocidade para correr. Encosto as mãos em sua superfície e dou um mortal duplo se costa. Como sempre, feito com perfeição.

-Se fudeu. -disse. Preciso de um psicólogo...

Vou até o som e o ligo estava passado uma musica do maroon 5 que eu amava: one more night.

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-You and I go hard at each other like we're going to war

You and I go rough, we keep throwing things and slamming the door

You and I get so damn dysfunctional we start keeping score

You and I get sick, yeah I know that we can do this no more-canto. Essa musica era fodastica!

Começo a dançar por todo o ginásio. Eu amava esse aparelho, me sentia livre, quase tanto como me sinto com o skate.

[...]

Eram quase 06h00min quando eu saí do ginásio. Fiquei treinando os meus saltos e acrobacias.

Já estava escuro, algo que era normal para a cidade garfos (n.a/ Forks significa garfos em inglês). Subo na Queen e dou impulso. Meus músculos protestam a cada movimento que eu dava. Parecia que um navio tinha passado em cima de mim, mas não seria por causa da ginástica idiota que eu pararia de andar de skate!

O clube que sempre andávamos era muito perto do ginásio, se não me engano, três ou quatro quarteirões à frente. Na velocidade que eu me encontrava, em no Maximo 10 minutos eu chegava, se não acontecesse nada de idiota comigo.

O clube de Forks (nome criativo, não?) possuía duas entradas, uma grande, branca, com chão de mármore; e outra que você entrava e dava de cara com a quadra de vôlei. Um pouco à frente se encontravam as rampas.

Para entrar no clube, como eu não estava na estrada principal, eu teria que entrar por essa segunda entrada. Ela era meio que “secreta”, já que só era uma portinha que rangia, e uma guaritinha ao lado com um guarda que só sabia dormir. Ela era muito mal iluminada assim como o longo corredor aberto que você pegava para chegar ate seu destino.

O “Corredor Maldito”, como nós skatistas carinhosamente chamávamos, dava muito medo! Ele meio que é feito entre dois muros de cimentos. Em um lado havia um condomínio de prédio e logo atrás o clube. No outro lado um terreno abandonado, que só possuía postes de energia que faziam aqueles zumbidos de filme de terror. Ou seja, muito macabro!

Só quero chegar logo e, de preferência, em segurança.