Dear Diary

VII - New Neighbor


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Rose Weasley


Oh. Meu. Deus.


Fechar os olhos. Abrir os olhos.

Não. Não. Ela não podia acreditar no que via.

A garota loira desceu do carro acompanhada pela morena que ria de alguma coisa, ambas tão felizes e normais de um modo que nunca vira antes e então ele,que também ria de algo.

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Eles adentraram na casa, enquanto Rose continuava a encarar a rua ao lembrar-se de uma outra passagem do diário.

"Agora que Lorcan e eu somos uma espécie de amigos, facilitaria muito se ele fosse meu vizinho"

Ou ela estaria ficando louca; ou estava com uma baita sorte; ou o Sr. T. (apelido carinhoso pra o T.M.R.) era uma espécie de bruxo (ou pai de santo na pior da hipóteses) e havia colocado alguma espécie de feitiço no diário.

Ela riu da última hipótese ao tentar imaginar um homem alto magro e careca usando vestes longas e negras fazendo magia.

O som de sua risada fora cortada pelo bipe de seu celular indicando a chegada de uma mensagem de Scorpius.

"Eu aceitei ser sua cobaia, mas uma ajuda vai bem, porque eu não tenho ideia de como ser popular"

Rose digitou algo como "vou pensar em algo" e enviou para o meninos antes de sentar na frente do computador e pesquisar por: como ser popular.


Scorpius Malfoy



Aquilo era ótimo. Perfeito.


Como ele, Scorpius Malfoy, iria tomar a popularidade para si novamente? Sim, ele já fora popular em sua antiga escola, mas ele odiara esse fato, porque sabia que não iria ter amigos, esse era um preço que a popularidade iria trazer, além de que ele tinha de passar por cima de todos aqueles que atravessassem o seu caminho, mas ele tinha que admitir, no fundo ele até gostava do que recebia.

Um longo suspiro escapou por seus lábios antes de se jogar na cama de cobertor verde escuro combinando com a decoração de seu quarto. Seus olhos recaíram sobre a sua cobra de estimação, uma espécie de serpente que já media seus um metro de comprimento, e claro, por causa de sua mãe, estava guardada atrás de uma parede de vidro em um ambiente que fora criado totalmente e apenas para ela.

– Nagini, você tem de me ajudar! - Scorpius falou olhando para a cobra como se a mesma a entendesse.

Como resposta um sibilo fora escutado. Ele revirou os olhos.

– Como se você fosse falar comigo, amigão - Scorpius respondeu.

SCORPIUS? ESTÁ EM CASA?– escutou a voz de sua mãe, provavelmente, ao pé da escada.

NÃO, SENHORA!– Scorpius respondeu sorrindo.

JANTAR EM CINCO MINUTOS!– ela avisou.

– Trago algo para você também, Nagini, mas em troca você tem que me ajudar - Scorpius falava com a cobra, Nagini silvou novamente. - É ISSO!

Scorpius havia descoberto o que era necessário para ser popular. Ele tinha de voltar a ser o antigo Scorpius, o garoto loiro rabugento. Ele correu para o seu guarda roupa a fim de verificar se as roupas ainda ali estavam, mas sua mãe nem ao menos havia tocado nelas. Ótimo.


Rose Weasley



Após mais um jantar preparado pela vovó Molly, Rose subiu para o quarto pronta para mandar uma mensagem de desistência, mas obteve uma surpresa ao perceber que o garoto já havia lhe mandado uma falando que já tinha a solução. Ela jogou-se na cama comemorando internamente por Scorpius ter arranjado a resposta.


A garota achou ter ouvido um barulho. Novamente o mesmo barulho de algo se chocando contra o vidro da janela de seu quarto. Ela ergueu-se da cama e virou para a janela vendo que o garoto loiro estava se preparando para jogar outra pedrinha quando a mesma apareceu na janela ele sorriu erguendo uma plaquinha.

"Hey, vizinha!" - Lorcan mostrou.

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Rose riu e tratou de buscar por seu caderno, rapidamente escrevendo um “Olá!” e mostrando para o garoto.

“Eu não sabia que você morava aqui” – Lorcan escreveu e mostrou para a garota que sorriu meio envergonhada.

“Quase ninguém da escola sabe” – a ruiva respondeu.

Lorcan ergueu uma mão como um sinal de espera, e a garota ruiva assentiu vendo-o virar para trás e recolher o próprio celular enquanto encarava o visor de forma estranha. Depois ele começou a andar de um lado para o outro, às vezes olhando para cima, outras vezes falando algo, como se estivesse em meio a uma discursão, até que por fim desligou o celular e jogou-se na cama.

“Tudo bem?” – Rose perguntou erguendo o seu caderno.

“Só estou cansado do drama” – ele forçou um sorriso de lado.

“Ela?” – Rose perguntou referindo a ex-namorada do garoto loiro.

Ele assentiu.

“Sinto muito” – Lorcan deu de ombros. – “Quer conversar sobre isso?”

“Pode ser” – Lorcan escreveu.

“Primeiro, o que está acontecendo?” – Rose perguntou sentando-se na cama.

“A gente voltou” – Para. Tudo. Como assim “a gente voltou?”

Sabe aquele momento em que tudo parece ir por água abaixo? Pois é, Rose encontrava-se em um desses.

“Quando?” – Rose perguntou.

“Hoje pela tarde, e já tivemos a nossa primeira discussão, bela maneira para recomeço de relacionamento” – ele riu.

Rose forçou um riso também.

“Mas eu achei que vocês não iriam voltar” – Rose escreveu sincera.

Lorcan permaneceu quieto.

“Ela queria ser rainha do baile, e achou que se nós estivéssemos juntos ela teria mais chance” – Lorcan escreveu.

“Então é tudo questão de marketing?” – Rose perguntou.

“Por aí” – Lorcan falou.

Rose não engoliu a estória. Ela sentia que havia algo escondido ali.

“E isso tudo te deixou assim? Abalado?” – a ruiva escreveu.

Lorcan olhou cada palavra e depois suspirou ao escrever a resposta.

“Não” – Lorcan fora sincero.

“Então...?” – Rose estava disposta a descobrir algo. Talvez não fosse pelo fato de que gostasse de Lorcan e sim porque começara uma amizade com ele, e amigos são isso, vão atrás de todos os nossos problemas.

“Podemos mudar de assunto?” – Lorcan indagou.

“Tudo bem” – Rose escreveu.

Lorcan virou o rosto e seus lábios abriram-se falando algo que Rose não pode identificar o que era por dois motivos:

Número um: ele estava muito distante.

Número dois: ela não sabia fazer leitura labial.

“Eu tenho que ir agora, vou dar uma de motorista para a Lys” – Lorcan mostrou sorrindo.

“O.K.” – Rose colocou e mostrou para o garoto sorrindo.

Rose assistiu Lorcan erguer-se da cama e fechar as cortinas azuis da janela, e depois a luz foi apagada.


Scorpius Malfoy



Scorpius Malfoy ergueu-se da cama naquela manhã pronto para ir à escola, porém de modo totalmente diferente, após o seu banho enrolou a toalha na cintura e fora para a frente do espelho, aonde pegou o gel de cabelo e passou nos seus fios, penteando-os para trás e esperando que assim ficasse, o que foi em vão, pois os fios lisos louros espalharam-se.


Argh! – Scorpius resmungou. – De novo não! Achei que já tínhamos passado dessa fase, tudo bem.

Ele fora para suas roupas, um blazer preto com calça social preta e uma camisa branca e o sapato preto.

Scorpius Malfoy estava pronto. E ainda faltava meia hora.

O garoto já havia feito tudo. Espera. Os populares costumavam chegar mais cedo para debochar da roupa dos demais alunos.

Scorpius já havia falado com os pais a respeito do carro da família, e ele fora liberado para usar a BMW preta (que assemelhava-se a um conversível) para ir para a escola, afinal, seu pai comprara para ele, mas ele nunca a usara, até hoje.

[...]

Ao entrar nas proximidades da escola já começou a notar os olhares que as pessoas lhe mandavam. Scorpius permaneceu inalterado, olhado para frente.

Chegando em Hogwarts High School notou que vários dos alunos populares o encaravam, um sorriso de desdém brotou em seus lábios enquanto abria a porta do carro e recolhia sua mochila no banco que estava no banco de trás do carro.

– Belo carro, Malfoy – um garoto de pele morena, alto e forte falou para Scorpius.

– Ganhei no meu aniversário de 16, Zabini – Scorpius respondeu.

– Achei que já tinha 17, Malfoy.

Eles começaram a andar enquanto muitos dos alunos paravam para olhar aquilo. Scorpius riu.

– Você sabe muito sobre mim, Zabini – Scorpius falou, pode ver pelo canto do olho que o garoto ficara encabulado. – Mas está certo, tenho 17.

LUKE! – uma voz feminina chamou fazendo o garoto ao lado de Luke franzir o rosto.

– Vejo que tem problemas com garotas, Zabini – Scorpius falou.

– Não, com garotas não – Luke apressou-se a responder. – Mas com a garota sim.

Scorpius riu.

– Qual o nome? – Scorpius indagou.

– Melaine Goyle – Luke falou. – Eu só ajudei a menina e agora ela não desgruda de mim! Isso ri das desgraças alheias!

Scorpius tentou manter-se sério.

– A propósito, me chame de Luke – o garoto ergueu a mão.

– Sendo assim, Scorpius.

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