Prólogo

Relâmpagos. Trovões. Raios. O temporal desabava na noite escura. Era impossível ver a lua cheia no céu repleto de nuvens. Mas o ser alvo que cruzava o bosque ignorava esse fato. Caminhava pela chuva com as patas dando passadas longas, enquanto seu pelo permanecia perfeitamente seco. As belas asas brancas estavam dobradas sobre seu corpo, porém tremiam levemente por causa do frio. Ou talvez fosse o nervosismo pelo que estava por vir.

De repente, a floresta deu lugar a um simples campo. De onde estava, o animal podia ver ao longe o estreito de Long Island, assim como vários chalés. Mas o que se encontrava mais perto do animal era a grande casa bem a sua frente. Este se sentiu tentado a entrar, porém não o fez. Em vez disso, se dirigiu ao refeitório do acampamento. Não queria acordar ninguém, e por isso transmitiria sua mensagem no café-da-manhã do dia seguinte. Enquanto esperava o amanhecer, tiraria um cochilo numa pequena área coberta do refeitório.