XIII - Larry Stylinson ?

Louis POV

- Hazza! – chamei o garoto de cabelos encaracolados que beijava o meu pescoço, e ele levantou o olhar, curioso.

- Que foi? Quer que eu pare? – ele perguntou, beijando o canto da minha boca.

- Não – falei, corando. – É que tem mais gente em casa.

- Não ouço nada – falou, virando meu rosto e beijando carinhosamente a minha boca.

- Eu vou ver – falei, levantando da cama, mas ele puxou minha mão. – Hazza, é sério, depois a gente...

- Transa de novo? – ele perguntou, com um sorriso malicioso, e eu revirei os olhos, saindo do quarto.

Realmente não tinha ninguém mais no apartamento, mas eu tinha certeza de ter visto o Zayn e o Niall, e o de ter respondido alguma coisa para o Liam. Tudo no apartamento estava como deixei, com exceção de um prato sujo com calda de chocolate.

- Harry, você por acaso comeu bolo? – perguntei, e ele apareceu me abraçando por tudo e depositando um beijo no meu pescoço. Outra vez.

- Não – ele me soltou e pegou uma latinha de refrigerante na geladeira e a abriu.

- Então foi o Niall, falei que tinha mais gente aqui.

- Eu não vi ninguém além de você a manhã inteira – falou, apoiando no balcão.

- Mas eu falei com o Liam, tenho certeza, não posso estar ficando louco.

- Então é isso: você está louco – ele falou, pegando uma lata de refrigerante e a abrindo.

- Hazza, pare de beber isso – falei, e ele me fitou, questionador, quase virando a lata na boca.

- Por quê?

- Se você continuar bebendo, vai ficar gordo e eu não vou te querer mais – respondi, e ele me olhou maliciosamente.

- Quer dizer que antes você também me queria? – ele sorriu, com uma sobrancelha arqueada.

- Isso não vem ao caso – peguei a lata da mão dele, e joguei dentro da pia da cozinha.

- Claro que vem ao caso – ele falou, cruzando os braços. – Se você não percebeu, a gente acabou de...

- Eu sei o que a gente acabou de fazer – falei, antes que ele terminasse a frase. Suspirei pesadamente, sentindo meu corpo inteiro doer.

- Ah, sweetheart, eu te deixei todo dolorido – ele falou, tão carinhosamente que...

- Você é você? Se for, você está bem? – perguntei, e ele riu, me abraçando.

- Não posso demonstrar carinho pela pessoa que eu...

- Hazza? – chamei, interrompendo-o.

- Sim?

- Meu corpo está doendo.

- E daí?

- Me solta, garoto, mas que grude – falei, empurrando-o de leve, e me joguei no sofá. – Ai... – gemi baixinho, me acomodando.

- Eu vou tomar banho – Harry foi direto para o banheiro, sem esperar que eu dissesse nada.

When the truth is found to be lies

And all the joys within you dies
Don't you want somebody to love

Don't you need somebody to love
Wouldn't you love somebody to love

You better find somebody to love

O celular do Harry começou a tocar. Sem dúvida era o dele, por causa do toque ser Somebody To Love, do Ramones. Ele adorava Ramones. A música tocou por um tempo, depois cessou. Achei que Harry sairia do banho para atender, mas o chuveiro estava ligado. Começou a tocar de novo.

- Louis, faz o favor de atender essa droga? – ouvi-o gritando do banheiro. Dei uma risada baixa, e me levantei, indo até seu quarto e procurando o celular, que estava jogado embaixo de uma pilha de roupas.

- Alô?

- Louis! Puxa, esse não é o celular do Hazza? Eu liguei errado? – Liam perguntou, e eu sentei na cama.

- Ele está no banho, pediu pra eu atender – respondi, ouvindo um “ah” do outro lado da linha.

- Tudo bem. Vocês querem sair hoje? Ou podemos levar umas bebidas aí no apartamento de vocês? – quando eu ia responder, mas me inclinei, e senti meu corpo doer.

- Hã, eu acho uma boa ideia vocês virem aqui hoje à noite – respondi.

- Então até mais tarde – Liam falou, desligando logo em seguida. Não falou nada sobre o acontecido há algum tempo atrás. Será que era coisa da minha cabeça? Eu estava mesmo ficando louco? Poxa, eu tinha tanta certeza de que tinha visto ele, Zayn e Niall durante a minha discussão com o Harry... acho que no final Hazza estava certo. Devo ter imaginado coisas.

- Boo, o que aconteceu? – saí dos meus pensamentos ao ver Harry sentado ao meu lado, com os cabelos cacheados molhados, e algumas gotas escorrendo pelo seu peito.

- Nada – falei, fitando-o. Ele tirou o celular da minha mão, e o jogou novamente na pilha de roupas.