Capítulo 22

Annabeth's POV

Encontramos com Nico e Charlotte no saguão, Tom estava envergonhado então desceu do meu colo quando ainda estavamos no elevador, escondendo-se atrás das minhas perna.

-Então, onde está o meio-sangue?- Nico perguntou quando chegamos perto o bastante para ouvi-lo.

-Bem aqui- Eu disse e empurrei-o de leve para a minha frente. Nico ficou atônio.

-Esse é o meio-sangue? Quantos anos eles tem? 5? Eu pensei que o objetivo da missão era salvar um meio-sangue em perigo, potencialmente perigoso que os satiros não conseguiam encontrar.

-Ei! Eu tenho 6 e meio!- Disse Thomas emburrado.

-E ele estava sendo atacado quando o encontramos- Completou Percy- Só pode ser ele, vai que ele é um filho de Zeus com poderes sobrenaturais.

-Todos nós temos poderes sobrenaturais gênio...

-O que o Percy está tentando dizer é que ele pode ter algum tipo de poder desconhecido que o faça não ser encontrado pelos sátiros, e ele provavelmente não consegue controla-lo- Eu disse.

-Faz sentido- Nico disse, pensativo- Podemos tentar falar com Quiron amanha, por uma mensagem de Íris, ele deve ter alguma coisa a acrescentar- Todos assentiram, menos Thomas que estava ocupado brincando com a fivela da minha bolsa- Então agora nós podemos ir jantar? Eu estou desmaiando de fome.

-Por que você precisa ser sempre tão dramático Nico?- Charlotte disse, revirando os olhos. Eu a encarei, confusa.

-Eu perdi alguma coisa? Pensei que vocês tivessem se conhecido a apenas dois dias atras.

-Digamos que passar algumas horas sozinha com o Nico pode ser bem revelador- Ela respondeu, desviando do assunto.

***

Comemos normalmente ate Thomas sujar toda a sua blusa com espaguete, eu peguei-o pela mão e o levei ate o banheiro. Sentei-o na pia e comecei a tentar limpa-lo, uma mulher, de aparentemente 45 anos, entrou logo depois e foi lavar as mãos do meu lado.

-Seu filho é tão lindo! E tão comportado, ele é sempre obediente assim?- Ela perguntou, com um sorriso bondoso.

-Na verdade ele não é o meu filho- Eu respondi, sem graça- Eu só tenho 16 anos.

-Oh, perdão querida! Você parecia tão atenciosa que eu supus que fosse seu. É o seu irmão então?

-Na verdade ele é filho de um amigo da minha mãe- Menti- Eu e o meu namorado nos oferecemos pra cuidar dele por uns dias, os pais dele tiveram que viajar por uns dias.

-É muita gentileza sua! Eu vou voltar pra minha mesa, foi um prazer conhece-la!

-O prazer foi todo meu- Eu respondi, sorrindo fraco. Eu terminei de limpar o Thomas e voltei pra mesa, com uma obvia cara de insatisfação, aquela senhora foi muito educada e tudo, mas eu não tenho cara de quem tem um filho de 6 anos, por favor! Me senti uma velha completa.

Depois do ocorrido o jantar correu normalmente, rimos um pouco do drama recente do Nico de depois fomos em direção aos quartos. Thomas já estava dormindo em meus braços.

-Boa noite pessoal- Percy disse quando chegamos no andar do nosso quarto- Vamos Annie- Quando eu estava saindo do elevador senti alguém puxando meu braço.

-Ei ei ei, onde você pensa que vai Chase? Nós temos um acordo de quem-dorme-com-quem e você dorme comigo!

-Desculpa, mas eu preciso levar esse anjinho pra dormir, e nós já pedimos a cama pra ele. Eu durmo com você na próxima, prometo!

-Ok ok- Ela revirou os olhos, com a típica cara de ''te odeio''. Eu dei um sorriso e Percy e eu seguimos pro quarto.

Eu deitei Thomas na cama e antes que eu pudesse me virar pra trocar de roupa ele me chamou.

-Annie, eu estou com medo- Ele tinha uma carrinha fofa de choro.

-Eu e o Percy vamos estar bem ali se você precisar!

-Eu não posso dormir com vocês?- Ele fez aquela carrinha de cachorrinho irresistível e eu não pude resistir.

-Hm... Pode sim, espera só o Percy sair do banheiro pra eu saber em que lado coloca-lo- Ele balançou a cabeça em concordância, com um sorriso radiante.

-Você é tão boazinha Annie, a minha mãe nunca me deixava dormir com ela.

-Não entendo o porque, você é tão lindinho- Eu apertei as suas bochechas e nós dois rimos. Percy saiu do banheiro e se deitou do lado esquerdo, dando um boa noite quase inaudível, eu não podia culpa-lo pelo cansaço, ele dirigiu tanto pra chegarmos aqui. Eu me deitei ao seu lado e lhe dei um selinho enquanto Thomas se ajeitava ao meu lado e por mais estranho que seja estava confortável.

Eu já estava quase caindo na inconsciência quando ouvi um murmuro ao meu lado, quase inaudível.

-Você não é nojenta Annie.