Um potro livre e selvagem.

-Isabella!- Rennée a repreendeu.- Sabes tu que não podemos nada fazer, culpa teu pai, por tal erro, não a mim ou tuas irmãs.

-Por que a mim, mãe, tens Tanya, Ângela, Annabel são todas mais belas e prendadas que eu.

-Foi a ti quem o senhorzinho escolheu a desposar, não reclamas, ergue as mãos aos seus e agradeces, terás tu vida de princesa, menina.

-Sabes bem que não ligo para riquezas...

-Preferes tu, ver-nos na rua? Tu e tuas irmãs separadas, cada uma em um lar?

-Diz ao senhorzinho que tenho defeitos mamãe, diz que não sou pura, não quero casar-me, sou um potro livre indomável.

-Não falas besteira menina, sabes tu que isso aconteceria.

-Mamãe tens razão Isabella, agradeces por ser um jovem que pode dar-te tudo e não um velho babão.

-Se achas ele tão bom Tanya, ajuda-me a fazer com que ele desista de mim e casa-te com ele.- a menina empinou o nariz.

-O senhorzinho virá ao por do sol.-Isabella olhou a janela aberta, onde o sol estavas a baixar.

-Eu que não estarei aqui para vê-lo.-a menina disse e saiu e correndo.

- Ângela, vais atrás daquele potro e dais lhe banho junto a Catherine.

-Sim senhora, vais te já pro banho Cathy .-a menina desceu do banco em que estava a cortar alguns legumes para o jantar. Ela pediu licença e correu para fora da pequena cozinha. Ângela saiu de casa e encontrou os sapatos de Isabella jogados na terra, ela olhou em volta e lá estava ela. –ISABELLA!-a menina gritou e saiu correndo, Bella riu e pulou do galho que estava, caindo no riacho.

-Vens mergulhar Ang, a água esta uma delicia.-a menina sorriu emergindo na água.

-Oras Isabella, não és hora para brincadeiras, vens logo a banhar.

-Porque iria?

-Sou sua irmã, mais velha tens de obedecer-me.

-Oras se irei.-a menina mergulhou novamente.

-Quando chegar-me ao primeiro degrau da escadaria e não estiveres atrás de mim, arranco te o couro.-Ângela segurou a barra do vestido e andou para a casa.

-Acabei de molhar-me Ang, não preciso de banho.

-Não falareis novamente Isabella.-a menina bufou e saiu da água. Sua roupa de baixo estava encharcada e colada ao corpo, ela colocou o vestido e correu atrás de Ângela.

-Onde estas Annabel?

-Foi ajudar a Sra. Denalli com o bebe.

-Argh, nojentinhos.

-Ainda á de morder a língua. –Isabella deu de ombros e entrou junto a Ângela.

-Vira-te pare lavar-lhe as costas Cathy.-Ângela pediu e pegou a bucha esfregando a menina.

-Por que não queres casar Bella?-Cathy perguntou e Isabella bufou.

-Por que não quero, oras, não quero ser senhorinha.-Bella bufou e revirou os olhos.-Deitar-me com um barbudo, argh.

-Não falas merda Isabella, ainda nem o conhece.

-E nem quero.

-Mamãe disse que ele é muito másculo, viril.-a menina virou a cabeça e encarou Ângela.-Não sei o que és.

-Não esta na hora de saber.-Ângela virou-se para Isabella.- Vira-te Isabella.-A menina virou e levantou os cabelos.

-AI ANGELA, ESFOLA-ME O COURO ASSIM!-a menina gritou.

-Não reclamas.-Ângela ajudou as duas a saírem da tina.

-Isabella vestes o mais rápido possível, teu noivo estas a te esperar, e parece estar com pressa.- Annabel entrou correndo no quarto.- E devo ressaltar-te, se não quiseres casar com ele, eu quero.-ela sorriu.

-Ele és de fato bonito?-Ângela perguntou.

-Bonito és pouco minha irmã.-Bella bufou e terminou de vestir o vestido.

-Porque tenho de usar esse vestido? És o mais belo que tenho...

-És exatamente por ser o mais belo que tem de usá-lo hoje. –Catherine riu.

-Não aprontes Isabella, ou seremos expulsas dessa casa.

-Não podem expulsar-nos de nossa casa.

-Papai deixou uma de noz como pagamento, e o senhorzinho escolheu a ti e se não fores com ele, pegará a casa como pagamento, queres mesmo ser responsável pela desgraça de nossa família.

-Como ousas a falar-te assim comigo?

-Se não casares com ele iremos todas para um orfanato e mamãe morará na rua, queres isso?

-Não culpe a mim, não fui eu a fazer dividas e dar a filha como pagamento, casa-te com ele se queres tanto salvar-nos da desgraça.

-És surda?-Ângela puxou seu cabelo forçando-a a olhares nos olhos.- Ele escolheu a ti, Isabella, agora desça e vá fazer as honras.

-Force-me.-a menina desafiou crispando os lábios. Ângela grudou em seu braço e a puxou para fora do quarto.-SOLTA-ME ANGELA!-a menina gritou debatendo-se.

-Obedeça-me!-Ângela cuspiu e largou Isabella. Annabel ajudou a Catherine a arrumar o cabelo e saiu do quarto. Isabella estava parada no corredor olhando pelo cantinho a sala.

-Bella?

-Cala-te a boca, Catherine.

-És uma mula velha.-Catherine passou por Isabella e parou com os olhos arregalados. –Oh és o noivo de Isabella?

-Sim, a senhorita é...

-Sou Catherine.-ela se apresentou dobrando um dos joelhos.

-É uma prazer conhecê-la Srta. Catherine.-ele sorriu educadamente.-Sou Edward Cullen.

-O prazer é todo meu, e se estas com pressa, terá de arrastar Isabella, ela esta empacada no corredor como um burro velho.

-Catherine!-Rennée ralhou.

-O que mamãe?

-Arrancarei-te o couro, pequeno demônio. –Isabella rosnou.

-Isabella?-Rennée chamou. E a menina deu as costas para voltar para o quarto quando dedos finos agarraram-lhe o braço.

-Larga-me Ângela.-a menina a ignorou e a puxou para sala.

-Solta-me, Ângela!-Isabella rosnou.

-Cala-te Isabella.

-És de fato muito bela.-a menina parou de debater-se e encarou o homem que a encara. Era de fato o homem mais bonito que ela já vira. –É um prazer conhecê-la Srta.

-É um grande desprazer conhecer-te.- Isabella empinou o nariz. A cabeça de Edward pendeu se de lado.

-Ela é sempre assim?-ele perguntou a Rennée.

-Desculpe senhor, ela não aceitou muito bem.

-De fato não é uma boa noticia, sabes tu Rennée que não cobraria a divida se eu não precisa mesmo.

-De fato que sei senhor Edward.-ela encarou sua menina.

-Desculpe senhor, mas porque precisa de Isabella?-Catherine perguntou e Isabella interessou-se pela resposta.

-Sem problemas pequena, acabo de completar meus 20 anos e preciso de uma senhora para meu lar.-ele disse essa parte encarando Isabella.

-Mas és tão belo, deve ter varias mulheres interessada pelo senhor.

-Obrigada pelo elogio e você tem razão, mas nenhuma delas gosta de mim pelo que sou, entende-me pequena?

-Hm creio eu que sim, queres dizer que ela só sentem interesse pelo vosso dinheiro e beleza?

-Você é esperta.-a menina sorriu.

-Obrigada.

-Isabella, houve alguns problemas e o senhor tem de voltar ainda hoje para casa...

-O que tenho eu com isso?

-Irás comigo, Isabella.-o nome passou arrastado por seus lábios e um calafrio tomou conta das costelas da menina.

-Não irei a lugar algum com o senhor.-ele sorriu.

-Sim você irá e eu espero não ter de usar a força.