Fairy Tales

Capítulo IV – A quem eu devo explicações?


Cheguei em casa, depois do cinema, exausta. Tirei a maquiagem, lavei meu rosto, e pus minha camisola preferida, com estampa de melancias. Adormeci.

Domingo, acordei tarde, umas 10h da manhã. Abri a janela, deixando entrar a brisa suave, da minha adorável cidade. Nunca quero sair daqui. Tomei um banho de água gelada, para me acordar. Eu resolvi sair e irtomar um sorvete, já que hoje estava quente. Coloquei uma blusa regata, vermelha, e uma bermuda jeans. Na cozinha, engoli uns pedaços de melancia, coloquei os patins, e já estava saindo quando me chamaram.

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- Magali?

- Bom dia, mãe!

- O que houve ontem, filha?

- Eu terminei com o Joaquim.

- Ah, vocês terminam todo mês.

- Dessa vez é pra valer.

- Ok, ok. Aonde você vai, senhorita?

- Tomar um sorvete.

Saí, sem dar tempos para mais perguntas. Patinei até a sorveteria e pedi um sundae . A padaria do Joaquim ficava só a alguns metros daqui. Não olhei para lá. Aos poucos, a sorveteria ia se enchendo, na maioria grupos grandes. Não vi ninguém muito conhecido, só alguns que conhecia de vista. Tinha acabado de pagar a conta, quando o vi.

Ele vinha em minha direção, bufando de raiva. Eu não sabia o que fazer. Ele chegou, quase gritando comigo, nunca tinha visto ele tão alterado assim.

- Porquê você fez isso comigo, minha linda?- ele disse, na voz mais doce que ele conseguia.- Hein?- Agora ele tentou me segurar pelo braço, mas, desviei.

- Não me chame de SUA.- Disse, afastando-me para longe dele- Não me segure.- Fiz a cara mais brava que eu consigo. Deu certo.

- Ô, calma, aí, desculpa.

- Eu nunca vou te perdoar!

- Vai sim. Nem que seja a última coisa que eu faça.

Ele foi avançando em minha direção, nisso, saí correndo. Ele tentou ir me seguir, mas, eu sempre fui rápida, e consegui ficar bem longe.

- Eu vou até sua casa. Não vai ser fácil. Eu te falei!

Sabia que não podia voltar pra casa. Não para minha casa. Fui correndo para a casa da Mô.

- Claro, Magali. Você sabe que sempre pode contar comigo!

- Oh, obrigada. Obrigada dona Luísa.

- Não foi nada, Magali. Já liguei para sua mãe, ela já deixou você ficar aqui.

- Agora, Magali, você vai me contar TUDO.

Sabia que a noite ia ser longa. Meu pai passou aqui para deixar minhas coisas, minha mochila. Dormi com a voz de Mônica ao fundo do quarto.