O Rapaz Das Covinhas

T2 - Pessoas que ajudam


No capitulo anterior...

POV Beth

- Mamãe diz que eu não tenho idade para namorar – confessei.

- Tão bobinha – murmurou docemente.

- O que é que tu queres? - perguntei, já sem paciência.

- Eu…

POV Beth/Lisa

- Eu te amo – disseram finalmente.

Ele me beijou e eu fiquei sem reação.

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Novo capitulo...

POV Beth

A minha mão pousou sobre os meus lábios e eu fitei-o de olhos arregalados.

- Me larga –pedi. As minhas pernas estavam a começar a ceder e as minhas mãos termiam. Eu tinha de sair dali. Afinal, ainda há bocado ele estava a dar em cima de outra gaja e agora me estava a beijar. Desculpa David, se eu não sou um boneco com que tu possas brincar com os teus joguinhos.

As suas mãos continuavam firmemente agarradas à minha cintura e eu voltei a pedir numa voz mais firme e autoritária:

- Me larga David, por favor… - voltei a pedir ainda com a mão pousada nos meus lábios.

Ele ainda esteve a pensar até que por fim, as suas mãos largaram a minha cintura e eu fugi para ao pé da minha irmã. Nós podíamos estar sempre às turras mas quando eu estava mal era sempre para ela que eu fugia… Ela era a minha mana mais velha… E é para isso que os irmãos mais velhos servem certo?

Corri todos os corredores e, quando avistei a minha irmã, saltei para o seu colo.

- Beth, tu estás bem? – me perguntou, preocupada, fazendo cafuné em meus cabelos.

Abanei a cabeça com medo de chorar mal pronunciasse algo.

POV Lisa

- Eu me lembro agora… Tu… Tu me traíste! - exclamei.

- Não, Lisa… Me deixa apenas explicar.

- Sai… - pedi num fio de voz.

- Lisa, por favor…

- Sai! Sai! Sai! Sai! Sai! Sai! Sai! Sai! Sai! Sai! Sai! Sai! Sai! Sai daqui Harry! Eu não te quero ver! – gritei, pondo o fora de casa.

As minhas mãos me tremiam enquanto as lágrimas me caiam copiosamente.

Porque é que ele tinha feito isto? Estava tudo tão bem antes… Sem sentimentos contraditórios… Não. Não podem existir sentimentos contraditórios… Eu sou casada e feliz. Tenho duas filhas lindas e um marido excecional. E Harry me traiu. Se assim não fosse, eu até poderia ter esses “sentimentos contraditórios” mas, tendo ele me traído, esses “sentimentos contraditórios” não podiam existir. E, pensando bem, ele até tinha tido um filho com essa… essa vaca.

Mas se assim era… Por que é que eu ainda chorava e o meu coração me continuava a doer?

As minhas mãos tatearam pela mesa, visto que a minha visão estava turvada pelas lágrimas, até encontrarem meu celular. Disquei o seu numero e por sorte, atendeu:

- Oi?

- Sara, vem cá rápido! – disse antes de tornar a voltar a chorar…

Realmente, existem pessoas que nos ajudam nos nossos piores momentos, não é?