O Mundo De Alice

Capítulo 10 - Um bom começo.


Começamos a jogar. O jogo era bem simples. Tinham dois times, eu estava em um e ele em outro, e ganhava quem morresse menos. Na primeira rodada eu ganhei, morri 7 vezes e ele 9. Já na segunda, quem ganhou foi ele, que morreu 5 vezes e eu 7 novamente. Antes de comesarmos a ultima rodada seu telefone tocou e ele atendeu:

- Oi Naomi - disse sem entusiasmo. - Tô em casa jogando. Não, eu não quero ir com você no shopping comprar outro vestido - revirouos olhos. - É eu queria falar com você sobre isso, acho que nós deviamos terminar. - Ela deve ter gritado, pois ele afastou o telefone da orelha. - Nós já estamos juntos à duas semanas, e já deu pra perceber que não vai rolar. Olha, amanhã quando formos pegar as notas você reclama comigo, porque agora tô jogando, tchau. - E desligou.

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Ele suspirou e eu falei:

- Se você não quiser não precisa continuar jogando.

Ele olhou para mim sorriu e disse:

- Tá com medo de perder?

Agora era a ultima rodada e ele estava ganhando por um. Essa vantagem não durou muito, pois logo apareceu outro jogador e o matou. Ótimo, agora que estava empatado eu só tinha que achá-lo e mata-lo. E foi o que eu fiz. O jogo acabou, eu tinha ganhado!

- Há! Ganhei! - Comemorei.

- Droga! Fala ai, o que você vai querer de premio?

- Hmm, a mesma coisa que você sugeriu. - os olhos dele se arregalaram.

- O que? Vou ter que ser seu servente?!

- Acho que a palavra que você usou foi escravo - soltei um risinho. - Então, vai na cozinha e pega refri pra mim.

- Claro madame - respondeu enquanto revirava os olhos e sorria.

Quando Carol chegou se deparou com uma cena muito estranha. Lucas estava parado em pé do meu lado segurando minhas pernas esticadas, enquanto eu jogava video game confortavelmente.

- O que é isso? - Perguntou logo de cara.

- Está liberado por agora escravo. - disse para Lucas, que largou minhas pernas, sentou e foi jogar video game.

- Valeu madame.

- Então? - Perguntou Carol.

- Bora pro seu quarto que eu te explico.

Contei para Carol a história toda, desde minha conversa com Agatha até a parte em que eu ganhei um escravo novo. Ela riu e me disse que tinha adorado essa ideia de fazer o irmão dela de serviçal, e que iria aproveitar muito.

- Ele sempre foi competitivo demais. Pelo menos é um bom perdedor, mas quando ele ganha, é o inferno! - Disse Carol.

- Verdade, uma coisa que não se pode reclamar de Lucas é que ele nunca fica emburrado, está sempre de bom humor.

Depois disso ela tentou me consolar, e conseguiu. Não que eu ainda estivesse triste, depois de passar duas horas se divertindo com aquele garoto quem ainda estaria? É, o Lucas é mesmo demais. Ele é engraçado, divertido, e muito gato, é possivel que eu tenha um queda por ela. Está bem, adimito que tenho uma queda por ele, mas de que adianta, não tenho a mínima chance.

- Carol, você ficaria brava se eu estivesse afim do seu irmão? - perguntei.

- Brava, porque eu ficaria brava? - E depois riu enquanto dizia: - Se você estivesse? Você está!

- Ok, eu estou, mas nem vai rolar nada.

- Porque não?

- Fala sério, ele é muito gato, deve pegar todas e ser super popular! Nunca que ia se interessar por mim, não sou gatona, nem gostosona.

- É bom ser diferente. Lembra que eu disse que ele sempre termina com as garotas porque ele diz que são todas iguais? E porque você acha que ele terminou com essa? Provavelmente foi porque ela só sabia falar de roupas e derivados. Você gosta daqueles jogos, isso já te dá uma vantagem.

Fui para casa com isso na cabeça. Talvez eu tivesse uma chance, pequena, mas já era um bom começo.