Not Like The Rest

Capítulo 11


P.O.V James

-Você viu?

-A Weasley...

-Cara, ela estava tão bonita.

-Como o Potter conseguiu leva-la para o baile?

-Como nunca notamos essa garota?

-Olha, é ela! Hey, Dominique!

Ela apenas tentava tirar seu queixo do chão, atônita:

-Dominique, a popularidade não morde- Makayla revirou os olhos e deu um empurrãozinho nela, as duas entrando no Salão Principal- Pelo menos dê um “oi” para os seus fãs.

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-Tudo é piada para você, Makayla? Eu nunca quis isso...

-As coisas engraçadas são- Makayla piscou, sentando a frente de Fred- E me poupe desse seu discurso, eu tive que ouvi-lo ontem pelo dia inteiro.

Dominique parou de olhar as pessoas, principalmente garotos, que falavam sobre ela e ainda se levantavam para espiar a mesa da Grifinória e sentou-se a minha frente. E ela estava linda. Para variar. Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, o tudo de bom e pegador de Hogwarts James Potter, mas a culpa era toda dela.

-Se eu soubesse que esses, esses aí iam ficar fazendo isso eu nunca teria tido essa ideia de descer para o baile.

-Isso tudo é ciúmes, Jay?- ela riu, pegando uma das minhas torradas- Não fique. Makayla me fez começar a achar... divertido.

É claro que eu nem me lembrava de Fred rindo ao meu lado ou Makayla nos encarando. Na verdade, eu apenas olhava como ela conseguia ser linda comendo uma torrada. A minha torrada, para ser mais exato. E cada vez isso estava se tornando mais gay da minha parte.

-Qual o motivo do silêncio?- Dominique perguntou, parando de comer.- Você está estranho.- ela afirmou apontando para mim- Que foi?

Fred estava recuperado do ataque de riso:

-Ah, priminha é uma longa história. Que tem muito a ver com...

-Cala a boca, Fred.- interrompi, emburrado, mas Fred e agora Dominique riam.- Eu só...

-Você só está com ciúmes! E isso é lindo!- Fred gritou, fingindo chorar de emoção. Makayla e Molly riram, enquanto Dominique dizia alguma coisa e se levantava correndo na minha direção.

Ignorei a sua presença, e o perfume francês que ela usa, até chegar à Sala Precisa. E não, ela não foi destruída depois daquela história toda de pegar fogo na Batalha de Hogwarts. Na verdade, ia ser quase impossível destruir a Sala Precisa. Ela é muitos lugares em apenas um. O que deve ter acontecido é aquela “face” da Sala foi destruída. Mas para todos os efeitos, a Sala Precisa ainda existe e é muito útil para matar aula e não fazer nada.

E eu nem sabia por que estava ali! É claro, eu não devia ter beijado Dominique. As coisas estavam tão boas e eu... estraguei tudo. Como sempre. Não que eu não gostasse dela. Gostava tanto que até doía. Mas ela não podia sentir o mesmo. Eu era apenas o melhor amigo. E primo.

Eu fazia muitas coisas que não deveria fazer. E principalmente, não queria machuca-la. Já tinha ficado com pouco mais da metade das garotas do quarto ano. As outras eram de Fred. Tinha algum outro motivo para que continuasse afastado de Dominique, além do seu pai. Sério, Tio Gui é muito assustador. O dia em que Teddy e Victorie assumiram o namoro... Bem, eu não queria ser Teddy naquele momento. Ainda bem que o charme das veelas ainda funciona depois de anos, ou ele teria morrido. Talvez algo pior. Nunca vamos saber.

-Toc, toc- uma voz conhecida disse, perto da porta. Uma voz conhecida, cuja dona tinha os cabelos loiros mais bonitos do mundo e olhos azuis elétricos. Dominique estava parada ali.- Posso, hum, entrar?

-C-como entrou aqui?- gaguejei, sentando direito e ela foi andando na minha direção, devagar.

-Bem... Primeiro gritei com Fred, que disse que eu precisaria de um tal Mapa do Maroto, que estava emprestado com Alvo. Depois, gritei com Alvo e com Scorpius Malfoy porque precisava do tal Mapa, e precisava encontrar você. Eles me deram e me ensinaram como usar depois que ameacei azara-los. Então, invadi o dormitório de vocês para gritar com Fred de novo e ele me explicou como entrar nessa Sala aqui. Voilá.- ela terminou a história sentando ao meu lado- Sabe, James, acho que estou passando tempo demais com você.

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Eu ri:

-Também acho. E talvez eu esteja sendo uma má influência para você.

Ela balançou a cabeça:

-Não. Talvez. Mais devo admitir, a vida fica muito mais divertida assim- Dominique sorriu, mudando de posição- Então. Tem alguma coisa errada, não é? Você... quer falar?

-Essa conversa está ficando muito gay para o meu gosto- reclamo, e ela me joga uma almofada- Pare de transformar tudo em projéteis!

-Não sei se percebeu, mas eu sou uma garota. Mas se não quiser falar, beleza. Só acho que temos algumas coisas para conversar.

-Temos?

-Prefere não falar sobre isso e agir como se nada tivesse acontecido?- Dominique propôs, com naturalidade.

-Você bebeu, Domi?

-Um pouco de suco de abóbora- ela respondeu, sorrindo- E então?

-Eu acho que você não está bem.

-Dê uma ideia melhor então.

Silêncio. Um incômodo silêncio. Eu não tinha nenhuma ideia melhor. Eu não tinha absolutamente nenhuma ideia, o que era bem estranho. Na maior parte do tempo, eu tinha muitas ideias.

-Foi o que pensei.- ela disse- Eu só... não sei de mais nada.

-Eu também não. - admito, e Dominique me encara. Eu nunca sei se gosto ou não quando ela faz isso. Seus olhos são azuis demais... Parecem ser os únicos que enxergam dentro de mim. Chega a dar medo.

-Detesto não saber. - ela suspirou, colocando a cabeça no meu ombro- Por que nada mais é fácil? Cara, eu detesto a adolescência.

Eu ri, enquanto ela balançava a cabeça de novo:

-Não é engraçado! Tudo bem é- Dominique suspirou de novo, sentando-se, agora de frente para mim- Tenho que falar uma coisa. Muito importante.

-Hum, Domi, você anda meio bipolar esses dias?

Dessa vez, ela abriu um sorriso:

-Talvez. Minha mãe diz que é só a adolescência. A droga da adolescência. - ela emenda, jogando o cabelo- Então é. Eu consegui uma bolsa. Em Beauxbatons. Acabei de sair da sala de McGonnagal, estávamos assinando uns papeis e...

-Aquela escola da França?- perguntei, interrompendo-a. Fala sério, conheço a minha prima. Ela fala quando está nervosa, e não pararia de falar tão cedo. Uma vez interrompido seu discurso, ela apenas assente- Quanto, quanto tempo?

-Só o quinto ano.

-Só o quinto ano?!

-Não. - ela disse, revirando os olhos- Vou depois do ano-novo.

-E o quadribol?

Dessa vez, Dominique se levantou:

-“E o quadribol?” “E O QUADRIBOL?” Eu venho aqui dizer isso para o meu... meu melhor amigo e ele só se importa com o QUADRIBOL? Francamente, James eu...- ela se levantou pegando a mochila e sem dizer mais nada.

Alguns minutos depois, Fred entrou, rindo:

-Bro, o que você fez? Não se lembrou de que não se deve estressar as Weasleys?

-Cala a boca, Fred.

Ele riu:

-Já soube que ela vai para le France?

Ele apenas olhou minha expressão emburrada.

-Pois é. Cara, você está ferrado. Essa coisa de amor não é para mim, mas infelizmente você foi infectado.

Ele deu tapinhas nas minhas costas e saiu. Isso aí, tenho um ótimo amigo. Às vezes penso em matar Fred, mas... Não valeria a pena. E eu não posso ficar sentado aqui o resto do dia. Ou da minha vida, embora seja tudo que eu quero nesse momento. Mas tenho o meu orgulho. E não posso desonra-lo.