You Make Me Crazier
Capítulo 9 - N-Ã-O
Acordo envolta por dois braços, primeiramente acho que é minha mãe, mas a julgar pelos braços e músculos, aposto em meu pai. Minha cabeça está escondida em seu peito, enquanto ele me abraça. Levanto a cabeça, ainda e de olhos fechados, e sinto uma respiração quente e lenta bater em meu rosto. Sorrio involuntariamente e abro os olhos. Não é meu pai. É Peeta. Nossos rostos estão a centímetros de distancia e recuo quase imediatamente. Lembro-me de ontem à noite, quando pedi para que ele ficasse comigo. E ele ficou.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Olho para o relógio em cima do criado-mudo, que marca 12:30. Pelo visto, já está na hora de me levantar. A verdade é que eu não quero. Sinto-me completamente segura e bem envolta por seus braços e não quero tira-lo de seu sono. Peeta respira calmamente e sua expressão é de pura paz. Fico o observando, até que ele se meche e abre os olhos azuis.
- Bom dia – diz ele
- Bom dia – respondo tímida
- Nada de pesadelos? – pergunta Peeta
- Nenhum – respondo
Peeta sorri.
- Obrigada por ficar aqui comigo... – digo corada
- Não foi nada – responde – Bem, acho melhor nós levantarmos não é mesmo?
Balanço a cabeça, a contragosto.
Ele levanta-se e sai do quarto. De repente um enorme vazio toma conta de mim e tenho uma enorme vontade de pedir para ele me abraçar de novo.
Meu Deus, Katniss Everdeen, o que está acontecendo com você?
Levanto-me e vou em direção ao banheiro fazer minha higiene matinal e depois desço para tomar café da manhã \\ almoço.
Peeta está conversando animadamente com meu pai, acho que sobre basquete.
- Bom dia querida – diz meu pai
- Oi – respondo, sentando-me ao lado dele
Começo a comer e os dois continuam a conversa sobre basquete. Será que homem não sabe falar de outra coisa se não esportes?
- Como passou a noite Peeta? – pergunta meu pai
Peeta olha para mim, e acho melhor meu pai não saber que ele dormiu no meu quarto essa noite. Sinalizo para ele responder qualquer coisa.
- Foi muito boa, Sr. Everdeen – responde ele
Meu pai sorri e continuamos a tomar café. Assim que acabo saio da mesa e Peeta faz o mesmo.
- Vamos acabar aquele maldito trabalho – digo
- Já vi que acordou de bom humor – brinca Peeta
Vamos pegar o material e, depois de intermináveis horas, finalmente acabamos aquele trabalho.
Ergo as mãos ao céu.
- Aleluia! – digo
Peeta ri.
- Não foi tão ruim assim Katniss – diz Peeta
- Odeio trabalhos – respondo
- Mas ainda não acabou totalmente – diz ele – Você tem que decorar sua parte para a apresentação.
Bufo irritada.
- Verdade – digo – Mas hoje não Peeta.
Ele se levanta.
- Então acho que já vou indo – diz
- Tudo bem, acompanho você até a porta – digo
Peeta se despede de minha família e caminhamos até a entrada.
- Tchau Katniss – diz ele dando um beijo em meu rosto
- Tchau Peeta – digo com um fio de voz
Fico observando ele sumir de meu campo de visão e entro em casa.
Tranco-me em meu quarto e meu telefone começa a tocar. Olho no visor. “Daphne”. Uma colega meio doidinha que eu fiz que geralmente me acompanha em shows e coisas do gênero, já que a Clove é chatinha e não topa coisas como essa.
- Alô – digo
- Eaí Kat? – diz ela – Ta afim de ir em um show que vai rolar hoje a noite?
- Pode ser – digo – Vou perguntar, espera.
Desço as escadas e encontro meu pai.
- Pai, posso ir a um show hoje? – pergunto fazendo a carinha mais irresistível que consigo
- Não – responde ele
- O que?! – pergunto incrédula
- N-Ã-O – soletra meu pai – Você não vai
- Que droga pai! – grito batendo os pés
- Katniss, você não sabe ouvir não – diz ele – Tem que aprender urgentemente.
Subo as escadas e volto a falar com Daphne.
- Eu vou – digo
- Seus pais deixaram? – pergunta ela
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Como se você estivesse interessada na resposta... – digo
- Fala logo Katniss – insiste
- Não, mas tanto faz – digo – Pulo o muro e saio escondida.
- Ok, passo aí as onze
- Tudo bem
Desligo o telefone e fico no computador mais algumas horas, até que olho para o relógio e já são oito. Hora de começar a me arrumar. Tomo um banho, passo maquiagem, arrumo os cabelos e visto uma blusa regata preta escrito “Rock” com uma calça jeans rasgada, negra também, e meus tênis All Star.
Já não onze e me garanto de que todos estão dormindo para eu poder sair sem ser vista.
Dá tudo certo e eu chego ao carro.
- Olá – diz Daphne, ela está acompanhada por umas pessoas que eu nunca vi na vida
- Oi – respondo – Vamos logo
É, eu não estou acostumada a receber um “não” como resposta.
A viagem de carro é barulhenta, os amigos de Daphne ficaram dando em cima de mim, mas eu simplesmente ignorei como sempre faço. Logo chegamos ao local do show e descemos do carro. Ficamos na fila esperando para comprar os ingressos e assim que conseguimos entramos no caos que está aquele show. Começamos a gritar e levantar as mãos para cima, logo Daphne acha algumas bebidas e, como sou fraca para essas coisas, acabo bêbada e rindo feito louca. Sou menor de idade e não deveria ficar bebendo, eu sei eu sei, mas como me agrada desobedecer qualquer tipo de regra não estou nem aí para isso. Assim que o show acaba, subimos no carro (eu meio que me joguei) e fomos para casa. Se a sorte estivesse ao meu favor, eu entraria em casa e iria para meu quarto sem acordar ninguém, mas como ela não está encontro meus pais estão parados à minha frente quando abro a porta.
- KATNISS EVERDEEN – grita meu pai – EU DISSE QUE NÃO ERA PARA VOCÊ SAIR DESTA CASA.
- Tanto faz – grito de volta – Você achou mesmo que eu iria te obedecer?
- Ela apareceu? – diz minha irmã descendo as escadas
- Ficamos tão preocupados Katniss! – diz minha mãe me abraçando, logo ela sente meu cheiro – Andou bebendo?!
- Isso te interessa? – rebato
- Olha como responde sua mãe Katniss! – diz meu pai – Você é menor e visivelmente está bêbada
- Quem te disse? – digo – Agora me dêem licença, eu vou dormir.
Começo a andar e acabo esbarrando na mesinha, no sofá, no tapete... Vejo tudo girando.
- Katniss – diz minha mãe me agarrando pela mão – Venha filha, eu te ajudo.
- Não preciso de ajuda – digo – Eu só estou com tontura
- Está bêbada – diz Prim
- Cala a boca intrometida! – grito para Prim
- Sua irmã só quer te ajudar – diz meu pai
- Não! Ela quer que eu me ferre para ela poder e fazer as coisas perfeitas de novo! – grito
- Já chega – diz minha mãe e guiando ao meu quarto
Ela me leva ao banheiro e assim que entro sinto vontade de vomitar. Depois de fazer isso tomo um banho de água fria e vou pro quarto. Minha mãe me dá um comprimido.
- Só não faça isso de novo – diz ela completamente decepcionada – Quase estávamos ligando para a polícia.
Assenti envergonhada e ela foi embora. Adormeço imediatamente, e confesso que não estou preparada para o sermão de amanhã.
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