You Make Me Crazier
Capítulo 7 - Eu só queria ter certeza...
Estou correndo de alguma coisa, desesperada. A coisa emite alguns ruídos estranhos e amedrontadores e tudo o que eu sei é que preciso fugir dessa coisa a qualquer custo. Acabo presa em um beco sem saída. Bato nas paredes desesperadamente e me vejo pisando em algo vermelho, liquido e pegajoso. É sangue. Há um vulto deitado no chão ao meu lado. Abaixo-me para ver quem é, mas sei antes de ver seu rosto. Peeta jás morto na minha frente, os olhos abertos e sem vida.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- Não! – grito em meio às lágrimas – Não! Peeta! Peeta fala comigo por favor!
Enterro o rosto em seu peito e quando levanto, o corpo dele sumiu. Agora todos os que eu amo jazem mortos a minha frente. E eu sou incapaz de tocá-los.
- Peeta! – acordo gritando
Meu rosto está manchado em lágrimas.
- Foi um pesadelo – suspiro de alivio – só um pesadelo...
Acordei uns 20 minutos antes do horário em que eu acordaria normalmente. Chove desesperadamente lá fora.
- Que ótimo – digo emburrada – Mais chuva!
Levanto-me e decido tomar um banho antes de ir para a escola.
O banho me relaxa, mas não completamente.
Desço e encontro meu pai tomando café.
- Já Katniss? – pergunta surpreso
- Bom dia pra você também – bufo irritada
- Bom dia
- Pai...
- Eu te levo – diz ele, adivinhando o que eu iria dizer – E mando o motorista te buscar também. Essa chuva hoje vai longe...
- Peeta pode vir também? – pergunto
- Pode, mas para que? – pergunta meu pai desconfiado
- Trabalho – respondo
- Está bem.
Terminado o café da manhã, vamos ao carro. Eu me sinto cansada e um pouco preocupada, tenho que admitir. Não vejo à hora de chegar à escola, por mais estranho que isso pareça ser.
Logo chegamos à escola e me despeço.
Peeta está parado conversando com o amigo Finnick. Corro até ele e o abraço.
- Mas o que... – começa ele
- Peeta, me deixa ficar assim, só um pouquinho... – digo
- Vish, já vi que eu to sobrando – diz Finnick – Nos vemos mais tarde Peeta, tenho que encontrar a Annie...
E se afastou.
- O que aconteceu Katniss? – diz Peeta correspondendo ao abraço
- Nada – minto – eu só... eu só queria ter certeza que você está bem...
- Olá casal – diz Gale
Obrigada Gale! Separo-me de Peeta.
- Oi Gale – digo vermelha
Peeta ri sem graça.
- Bom dia – diz
- Parece que não são só vocês dois... – brinca Gay-le... Opa, Gale – Olhem só...
Ele aponta para um casal que sobe as escadas abraçado.
- Clove? – pergunto incrédula
- Oi Kat – diz ela corada, porém radiante
- Uau, num dia estão separados e no outro... – diz Gale em seu típico bom humor
Clove lhe da um tapa.
- Explico depois – sussurra
O sinal toca e vamos para a sala. Sento-me do lado de Clove e na frente de Peeta.
- Agora você pode fazer o favor de me contar tudo? – pergunto
Ela ri e me explica como ela e Cato acabaram juntos. Tem algo haver com morangos e com ela ser baixinha demais. Ela ri, fica vermelha contando e sorri que nem uma idiota o tempo todo.
Depois da aula tediosa de história, vem a maldita aula de matemática com o pior professor da face da terra.
Snow entra na sala carrancudo e já escreve na lousa.
Tombo a cabeça em cima da mesa de Peeta, de modo que o enxergo de cabeça para baixo.
- Eu odeio matemática – digo sonolenta
Ele sorri.
- Mas tem que prestar atenção, se não vai repetir o ano – diz – E, Katniss, eu tenho que copiar o que ele está passando.
- Ah é, esqueci que você é nerd – digo irônica
Levanto a cabeça e fico esperando a tortura acabar para sair daquela sala de aula.
Depois de uma eternidade, a aula acaba e saímos para o intervalo.
Vou comprar lanche com Clove quando Cato aparece. Ele pega a mão dela.
- Já vi que vou ter que me acostumar a ficar de vela... – digo emburrada
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!- É, vai mesmo – diz Cato
- Eu vou lá com o Peeta e o Finnick – digo
Vou ao encontro deles e me sento ao lado de Peeta.
- Oi – digo
- Oi – respondem em coro
- Sobre o que estão conversando? – pergunto
- Ér, nada – diz Peeta rapidamente – Besteiras
Finnick ri.
- É... – diz ele – besteiras...
Peeta o fuzila com os olhos.
- Então – quebro o silencio que se instalou, se não contarmos as risadinhas de Finnick – Quer ir à minha casa hoje? Sabe, para terminarmos o trabalho.
- Ah claro – diz ele
A namorada de Finnick, Annie, chega e senta-se ao lado dele.
- Olá meninos – diz ela distante – E menina.
- Oi – respondemos
Ficamos mais um pouco em silêncio e o sinal toca.
- Onde Gale se meteu ein? – pergunto à Peeta
- Provavelmente onde a Madge está agora – ele ri
- Então você sabe? – pergunto
- Katniss, é muito óbvio – diz ele – É só observar o jeito que ele olha para ela.
- Se eu não ouvisse isso vindo dele, eu não saberia – confesso
- É... Você não tem percebido muita coisa ultimamente – diz
Olho para ele confusa.
- Tipo o que?
- Esquece – diz ele – Vamos, ou iremos nos atrasar.
As aulas parecem cada vez mais chatas, e eu não estou no meu melhor estado de humor, o que só piora tudo.
O sinal bate e somos dispensados.
- Finalmente! – levanto as mãos aos céus – Obrigada!
Peeta ri e me ajuda a guardar o material.
- Vamos Katniss – apressa ele – Como você é lerda!
Olho para ele ofendida.
- O que? Só falei a verdade.
Fecho a cara e finjo ficar brava com ele.
- Ah, qual é Katniss – diz ele – Somos culpados por dizer a verdade agora?
Ignoro e me seguro para não rir.
- Ta bom, me desculpa – diz ele indo atrás de mim
Ignoro mais uma vez.
- Katniss – diz ele – Katniss! Me desculpa!
Ele pega a minha mão e faz com que eu me vire para ele, de modo que segura meus ombros.
- Me desculpa – e faz uma carinha que não dá pra simplesmente ignorar.
Solto uma risada.
- É claro que eu te desculpo. – digo – Vamos, o motorista vem nos buscar.
- Ah é – diz ele – esqueci que você é rica.
Eu rio mais um pouco e ficamos na entrada da escola esperando. Logo um carro negro vêm nos buscar. Saímos correndo rumo ao carro, tentando não nos molharmos, em vão.
- Somos muito burros mesmo – diz Peeta assim que entramos no carro – Quanto mais corrermos, mais molhados ficamos – bufa ele
Ver Peeta frustrado é muito engraçado, de modo que rio de seu comentário.
- Você não sabia disso? – pergunta
- Não – respondo – Peeta, olha a minha cara de quem sabe de algo assim.
Ele ri e vamos conversando no caminho para minha casa.
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