Inacreditável
Capítulo 1 - Estou ficando paranóica.
Estava deitada em meu quarto sozinha em casa, de shorts e camiseta com meus fones e brigadeiro de colher em meu colo. Não havia nada pior que passar o sábado à noite sozinha em casa engordando.
"I could be brown, I could be blue, I could be violet sky..."
Meu celular começa a tocar Grace Kelly. Era a Carly me ligando.
–Fala, Carlotta - disse num tom divertido.
–Oi Sam, tá fazendo o que?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!–Tudo que eu sempre faço.
–Tá de bobeira? Então vem pra minha casa, vamos ficar de bobeira juntas - e rimos.
–Tá, já chego aí.
Coloquei uma roupa qualquer e corri dois quarteirões para chegar ao Bushwell antes que chovesse. Avistei Lewbert penteando sua verruga nojenta e ia pegando o elevador.
–Chegou a loira chata!
–Mais um xingamento e eu arranco sua verruga - falei antes de entrar.
–Blérghgfh! - ele gritou entrando em sua minúscula sala.
Nem me preocupei. Ainda com os fones do ouvido, abri a porta do elevador e apertei o número 8. Não demorou muito para chegar ao piso e logo estava na frente do 8-C com o 8-D. Na mesma hora Freddie surgiu batendo na porta da Carls.
–Você aqui? Que surpresa! - ele disse sarcasticamente.
–Sua cara feia? Que surpresa! - respondi.
Freddie só levantou uma sombrancelha e abriu a porta. Ia entrando mas eu o empurrei para trás e entrei.
-Damas primeiro!
-Que dama? - disse rindo.
Ok, a gente ainda se provocava, mas era de um jeito bom, e eu não sou tão dura como era aos 12. Hoje já estamos na adolescência, sei a hora de ser agressiva e a hora de ser sensata.
Carly estava na cozinha preparado tacos de macarrão, prato típico dos sábados de tédio. Spencer a ajudava dizendo que o macarrão deveria ser tratado com respeito, não como farinha, água e ingredientes que ele não sabia quais eram. Sentei no sofá e perguntei quando saía o rango.
-Já, já. Quer me ajudar, Sam? - perguntou Carly.
Ouvi uma gargalhada e era o nerd.
-Hoje você está estrapolando, seu cãozinho mal-educado. Preciso te dar uma lição - falei olhando-o seriamente.
-Que meeedo! - falou colocando as mãos na frente dos olhos. - Carls, vou subir no seu quarto e pescar uns peixes. Não demoro, tá?
-Pode ir, Benson! Ninguém vai sentir sua falta! - falei ligando a tv.
Ouvi seus passos pesados na escada e estava passando aquele prgrama com o Sheldon Cooper super engraçado, o Big Bang não sei o quê.
-Que horas são? - perguntou Spencer olhando pro relógio. - QUÊ?? TÔ ATRASADO, SUPER ATRASADO! STEFANY VAI ME MATAR!!! - com um giro tirou seu avental e saiu correndo em direção da porta - CARLY, ME LIGA SE PRECISAR DE ALGO, TALVEZ VOLTE SÓ AMANHÃ. AH MEU DEUS, STEFANY VAI ME MATAR!!
Saiu em disparada e desceu as escadas. Aproveitei para petiscar, já que não poderia fazer isso quando Spencer cozinha. Mas Carly me olhou com cara séria.
-Que é? - falei com a boca cheia.
-Eu já sei de tudo.
Fiz um gesto com a mão perguntando o que isso significava.
-Acha que eu sou tola? Eu te conheço, Samantha, desde pirralha!
-Isso eu sei, só não sei d que você sabe que eu não sei se sei.
-Quê? Bem, não mude de assunto!
-Então desembucha!
-Uma palavra: Benson.
-Mil palavras: idiota, nerd, chato pateta, quer que eu continue?
-Só se for romântico, perfeito, amor da minha vida!
-Colocou pinga nesses tacos, por que senão vou começar a falar que o Gibby é seu filho e o pai é o Costela!
-Pare com isso, você nunca o provoca tanto quanto hoje! E a última vez que fez isso foi há dois anos atrás um dia depois do seu primeiro beijo!
-Tá, aquilo foi uma quedinha, mas hoje eu amadureci, e nunca ia estar afim de um cara como o Freddie! Você pirou!
-Quem pirou foi você de não dividir isso comigo!
-EU - NÃO - GOSTO - DO - FREDDIE!
-Disso - todo - mundo - já - sabe! - o mané desceu as escadas imitando minha voz e com um cap de marinheiro na cabeça ficando extremamente fof... espera! Ficando ridículo! O que eu ia falar? Acho que Carly estava fazendo minha cabeça.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!-Falando de mim, Puckett?
-Muito mal, se quer saber, e vamos comer, estou faminta!
-Tá bom, eu já acabei, vaos partir pra cima! - Carly disse.
Todos nos sentamos e comemos os tacos, mas enquanto isso acontecia eu não conseguia tirar da cabeça o que Carls tinha dito sobre o nerd que um dia me encantara e um dia odiara. Mas isso não fazia sentido! Será que eu realmente estava afim de Freddie de novo.
O olhei enquanto pensava e ele ainda estava com aquele cap. Percebeu que eu o secava e deu um sorriso. Eu comecei a rir pois tinha molho em seus dentes, e logo nossa noite foi super divertida. Será mesmo possível? Eu amava Freddie? Meus pensamentos estavam confusos. Precisava de uma noite de sono.
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