O Namorado Da Minha Amiga.

Capítulo 28: Epílogo


Alice acordou um pouco confusa e olhou para Layne, que estava deitado á sua frente, o braço a envolvendo e o corpo nu parcialmente descoberto. Quando ele dormia ficava com um ar tão inocente, parecia tão aberto e desprotegido.

Ela sorriu e se livrou delicadamente de seu braço, se levantando. Alice caminhou até a janela que estava aberta e olhou para a rua, já era dia e logo ela teria que sair correndo do quarto de Layne e fingir que dormira na sala. Havia sido um sacrifício conseguir dormir com ele, já que Sean estava por perto e queria bancar o responsável, isso pelo menos até ele apagar agarrado a Jerry e começar a roncar largado no sofá.

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A preocupação de antes ainda continuava lá, o aperto no peito e o medo de tudo ruir. Ela estava terrivelmente acostumada com o sofrimento e não acreditava que poderia ser realmente feliz, pois sempre acontecia algo. Era só ela baixar a guarda e tudo desmoronava.

-5 centavos por seus pensamentos. –Layne disse enquanto arremessava seu travesseiro cuidadosamente nela.

-Eu estava pensando no quanto você é tapadinho. –Ela sorriu e foi puxa-lo para fora da cama, fazendo o possível para não demonstrar suas preocupações, pois não queria preocupa-lo. Estava sendo tola e aquilo não era importante.

Mal sabia a morena que mesmo sem querer ela estava certa em se preocupar.

Em algum lugar bem distante dali, em uma lanchonete uma das garçonetes se aproximou de uma mesa com um sorriso estampado no rosto.

Deseja mais alguma coisa? –Ela interrogou assim que chegou á mesa.

-Oh não, mas agradeço sua atenção.

-Seu animo é contagioso. –Ela disse sorridente. A clientela estava especialmente generosa, ela havia recebido uma boa gorjeta na mesa em que estava servindo naquele momento, por isso havia se animado. –Posso saber por que tanta felicidade? –Interrogou enquanto tocava gentilmente na mão que lhe entregava o pagamento das coisas consumidas.

-Oh. –A mão que ela havia pegado desliza para cima de uma revista, alisando sua capa com tanto esmero e ao mesmo tempo com tanto vigor, a ponto de quase rasgar a revista. Para a garçonete aquilo pareceu a coisa mais curiosa do mundo. –Eu encontrei, eu finalmente encontrei.

Logo a revista se rasgou, um pedaço dela que mostrava um belo rapaz de cabelo loiro e uma mocinha baixinha de longos cachos negros sorrindo se separou bruscamente de boa parte da mesma, ficando presa á ela por bem pouco. A garçonete se assustou, não queria mais estar ali, não pela revista rasgada, mas... Aquele sorriso estranho que agora estampava o rosto daquela pessoa a assustava. Agradeceu e se retirou o mais rápido que pôde.

-Oh sim, eu encontrei. –O sorriso aumentou enquanto a mão alisava a revista com carinho novamente, tentando juntar a parte rasgada ao resto. –As coisas vão ficar interessantes agora.

A garçonete que já estava a alguns passos sentiu seus pelos se arrepiarem quando ouviu uma gargalhada. Com certeza aquela era a pessoa mais estranha que ela havia encontrado por ali, e olha que ela nem estava falando da pele tão pálida ou da extrema magreza. É só que... Ela havia lido aquela revista inteira dias antes e não notara nada de engraçado nela. Por isso se perguntava quem diabos seria capaz de gargalhar do nada por causa de uma revista rasgada com alguma fofoca sobre uma banda que acabou de estourar?