Thiago Narrando

Quando eu voltei da cozinha vi uma coisa que não esperava: Ana estava chorando.

Na verdade eu a via como uma maquina ambulante,ou até um dicionário, mas ela estava chorando então isso significa q ela tem sentimentos, que ela é humana.

-Ana que foi? O que aconteceu? Por que você esta...

A Ana não foi tão rápida como esperava. Ao me aproximar vi que no Netbook dela tinha uma foto sua um menino e eu o reconheci na hora: era Alex, o menino que se matou.

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-Quem ta chorando aqui?

Disse tentando enxugar as lagrimas que não paravam de escorrer.

-Você Ana! Não adianta esconder! Por que você tem uma foto com aquele menino que morreu?

Ela abaixou a cabeça.

-Thiago, eu não quero falar sobre isso. É uma coisa meio pessoal. Entende?

-Conta para mim. por favor. Eu juro que não vou contar para ninguém.

-Para que? Para você iria contar para a primeira pessoa que te pressionasse? Não obrigada!

Ela achava realmente que eu era burro, sou apenas desligado e ela confundiu isso com falta de inteligência.

-Ana me conta, por favor. Eu juro que não vou contar para ninguém nem sendo torturado.

Estava preocupado com ela, iria prometer qualquer coisa para ela falar o que estava acontecendo, fiquei sem reação com aquela cena, não sabia o que fazer quando alguém chorava na minha frente.

-O Alex era meu melhor amigo, quando... Mudei de escola perdi contato com ele totalmente. - As lagrimas voltaram a escorrer com uma violência muito grande, uma seguindo a outra.

-Ele não era apenas amigo. Ninguém chora assim por amizade. O que vocês tinham?

-A gente namorou por u tempo antes de eu mudar... Eu o amava...

Abracei-a, era a única coisa que passava pela minha mente quando uma pessoa chorava e ela parecia frágil, eu agi por impulso total, mas ainda assim estava surpreso, eu não imaginava nunca que a Ana já tinha namorado.

A Ana era sempre muito na dela, mas... Sei la, não sei o que me deu, de qualquer jeito ela retribuiu.

Quando ela conseguiu controlar o seu choro, depois de um tempo, começamos a pesquisar, de vez em quando uma lagrima escapava.

Senti uma coisa que nunca tinha sentido antes, não sei explicar o que é, mas deve ser dó pelo que tinha acontecido com ela ou surpresa pela novidade, mas eu senti um pouco de raiva daquele garoto por ter abandonado ela.