"Eu quero saber... Quando você começou a gostar de mim?"
- Freddie Benson em iDate Sam & Freddie
Era mais um dia normal no apartamento dos Shay. Spencer estava “esculpindo” algo que parecia ser uma almôndega gigante, Carly penteava os cabelos negros em frente à sua PearTV e Freddie estava sozinho no estúdio checando se a câmera estaria perfeita para mais uma transmissão ao vivo de seu webshow. Um dia normal.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Fala aí, Shay mais velho!
– Fala aí, Puckett! – Sam entrou, habitualmente sem bater e Spencer nem se assustara: Depois de tanto tempo, já tinha se acostumado.
– Oh meu Deus, o que é isso? – Ela apontou com a mão, trêmula, para a escultura que já estava ganhando a forma do seu alimento favorito – É de comer?!
– Hã... Não. – Ele respondeu meio atordoado – Mas e se fosse, você comeria? Seriam mais de trinta quilos e seria enorme!
– Até parece que você não conhece a Mamãe aqui. Quem ganhou primeiro lugar no concurso anual de comedores de carne? Quem foi capa por três anos seguidos dos “Viciados em carne”?
– Sam Puckett?
– Mais alto!
– Sam Puckett!
– Isso! Guarde esse nome! – Ambos riram. Tratavam-se como irmãos, contudo, Sam ainda tinha uma pequena queda por ele – Carly está no quarto dela?
– Tá sim, se arrumando pro... – A loira nem esperou ele completar a frase e subiu as escadas correndo. Freddie, que descia distraído, acabou esbarrando nela.
– Ai! - Ela reclamou. - Essas duas coisas na sua cara servem pra alguma coisa nerd, e é pra olhar por onde anda!
– Ei, relaxa! Caiu da cama, foi? – Sam bufou. Não estava disposta a brigar, só queria encontrar a melhor amiga e desabafar.
– Não preciso de motivos pra ficar irritada contigo, bobão! – Freddie levantou as sobrancelhas, mostrando que ficou magoado com a resposta, e ela percebeu, o que a fez ficar magoada também. - Não que seja um problema seu... Mas é que a Pam está me enlouquecendo.
– O que houve dessa vez? – Ele realmente parecia preocupado, o que fez a garota estranhamente se sentir bem.
– O mesmo de sempre: Ela compra um biquíni dois números menor e fica andando pela casa. Será que ela não vê que eu posso ficar traumatizada com isso? – O moreno deu um sorriso de lado, que já saía naturalmente.
– Sinto muito.
– É nerd, eu também. De qualquer jeito, tudo pronto pro iCarly?
– Tudo sim, eu só ia buscar as penas de pavão que o Lewbert se esqueceu de avisar que chegaram. – Mesmo que aquilo não fosse nenhuma surpresa, ela riu baixinho quando ele revirou os olhos. Desde quando qualquer besteira que saía da boca de Freddie se tornara tão engraçado? – Bom, já vou indo. Vinte minutos pro show.
– Vamos estar prontas! – Ela piscou e subiu o resto das escadas, indo direto ao quarto da melhor amiga e entrando sem ao menos se importar se a morena estava trocando de roupa ou algo assim.
– Sam! Quantas vezes vou ter que pedir: É simples. Levanta o a mão, fecha como se fosse dar um soco em alguém que não gosta e bate três vezes. Assim que ouvir minha doce voz permitir sua entrada, estará livre pra fazer o que quiser no mundinho particular da Princesa Shay! – Sam revirou os olhos, rindo.
– Corrigindo: Como se fosse dar um soco no Nerddie Benson! Por falar nisso, pegou a mania dele?
– Que mania? – Carly de repente ficou interessada. Sam percebendo coisas no Freddie? Isso é novo.
– De ficar colocando “princesa” na frente do sobrenome. Ele vive me chamando assim, mesmo sabendo o quanto me irrita!
– Mas ele nunca me chamou assim... Estranho né?
– Vai ver que a quedinha que ele tinha por você sumiu.
– É, vai ver... Então, sabe o Carter? – A garota esqueceu-se rapidamente da dúvida anterior, ao animadamente contar sobre o namorado da semana. Sam respondia com o mesmo entusiasmo e as amigas quase se esqueceram das responsabilidades com o webshow. Subiram para o estúdio e Freddie já estava impaciente.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!– Qual é Sam, vocês disseram que estariam prontas! – Ele disse, jogando o controle para a loira. – Dez segundos!
– Como está meu cabelo?
– Perfeito. Como eu estou? – Sam perguntou a Carly, mas jurou ter ouvido um sussurro que lhe informava: “Está linda como sempre”.
– Em cinco, quatro, três, dois e...
– Pessoas gostam de me chamar de Carly.
– Pessoas me chamam de Princesa Puckett... E esse é o iCarly! - O show transcorreu normalmente, sem mais momentos estranhos entre Sam e Freddie.
Logo, o trio estava na cozinha e Carly trazia diversos alimentos para a bancada, o local onde sempre comiam.
– Então, eu pensei de nós fazermos um quadro onde o Gibby ensina a fazer fraldas com jornal. É uma boa, não é?
– Hum, não sei... Mas podemos colocar na lista de ideias futuras. – Sam respondeu à amiga, sorrindo. – Ei, tive uma ideia!
– Pro iCarly?
– Desde quando eu trabalho? – Perguntou como se fosse óbvio. Os amigos assentiram murmurando que ela tinha razão – A minha ideia é de fazer um passeio de bicicleta amanhã. Eu, vocês e o Gibby.
– Ah, é uma boa. Topa, Freddie?
– Não sei se a minha mãe vai concordar...
– Qual é manezão! Tem que sair debaixo das asas da mamãe! É sua chance... – Freddie sorriu, seguro de que ela tinha razão.
– Tudo bem, eu vou!
– Beleza, então todo mundo amanhã, às duas horas, no parque Myrtle Edwards. – Sam respondeu, satisfeita por ter conseguido convencer Freddie a ir. Geralmente era Carly que tinha o poder de convencê-lo a tudo.
Dia seguinte.
– Vamos, Freddie! – Sam acenou para o garoto que vinha lentamente em sua direção, totalmente equipado: capacete, cotoveleira, joelheira e luvas. – Uau, mamãe Benson caprichou, hein?
– Muito engraçada. Cadê a Carly e o Gibby?
– Gibby não sabe pedalar e a Carly teve um encontro de última hora com o Carter.
– Ah... Então fica pra próxima! – Ele respondeu cabisbaixo.
– Acha mesmo que eu vim até aqui pra não curtir o passeio? – Ela sorriu e de algum modo, aquilo fez com que o dia de Freddie ficasse melhor – Uma corrida?
– Tudo bem, mas antes... – O garoto tirou toda sua “proteção” – Não preciso disso.
– Me desafiando? - Ela perguntou mordendo o lábio inferior – Saiba que a Mamãe não joga pra ficar empatada ou perder. Mamãe joga pra vencer.
– Prove, “Mamãe”. - Ele fez os gestos das aspas com as mãos. Sam subiu em seu assento. – Vamos até o hidrante que fica perto da fonte. Quem ganhar pode escolher o prêmio.
– Ótimo. Tente me alcançar.
– Sem trapaças, hein, Puckett. Pronta?
– Nasci pronta.
– Em cinco, quatro, três, dois... – A loira saiu em disparada, seguida pelo moreno. Ela adorava pedalar, ainda mais quando tinha um prêmio envolvido. Durante o caminho, olhou para trás e sorriu. Não tinha chance de ele alcançá-la. Por isso, diminuiu a velocidade, já pensando no que iria pedir. Tão distraída, que nem percebeu como rapidamente Freddie tomou a liderança.
– Nerd! Isso é trapaça!
– Quem mandou ficar distraída? – Ele gargalhou. Sam até tentou alcançá-lo novamente, mas suas pernas já estavam cansadas pela força que havia feito no início. Bufou, ainda com pedaladas lentas. Notou que Freddie não percebera sua rendição e ficou aliviada. Ele continuava a pedalar tão rapidamente que ela até ria da situação. Estava perto do hidrante e Sam não podia esperar para saber qual seria o prêmio que ela teria que dá-lo.
Freddie chegou ao destino e mal podia conter a felicidade: Ele ganhou alguma coisa contra Sam Puckett! Sabia bem qual seria seu prêmio, só esperava Sam, que pedalava em uma lentidão incrível.
– Tudo bem, você venceu. Mas eu não estou me rendendo. Melhor de três? – Ela levantou a mão, para que ele cumprimentasse e concordasse com a proposta.
– Muito esperta. Mas esqueceu de que eu sou um nerd? Isso é sorte de uma vez na vida. Quero meu prêmio.
– Beleza, o que vai ser? – Sam respondeu esperançosa que fosse algo relacionado ao relacionamento dos dois. Desde que Carly havia descoberto sobre o beijo na saída de incêndio, mais nada havia sido comentado. E ela tinha o estranho desejo de que a amizade se desenvolvesse. – E aí?
– Eu, bom... Tem essa garota e... Sam, eu não vou enrolar... Quero que me ajude a conquistar a Carly! – Aquilo foi como se sua própria meia de manteiga se rebelasse e desse uma boa “manteigada” no estômago. Ela nem imaginava que aquela era a maior das mentiras: Freddie só queria sua reação assustada. O que eram outras palavras para Sam com ciúmes. Porém, ele não contava que passaria dos limites.
– Freddie, qual é o seu problema, cara?! – Um mensageiro em uma bicicleta passou naquele instante, e, sem pensar em mais nada, Sam o empurrou.
Freddie bateu a cabeça no hidrante e sentiu uma dor horrenda. Ele gemia e se contorcia de dor enquanto a loira só observava sorrindo. O homem que o “atropelou” – afinal ele fora empurrado –, não entendia como a garota poderia estar feliz diante daquela situação.
– Ele é seu namorado? – O homem indagou preocupado. Sam abriu um sorriso maior.
– Ainda não. – Ela só continuou a fitar o nerd que mal conseguira ouvir a conversa rápida das duas pessoas à sua frente.
Meses depois.
– Eu quero saber... – Freddie disse entre risadas.
– O que você quer saber? – A namorada perguntou, fazendo biquinho.
– Quando você começou a gostar de mim?
– Lembra a vez que fomos andar de bicicleta? – Ele assentiu rindo – E eu empurrei você na frente daquele cara na bicicleta? Quando você estava no chão, gemendo de dor e com sangue saindo do seu ouvido... Eu sei lá, você parecia fofo. – Sam revelou meio tímida. O moreno sorriu.
– Aww... Então valeu a pena perder a audição. – Ele acariciou a orelha, agradecendo aos Céus por não ouvir nada do lado esquerdo.
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