Hallucination

No capitulo anterior...

–Estamos falando de quem na verdade?

–ALVO! Soube que estava me procurando, o que quer?

–Dele.

Capitulo 5:

Hallucination

P.O.V Rose Weasley.

–Ah, dele. -Alvo assentiu devagar e James franziu o cenho, fazendo cara de desentendido.

–Vou nessa. -Disse passando direto por James. Eu não me via no espelho, mas sabia que estava mais branca do que fantasma. Transparente, quase.

–Ei, Rose. -Ele me segurou pelo pulso e eu senti um frio tomar conta do meu corpo por dentro. -Espera. Eu sei que fui um idiota e tals, mas... Rose,Rosinha. -Rosinha, eu odeio quando me chamam de ''Rosinha''. Só meu pai me chama de ''Rosinha'' e só quando quer me fazer passar vergonha.

–Rosinha. -Alvo imitou-o entregando-se as gargalhadas.

–Não me chame. De Rosinha, James Sirius Potter. -Disse pausadamente ele ergueu os braços em forma de rendição.

–Então ta. -Pegou minha outra mão e virou meu rosto para o seu. -Rose WeasleyMalfoy. -Eleestava na minha frente, Scorpius estava na minha frente. Mas como? Eu o tinha deixado na biblioteca.

–Scorpius? -Perguntei e vi-o fazendo uma cara confusa.

–Heim? -Alvo fez uma cara confusa e eu o olhei. -Esse é o James, doida. James Sirius, seu namorado.

–Não, esse é o Scorpius e... -Virei-me para Scorpius e vi James. Como assim? -James?

–Rose, você esta bem? -James colocou a mão em minha testa enquanto eu piscava sem parar. -Esta fervendo em febre, vamos pra ala hospitalar. -Puxou-me e fomos. Alvo andava atrás, de braços cruzados e uma cara pensativa. E essa cara as vezes me da medo, por que Alvo sabe das coisas que até mesmo eu não sei.

P.O.V Dominique Weasley.

–Calma! Vocês vão se reconciliar. -Molly acariciava meus cabelos enquanto Rox me olhava com uma cara de: ''Ah, larga de drama, loira''. -Foi só uma briguinha. O amor é como uma montanha russa, cheio de altos e baixos. E no momento vocês estão no baixo, mas vão para o alto.

–Você e Fred que digam, não? -Olhei para Rox, que estava sentada em uma poltrona na nossa frente. -Estão no alto, bem no alto. Quase perto das nuvens, né?

–Não esta vendo que eu estou tentando consolar a garota? -Uma voz irritada, era a de Molly. Dou dois segundos para essa briga começar.

–Vai me dizer que estou mentindo? -Acabou. Ou melhor, começou. Elas não conseguem ficar sem brigar por um misero instante. Realmente... Elas são as melhores amigas do universo.

–AH, ROXANNE. VÁ PRA P... -Molly, exaltada, fora interrompida por Lily Luna que descia a escada abraçada com um urso de pelucia, enrolada em um edredom e toda desarrumada. Olheiras, cabelos bagunçados, ela estava definitivamente mal.

–Não estão vendo que ela também esta mal, bobonas? Parem de gritar, ninguém é surdo. -A ruiva disse quase que sussurrando. -Além de vocês, é claro.

–Eu estou mal... Mas você esta pior, realmente. -Comentei sentando-me e observando-a. - O que aconteceu com você? -Perguntei. Sim, eu estava por fora da vida de Lily Luna.

–Deixa eu adivinhar... -Roxanne fez uma cara pensativa. -Um Weasley comilão... Nos dois sentidos... Ruivo, palhaço, e não é o meu irmão... Hum... HUGO! -Gritou fazendo-nos rir. Nós digo, eu e Molly. Pois Lily continuou com a cara amarrada.

–Ele esta namorando aquela... Aquela... Bell. -Sua cara falou por tudo.

–Tem certeza? Eles podem só estar ficando. Realmente, o que uma garota bonita iria querer com o Hugo? -Perguntei e ela fez a pior cara. Digo, cara de quem esta brava por ter sido chamada de feia e por eu ter insultado meu primo. -Tirando você, é claro.

–Diferente de você, Dominique, o Hugo tem algo que vale a pena bem dentro do coração dele. Ele tem qualidades, não atrai as pessoas por bunda e peito. -Ouvi Roxanne falar um ''Ai'' de ''Ai, essa doeu''. -E eu nem sei o que o Scorpius viu em você. Okay, você é bonita. Mas se for ver mesmo, você não tem conteúdo por dentro. Só por fora mesmo. Nem sei o porquê desses caras que te querem não vão comprar um frango. É quase igual. A diferença é que o frango oferece mais coisas do que você. -E assim, ela voltou para o seu dormitório.

–O mundo todo está contra mim! -Deitei-me no colo de Molly novamente, que suspirou em cansaço.

–Talvez seu irmão não esteja. -A mesma disse ao ver Louis passando direto por nós, andando para sair daqui.

–Eu preciso de colo, Louis. -Choraminguei e ele me olhou com uma cara de nojo.

–E por que vem pedir pra mim? Sou seu namorado por um acaso? -Engraçadinho como sempre.

–Por que você é meu irmão, ora essa. -Fiz cara de cachorrinho que caiu da mudança e ele arqueou as sobrancelhas.

–Infelizmente. -Murmurou e eu pode ouvir. -E você já esta no colo da Molly e eu tenho coisas mais importantes para fazer, como por exemplo, armar um plano para o Fre... Comer.

–Comida ou... -Roxanne perguntou soltando um riso malicioso e ele riu.

–Comida. -Respondeu ele correndo para fora do salão comunal.

–Vamos, Domi! Levante, se vista e vá falar com Scorpius. Ele não vai negar as suas desculpas. -Sugeriu Molly e eu levantei respirando fundo.

–É ele não pode negar.Não pode.

(...)

–Okay, como estou? -Perguntei dando uma voltinha para as duas. Roxanne, se olhando no espelho e Molly olhando para teto deitada em sua cama.

–Esta viva, respirando, piscando. -Por que a minha melhor amiga tinha que ser filha do palhaço de Hogwarts, por que Merlin amado, por quê? -Mas se esta falando da sua roupa. Esta bonita... Como sempre. Agora largue de mimimi e vai logo falar com o Scorpius.

–Really, você levou três horas e meia para ficar assim. -Comentou Molly levantando-se. -Já esta na hora do jantar, e eu estou com fome. Muita fome.

–Por Merlin! Você é filha do tio Percy mesmo ou foi trocada na maternidade com Rose? Por que só o tio Rony sente essa fome escandalosa. Claro, tirando o Hugo. -Roxanne a olhava como se fosse um ser de outro mundo.

–Arg! Antes que comecem a discutir novamente, vamos! -Pedi e ambas me seguiram.

Meu coração parecia que iria pular bela boca e eu sentia um frio exageradamente grande. Não era acostumada a pedir desculpas, muito menos para Scorpius. Era ele que fazia isso...Sempre.

Mas não precisa se preocupar, não é, Dominique? Ele gosta de você, é impossível ser tão frio assim.

–Molly! Pelos céus, meu irmão não esta com essa bola toda pra você estar tremendo. -Roxanne gargalhou ao ver que Molly tremia mais do que eu. Ao menos eu tinha um motivo.

–Cale a boca, Rox. -Pediu ela, porém minha amiga ainda se deixava levar pelas risadas.

Chegamos ao salão e procurei imediatamente Scorpius, que estava sentado na mesa da sonserina. Se levantando, na verdade. Parecia que estava de saída, mas mesmo assim...

–Precisamos conversar. -Disse me aproximando dele, que parecia estar aflito.

–Depois, tenho que ir à Ala Hospitalar. -Ele já ia saindo quando eu o segurei, ficando com uma cara confusa. -Uma amiga minha esta la, vou vê-la. Depois conversamos. -O impedi novamente e ele bufou de raiva. -O que foi agora, Dominique?

–Que amiga? -Ele revirou os olhos e por isso pode deduzir. -É a Rose, não é?

–Ela mesma, posso ir agora? -Frio, como sempre. Senti meu corpo estremecer em raiva.

–Você não é o namorado dela Scorpius. Você é o MEU namorado. Não tem que ficar atrás dela. -Falei seriamente e ele me olhou com uma sobrancelha arqueada, como sinal de continue. -Se você for la...

–Vai me largar? -Interrompeu-me fazendo uma cara sarcástica. -Okay, esqueceremos então todas as vezes que você andou praticamente colada com Lorcan, todas as vezes que ficava se insinuando para James. Que, aliás, tem namorada. E ela não é você. Só para te avisar. -Todos já nos olhavam, afinal eles não têm nada de melhor para fazer, não é mesmo?

–O James é só meu amigo. -Disse encarando-o com a cara amarrada.

–E a Rose é a minhamelhoramiga. O Alvo também é a minha amiguinha, mas enfim. -Brincou arrancando risadinhas, menos de mim é claro. -Eu vou vê-la. Eu sei que ela me odeia, mas eu me importo um pouquinho por ela. -A cara de bravo já tinha sumido. Scorpius é meio bipolar às vezes, admito. -E você... -Me olhou de cima a baixo. -Fica ai que eu já volto. -Deu um beijo em minha testa e depoisaquelebeijo que só ele tem.

E saiu em passos firmes até a Ala Hospitalar. Alvo, saiu atrás sem Scorpius perceber. Estranho, mas ambos são estranhos então ta.

–Resolvidos? -Indagou Roxanne olhando Molly, que estava quase surtando. -Fica na calma, Molly, ele jajá esta por aqui, ruiva. -Deu um riso abafado sendo fuzilada por ela.

–Acho que sim. -Dei ombros e ela negou com a cabeça, com sorriso sacana no rosto.

P.O.V Scorpius Malfoy.

Sim, eu posso ter mudado da água para o vinho. Porém tinha um motivo: Enquanto eu não desse fim nisso, Dominique não ia parar com essas crises de ciúmes exageradas. Tudo bem, ela é minha namorada e tals mas eu não dou motivos para ela ter tanto ciúmes assim.

Um pouco é até que normal, mas já passa para paranoia as vezes.

Devem estar pensando: O pior é que você da motivos, sim senhor.

Admito que o meu beijo com a Rose não sai de minha cabeça de jeito nenhum. Certo, ela é namorada do James e eu da Dominique. Mas qual é... Só não estou com peso na consciência por que... Não, eu estou com peso na consciência mesmo. E agradeço a Alvo por isso.

Flashback ON.

–Loiro. -Falou jogando-se no sofá do salão comunal. Ha essa hora já tinha voltado da biblioteca e estava olhando para o teto, pensando, refletindo... Me sentindo culpado. Coisa típica.

–Moreno. -Esbocei um sorriso e ele fez o mesmo.

–Em que esta pensando? -Indagou e eu dei ombros murmurando um ''sei la'. -Você esta estranho.

–Pensando em uma garota. -Respondi e ele assentiu.

–E quem seria a idiota? -Dei uma risada e ele me encarou seriamente.

–Dominique, ora essa. -Jamais falaria que era Rose. Alvo poderia me comer vivo se eu falasse. Ele é irmão do namorado da sua prima, isso é estranho, porém é a realidade onde tem coisas... Que eu terei de esconder de Alvo, mesmo que ele fique desconfiando de mim.

–Sei. -Percebi esse ''sei'' irônico e suspirei. -Vocês não estavam brigados?

–E estamos. -Ri de minha própria desgraça e ele fez uma cara pensativa.

–Você esta estranho... Rose esta estranha. Quer me contar algo, Scorpius? -Indagou com os fixados em mim. Por um instante pensei que ele sabia, mas em outro pensei que não. Ele tinha a capa de invisibilidade... Ah não, ela estava com James.

–Na verdade não, Alvo. -Respondi e ele franziu o cenho. -Não estou me atracando com ninguém nos corredores não, sabe. E também, por que eu esconderia minha vida pessoal de você? É meu melhor amigo.

–Scorpius. -Fez-me parar de falar. -Você nunca fala isso.

–É mesmo... Mas tudo tem sua primeira vez. -Ele parecia estar convencido de que eu não estava aprontando nada.

–Rose foi para a Ala Hospitalar. -Comentou e eu arqueei uma sobrancelha. -Estava tendo alucinações... Com você.

–COMO? -Perguntei um pouco alto demais.

–Isso mesmo que ouviu. E por isso estou te perguntando. -Neguei com a cabeça e voltei a ficar calmo. -É bom você estar falando a verdade. Pois como eu sempre falo: Dominique largaria tudo por você.

Flashback Off.

E foi assim que o meu peso da consciência aumentou.

–Rose? Esta acordada? -Perguntei batendo na porta da Ala Hospitalar. Ela era a única nas camas, e madame Pomfrey estava ocupada demais mexendo em alguns papeis que estavam em sua mesa.

–Não, estou treinando para morrer, não esta vendo? -Respondeu grosseiramente e eu ergui os braços em forma de rendição.

–Pelo visto não me quer aqui. -Dei as costas esperando o lindo som do ''volta''.

–Não... Espera. Volta. -Eu disse. Afinal de contas, sou Scorpius Malfoy. Da licença.

Virei-me, porém senti que alguém me observava. Olhei para trás e a única coisa que vi fora um corredor vazio, pouco iluminado.Estranho.

–Não, tudo bem. Você esta mal, deve descansar. -Fiz drama de criança e pode ouvir sua risada doce.

–Vem logo aqui, Malfoy. -Mandou e eu fui até ela. Sentei-me na beirada da cama e fiquei olhando-a. Ela não parecia estar mal, estava parecendo a Weasley de sempre. -O que foi?

–Eu que lhe pergunto: Por que teve alucinações? -Ela sorriu, fazendo-me sorrir.

–Por que eu quis ter alucinações, ora essa. -Apoiei meu braço no outro lado da cama e acariciei seu rosto. -E como sempre, você esta até nas minhas alucinações para me perturbar.

–É... -Murmurei olhando para baixo. -Amanhã são os N.I.E.M.s. Pelo lado bom você vai ficar longe de mim por um ano, por que eu vou reprovar. Não tem jeito. Minha salvação era você, mas... Você esta assim, nesse jeito doente alucinada com a minha beleza.Isso é péssimo.

–Péssimo por que eu estou aqui ou péssimo por que você vai repetir? -Indagou com uma cara confusa, enquanto se sentava na cama.

–Por você estar aqui, claro. -Coloquei uma mecha de sua franja atrás de sua orelha.

Ela pegou minha mão e a entrelaçou na sua. E ficamos ali, nos olhando como dois retardados. O único barulho que tinha ali era da Madame Pomfrey, que agora arrumava as camas.

Íamos nos aproximando cada vez mais. Até que finalmente, completamos um ao outro. Não esperava me envolver com ela. Quer dizer, com uma Weasley eu já estava. Mas com Rose, aquela Rose de sete anos atrás que me esnoba a todo e qualquer minuto do dia. Realmente, é inesperado tudo isso.

–Ah não. -Resmunguei ao nos separarmos. -Mais um. -Pedi e ela deu um riso abafado. Não estava vendo, porém sabia que Madame Pomfrey sorria discretamente enquanto arrumava tudo. Separamos-nos, de novo, e ficamos com as testas coladas. Até que...

–Atrapalho algo? -Perguntou Alvo.