The Worst Thing

Entregue ao lar


Loki pousou com Rose na praia de uma pequena ilha no meio do oceano, a quilômetros de onde o hellicarrier explodira. Ele a deixou com delicadeza no chão e depois despencou na areia, sem se importar com o chuvisco gelado que lhe caía sobre o rosto. Estava exausto por ter usado tanta magia de uma só vez logo depois de tê-la recuperado.

Fechou os olhos. A mão quebrada e a cabeça batida doíam que era um inferno, mas ainda não podia usar a força que tinha para curar essas coisas. Tudo há seu tempo. Havia algumas prioridades agora, além de descansar um pouco...

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Sentiu uma pressão suave ao lado de sua cabeça. Abriu os olhos. Era Rose, que com a manga da própria blusa agora umedecida pela chuva leve limpava o sangue que ele tinha ao lado do rosto, na têmpora. Ela sorriu para ele ao ver que Loki a olhava. Inclinou-se e beijou-lhe a testa.

- Você está pálido – disse ela, casualmente. – Mais do que o normal, quero dizer. Como está se sentindo?

- Estranho – confessou. Por algum motivo, ele não sentia necessidade de mentir para ela. – Eu não sabia que meus poderes poderiam voltar, e agora que eles estão crescendo de novo, é uma sensação nada agradável.

- Isso dói?

- Não mais do que minha cabeça.

- Não pode se curar agora que tem seus poderes?

- Posso, mas vou levá-la para Londres primeiro. Para onde você pertence. Thor virá atrás de mim depois do que eu fiz (sei que com isso só o que consegui foi um pouco de tempo).

Rose se levantou, afastando-se dele como se o contato com sua pele lhe tivesse causando algum tipo de choque.

- Não pode fazer isso! – disse ela. – Não depois de tudo... Eu fui sequestrada por sua culpa! Não pode simplesmente se desfazer de mim assim!

Foi a vez de Loki ficar de pé. Foi até ela e lhe segurou os olhos, olhando para baixo, para seus olhos azuis que agora estavam marejados. Cortou-lhe o coração vê-la assim. Mas quê coração? Ele não tinha um, não mais.

- Calma, ok? Pense em seu irmão. Ele não iria gostar da ideia de perdê-la para sempre. E eu nem mesmo sei onde tudo isso acabará por me levar, então seja uma boa moça e escute os mais velhos: seu lugar é em Londres.

Ela o abraçou com força.

- Eu não me importo. Não ligo que você queira destruir tudo! Como pode esperar que eu passe a ter uma vida normal depois de tudo o que aconteceu?

- Não uma vida normal... mas uma vida. – Admitiu o gigante de gelo, retribuindo o abraço.

Aproveitou que estavam unidos mais uma vez e novamente murmurou o feitiço que os fariam desprender-se do chão. Rose tinha que voltar para sua casa, não importava o que seu lado egoísta e trapaceiro ditavam em sua mente.

Não demorou para que logo estivessem na varanda em frente a porta da casa dela. As luzes estavam acesas já que agora era noite, mas Heath devia estar dentro da casa, porque Loki e Rose não foram interrompidos enquanto continuavam a se abraçar, ela num choro silencioso e ele, a afagar os louros fios dourados dela, um pouco temeroso ao ter que se despedir do único ser humano pelo qual tinha algum respeito.

- Tem certeza disso? – ela perguntou num sussurro cheio de dor.

- Sim. – Ele mentiu agora, mas depois acrescentou, sem saber se era verdade ou não: - Será melhor para nós dois.

- O que acontecerá com você depois que for embora? O verei novamente algum dia?

- Eu não sei. Eu sou imortal, Rose. O tempo para mim passa diferente da forma como passa para você. Se algum dia eu voltar, talvez já tenha se passado tempo demais...

- ... e eu então estarei morta. – Ela completou.

O Deus do Mal a olhou nos olhos e sorriu, por mais triste que fosse sua expressão.

- Acha que a morte é um problema?

A humana franziu o cenho, não entendendo onde ele queria chegar com tal pergunta.

- Sim – respondeu com hesitação.

Ele apenas riu da reação dela, depois apertou mais o abraço. Claro que não esperava que Rose soubesse que Hela, a governante do mundo dos mortos era sua filha... Essa era uma longa história.

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- Eu vou tocar a campainha agora, Rose – ele sussurrou em seu ouvido. – Esse deve ser nosso adeus.

- Não! Por favor...

Mas já era tarde. Rose simplesmente o sentiu desaparecer de seus braços como algo evanescente, como a água que evapora. No instante seguinte, Heath abriu a porta. A expressão de alívio ao ver a irmã de volta, segura em casa. Eles se abraçaram e ela chorou.