Alerta vermelho

As duas mulheres andaram por uma sequência de corredores, até que então adentraram numa espécie de cozinha do hellicarrier. Natasha puxou uma cadeira para Rose, que se sentou, depois fez o mesmo para si própria, de modo que elas estavam frente a frente.

- Loki parece estranhamente ligado a você – comentou a Viúva negra, num tom descontraído, como se as duas fossem amigas de longa data. – Isso não a incomoda?

Rose a olhou sem compreender corretamente o sentido da pergunta. Mas mesmo assim tentou responder.

- Eu não o conheci da mesma forma como vocês, através de uma guerra. Ele estava totalmente desamparado e sem memória quando o encontrei.

- Não teme que esse pode ser apenas mais um dos truques dele? Quero dizer, o cara é um mestre nessas coisas.

A loura balançou a cabeça, negando.

- O que quer que o tenha feito “renascer” como humano, o modificou. Talvez seja apenas a convivência como um de nós, mortais, como ele chama. Porque ele está sendo mantido prisioneiro, agora que não é mais uma ameaça?

- Loki é prisioneiro de guerra. E também existe a questão sobre o retorno de seus poderes. Não sabemos onde sua loucura o levará...

- Acha que ele é louco?

- Você não?

- Não, não louco. Um pouco desnorteado, talvez. Ele me contou que desde quando era criança ele sempre foi deixado de lado, até mesmo por Thor algumas vezes... Eu não acho que ele tem culpa da amargura que sente. Agora, por favor, será que não existe um meio pelo qual eu possa entrar em contato com meu irmão Heath? Ele deve estar tão preocupado...

Quando Natasha abriu a boca para responder, algo a interrompeu. E isso era o alarme soando estridente. As duas ficaram tensas. A ruiva já estava com a arma em mãos.

- Não saia daqui – ordenou. – Vou ver o que está acontecendo.

Fury corria em sua direção, também armado.

- O que aconteceu?

- Loki escapou. E o Hulk também – esclareceu ele.

- As câmeras...?

- Estão funcionando. Thor já está atrás do grandão verde. Vamos atrás do nosso vilão. Siga-me.