A madrugada estava fria, o vento rodeava por todos os cantos e o barulho dele podia ser ouvido. Não era menos que sete horas da manhã quando Scorpius acordou, sua cabeça latejava de dor, ele não se lembrava do ocorrido e nem havia percebido onde estava. Seguiu tranquilamente até a cozinha, colocara uma mão sobre a testa, talvez assim a dor sumisse. Pegou um como no armário, e enche-o de água, tomando-o por completo. Talvez a dor da ressaca o ajudasse a esquecer tudo o que ele havia feito no dia anterior... Bebido até mais do que deveria.

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Quando voltou a sala, notou que estava na casa de Catherine, mas como havia parado ali? Deu um longo suspiro, antes de sentar-se no sofá e ligar a TV para poder ouvir as notícias do dia. Como sempre soube, tinha alguns canais do mundo mágico, e o mesmo digitou a ordem correta, até cair no “Jornal dos Bruxos”, onde passava as notícias sobre o mundo todo, e é claro, mais verdadeiras que o próprio profeta diário. Não notou o que a mulher dizia até ser pronunciado o nome, da então mãe da sua filha. Ouviu atentamente para poder saber o que a mesma estava dizendo.

Na noite de ontem, foi finalmente revelada à verdadeira causa da morte de John Drew, ou devemos dizer Jason Blair? Isso mesmo, Blair forjou a própria morte, apenas em busca de vingança, contra a notória filha dos Weasleys, Rose. Descoberto ontem, o homem os fez de refém, deixando Rose Weasley, e o seu protetor, Scorpius Malfoy. A noite foi agitada, na residência da mulher, apenas conseguiram sair, quando a jovem Andie, conseguiu fazer uma ligação para a filha mais nova dos Potters, Lilian, e a ruiva acabou por chamar os aurores, e o próprio pai de Rose, para ajudá-los. No final acabou tudo bem, Jason/John, foi mandado a Azkaban, e pagará por todos os crimes que cometeu. Mas como a noite é uma criança, acabamos por descobrir, que os Malfoys, têm uma nova herdeira, aquela que achávamos ser filha de Rose com o psicopata maluco, não seria filha do casal, e sim, de Scorpius Malfoy...”

O loiro não queria ouvir mais nada, tudo o que lhe lembrava Rose, lhe chegava a fazer mal. Desligou a TV, e colocou as mãos atrás da cabeça. Pode ouvir passos no andar de cima, e logo sua irmã estava perto do mesmo, o observando, tentou dar um sorriso fraco, mas foi inútil, a morena o olhou brava, e ele se levantou rapidamente.

- O que foi ursinha?

- Ainda me pergunta o que foi? – disse cruzando os braços e o olhando – Por que sumiu a tarde toda? Por que bebeu? Sabia que ficamos preocupados contigo? Saiu da casa de Rose, sem ao menos nos avisar, deixou as suas coisas tudo lá... Como esperou que eu estivesse? Eu fiquei preocupada com você... Rose também.

- Não quero saber dela, não mais. A única coisa que quero dela é a minha filha, a qual quero comigo sempre, não irei perder mis nada da infância dela.

- Então Andie, é mesmo sua filha? – perguntou à morena tentando evitar um sorriso.

- Sim Cathy, ela é...

- Scorps, isso é... Maravilhoso. – falou e o abraçou.

O loiro retribuiu o abraço da irmã e afagou-lhe os cabelos, sentindo o doce aroma de pêssego.

- O que vai fazer agora? – separou do abraço o olhando.

- Vou levar minha filha para um passeio no sábado, quero ficar um tempo com ela, para conhecê-la melhor do que já conheço. – sorriu fraco.

- E quanto a Rose? – suspirou sem tirar os olhos cinza de seu olhar.

- Não quero saber dela, não por enquanto... Ela me magoou demais Cathy, fez promessas que a mesma não cumpriu, eu não posso viver com alguém assim, não mais.

- Te entendo – falou erguendo uma sobrancelha – Apenas, se ela vier falar contigo, tente não a ignorar, ousa o que a mesma tem a dizer, a deixe explicar o porquê de ter mentindo todos esses anos.

- Vou tentar, ok? – sorriu fraco – Mas me responda uma coisa, como vim parar aqui?

- Bem, você chegou bêbado ontem... Albus e eu o trouxemos para dentro, e te demos um remédio para dormir. – explicou – Por que bebeu?

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- Eu... Estava cansado. Cansado de mentiras, de tudo. Rose fez uma bagunça na minha cabeça, eu precisava me desfazer daquilo, ficar sozinho por algum tempo, para ver se conseguia algo. E acabei bebendo para afogar as mágoas... Não foi por querer, só que, foi mais forte que eu, começou com uma, duas, quando vi, já tinha perdido as contas, e não conseguia mais parar, depois disso não me lembro de mais nada. – contou a ela – Eu só queria... A esquecer, ok? Só por aqueles momentos eu queria a esquecer. E esquecer que eu sou o babaca do Scorpius Malfoy. – suspirou cansado.

- Você não é um babaca, ok? – disse lhe depositando um beijo em suas bochechas. – Quer tomar café?

- Adoraria – sorriu – Se tiver um remédio pra ressaca, ficarei agradecido.

- Tenho algumas poções, posso lhe dar uma – seguiu até a cozinha e o loiro foi junto.

- Obrigado maninha... Onde está Albus?

- Trabalhando, ele sai cedo, e logo chega para o almoço. – disse enquanto pegava alguns ingredientes pára poder fazer panquecas. – Espero que ainda goste de panquecas – virou sorrindo para ele.

- Eu amo, se for igual a da mamãe, melhor ainda. – brincou com a irmã, e começou a ajudá-la a arrumar a mesa para o café –

***

Sábado chegara rapidamente, era um dia de inverno, a neve começara a cair, o natal estava chegando. Scorpius acordou cedo, e logo se arrumou, para o enfim encontro com a sua garotinha, ao qual o loiro tanto ansiava. Catherine havia pegado suas coisas na casa de Rose, e deixara o mesmo ficar hospedado em sua casa, até que arranjasse algum lugar para morar, pois seu antigo apartamento ainda estava alugado, para um jovem bruxo.

Tomou seu café sem acordar o jovem casal, e logo partiu para a nova casa, ao qual Rose estava morando, após aquele dia, a ruiva decidiu-se, mudar de vez, não ficaria mais um dia naquele “lugar ruim”. A casa ficava a menos de quatro quarteirões da casa de Catherine e Albus, ao qual o loiro decidiu ir a pé.

Chegou ao local, e não hesitou para tocar a campainha, logo à porta foi aberta e uma menininha ruiva pulou em seu colo, o abraçando.

- Papai! – ela pronunciou assim que ele a tomou nos braços – Senti sua falta.

- Também sentia a sua pequena, você não imagina o quanto. – ele riu fazendo carinho em seus cabelos.

- Vamos para onde? – ela perguntou animada.

- Hm, será surpresa, ok?

- Tudo bem, vou avisar a mamãe que estamos indo. – disse descendo de seu colo e correndo para o andar de cima.

Logo voltou e trouxe a mulher junto. Scorpius a encarou por alguns instantes sem dizer nada.

- Dê tchau a sua mãe, Andie, logo estamos de volta. – falou encarando a menina, assim que conseguiu tirar os olhos de Rose.

- Tem certeza que não quer ir com a gente, mamãe? – Andie disse a olhando.

- Não minha querida, hoje o dia é só seu, e do... Seu pai. Aproveite bastante, ok? – sorriu lhe depositando um beijo na testa.

- Tudo bem – a pequena sorriu e lhe deu um beijo na bochecha. – Eu te amo.

- Também te amo, agora vá, e divirta-se.

Andie foi e segurou na mão de Scorpius. Rose o olhou e disse:

- Bom passei pra vocês.

- Voltaremos antes das nove – o loiro apenas pronunciou isso e seguiu caminhando com a sua menina.

De longe, Rose apenas observou enquanto os dois sumiam na primeira curva. Não pode deixar de segurar uma lágrima, que escorreu ao lembra-se dos momentos com o loiro... Se não fosse tão idiota ao ponto de tê-lo escondido aquilo, mas ela precisava, ela tinha que proteger sua menina, sempre. Por mais que doesse, ela sabia que tinha feito a coisa certa, e esperava que um dia Scorpius a entendesse também.

Este é o último capítulo disponível... por enquanto! A história ainda não acabou.